quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

RN vence leilão de energia e emplaca 12 novos parques

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O Rio Grande do Norte retomou o posto de maior "vendedor" de energia eólica do Brasil, embalado pelo resultado do leilão promovido ontem pelo governo federal - o último do ano. O resultado deverá render ao estado mais do que posição de destaque no ranking da disputa. Vai significar cerca de R$ 1,12 bilhão em investimentos e, entre outros efeitos na economia, a contratação de pelo menos 3.210 trabalhadores para implantar os 12 projetos contratados, com potência instalada de 321,8 Megawatts (MW). Os ganhos serão percebidos até 2016, quando a produção de energia começará a atender o mercado.


Os números de empregos e investimentos são calculados estimando-se que a cada MW instalado sejam abertas entre 10 e 15 vagas e necessários cerca de R$ 3,5 milhões em investimentos.
No caso do Rio Grande do Norte, a potência prevista para os projetos eólicos representa 32,95% da ofertada pelos empreendimentos vencedores no leilão.  Significa também 23,15% do total que o Estado havia habilitado para a disputa (5.149 MW). A média é considerada positiva e acompanha as registradas em leilões anteriores, diz o presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne) e ex-secretário do estado, Jean-Paul Prates.


O benefício dos investimentos é direto principalmente para cidades do interior. O município de Jandaíra, por exemplo, será sede de quatro dos 12 projetos. Os parques marcarão a estreia do grupo EDP Brasil no mercado potiguar e demandarão aproximadamente R$ 468 milhões em investimentos. "É um novo município a receber projetos e uma nova empresa chegando. Esse foi um dos fatos relevantes do leilão", analisa Prates.


Para o diretor executivo da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Pedro Perrelli, o balanço do leilão também foi positivo e reforçou que há uma  marcha de investimentos para novas regiões. "São novas fronteiras de vento que estão sendo descobertas, medidas e certificadas", diz, citando como exemplo o Maranhão, que emplacou dois projetos no leilão. São os dois primeiros no estado.

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