O mandato iniciado em 2025, cercado de grandes expectativas, já demonstra sinais claros de instabilidade política e administrativa. Pela primeira vez na história do município, um vice-prefeito assumiu uma secretaria estratégica. O médico Dr. Daniel esteve à frente da Saúde por apenas seis meses, sem autonomia para conduzir a política pública da área. Mesmo após sua saída, passou a ser impedido de realizar atendimentos médicos, inclusive gratuitos, o que causou indignação popular. Importante destacar: não houve rompimento por parte do vice-prefeito.
O mesmo ocorre com a Câmara Municipal. Mesmo sendo da base do governo, o presidente da Câmara, Jean Carlo Dantas, passou a cumprir seu dever constitucional de fiscalizar irregularidades, especialmente nas áreas de assessoria jurídica e licitações. A resposta do Executivo foi o distanciamento e a exclusão política — não por oposição, mas por fiscalização responsável.
Há ainda denúncias graves: servidores e assessores estariam proibidos de manter contato com o vice-prefeito e com o presidente da Câmara, com relatos de demissões por simples desconfiança. Soma-se a isso a atuação de grupos externos à cidade, sem compromisso com práticas republicanas.
O prefeito não dialoga com a Câmara. Não há reuniões, não há debate. Apenas aparições públicas, enquanto projetos chegam sem discussão e sem transparência.
Lagoa Nova merece diálogo, respeito institucional e uma gestão comprometida com o povo — não com perseguições ou isolamento político.
O maior sinal de que Lagoa Nova vive uma crise política e institucional está nos fatos públicos, visíveis a todos.
Durante as festividades de final de ano, em eventos oficiais como o encontro do CDL e até em um enlace matrimonial recente onde as principais autoridades do município estavam presentes, chamou atenção um detalhe impossível de ignorar: não estavam na mesma mesa, não trocaram sequer um aceno. O distanciamento não é bastidor — é público, evidente e constrangedor.
Outro episódio simbólico ocorreu na solenidade de entrega dos Títulos de Cidadania. Um momento solene, de valorização da história e das pessoas que contribuem com Lagoa Nova. Ainda assim, o prefeito optou por não comparecer, preferindo participar de um compromisso em outra região, sem qualquer relação direta com o município: o lançamento da pedra fundamental da Liga Contra o Câncer, em Parnamirim.
Esses gestos falam mais alto que discursos. Revelam a ausência de diálogo, o isolamento político e o desrespeito às instituições locais.
Fiscalizar não é romper. Divergir não é trair.
Governar exige maturidade, diálogo e respeito aos poderes constituídos.
Lagoa Nova está atenta.

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