Eliabe Gonçalves da Silva tinha
19 anos e chegou a ser levado para a UPA de Cidade da Esperança, mas não
resistiu. Urbana vai se pronunciar nesta quarta-feira (10).
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O catador de lixo Eliabe
Gonçalves da Silva, de 19 anos, morreu no final da manhã desta terça-feira (9)
em um lixão localizado no bairro de
Cidade Nova, na Zona Oeste de Natal. Eliabe ficou soterrado após ser atingido
por duas camadas de lixo jogadas por uma máquina no local, segundo relatos dos
amigos catadores e da família.
O fato aconteceu por volta das
11h30. A cunhada dele, Emili Ângela, contou que o jovem ia almoçar em casa, mas
decidiu voltar e seguir no trabalho. Nesse momento, ele estava num ponto alto e
uma máquina fez o movimento para o despejo de mais resíduos. Eliabe e outros
catadores gritaram e alguns chegaram a bater na máquina para alertar sobre a
presença do jovem, que correu e caiu numa das barreiras de lixo.
Logo após a queda, os outros
catadores contaram que a máquina despejou os resíduos em cima de Eliabe - e
repetiu o processo por uma segunda vez. "O lixo fechou a barreira e ele
ficou com a metade da cabeça pra fora. Os amigos foram ajudá-lo, mas a outra
máquina empurrou o lixo. Todo mundo pediu pra parar, mas ele não parou",
contou um dos catadores que estavam no local e que não quis se identificar.
"Eu vi só quando a máquina o enterrou e jogou o lixo. Ficou só a cabeça
dele aparecendo. Quando ele pediu ajuda, a máquina pegou e jogou o lixo por
cima de novo", relatou outro catador.
A cunhada contou que os amigos
que trabalhavam no local o encontraram com vida, mas com aparência mais roxa e
algumas feridas no corpo e na cabeça - a máquina chegou a cavar para ajudar a
achá-lo. Os catadores o levaram à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro
de Cidade da Esperança. Emili relata que Eliabe estava consciente ainda no
trajeto e pedia para não morrer. Assim que chegou à UPA, no entanto, ele não
resistiu.
A Urbana, companhia de limpeza
pública de Natal, informou que está ciente do caso, mas só vai se pronunciar de
forma oficial nesta quarta-feira (10).
Eliabe era casado e morava no
bairro do Planalto, também na Zona Oeste da Cidade. Ele não tinha filhos. Para
se sustentar, o catador trabalhava no lixão desde muito jovem coletando
materiais para reciclagem.
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