19 Dez (Reuters) - Os Estados Unidos e os vizinhos da Coreia do Norte fizeram nesta segunda-feira um apelo por estabilidade após a morte do líder do regime comunista norte-coreano, Kim Jong-il, que trouxe mais incertezas para uma das regiões mais militarizadas do mundo.
Kim sofreu um ataque cardíaco durante uma viagem de trem, disse a imprensa estatal norte-coreana, dando lugar à segunda mudança de liderança nesse país autocrático e bem armado (detentor de um arsenal nuclear) desde a frágil trégua que encerrou a Guerra da Coreia (1950-53).
Posteriormente, a mídia estatal citou o filho caçula de Kim Jong-il, Kim Jung-un, como o "grande sucessor". mas pouco se sabe a respeito de como ele pretende comandar um Estado misterioso, com 1 milhão de soldados e mísseis que Washington teme que um dia sejam capazes de alcançar seu território.
Os líderes dos EUA, Coreia do Sul e Japão mantiveram contatos telefônicos para discutir a situação, que se desenrolava durante a madrugada (pelos horários de Washington e Brasília).
A Coreia do Sul, ainda tecnicamente em guerra contra o Norte, colocou suas Forças Armadas em alerta, segundo a agência de notícias Yonhap, e o presidente Lee Myung-bak convocou o Conselho de Segurança Nacional. Mas o Ministério da Defesa sul-coreano disse que não há sinais de movimentos militares excepcionais na Coreia do Norte.
A Casa Branca divulgou uma breve nota se comprometendo a trabalhar com a Coreia do Sul e o Japão, dois dos seus principais aliados asiáticos, a fim de preservar a "a estabilidade na península coreana e a liberdade e segurança dos nossos aliados".
O Japão também reuniu seu gabinete de segurança e disse ser necessário se preparar para situações de segurança inesperadas. O governo, no entanto, não chegou a colocar as Forças Armadas em alerta.
"O primeiro-ministro (Yoshihiko) Noda instruiu os ministro na reunião de segurança a se prepararem para o inesperado, incluindo questões financeiras, questões domésticas da Coreia do Norte e assuntos fronteiriços", disse um porta-voz governamental japonês.
A Coreia do Norte testou nos últimos anos vários mísseis no trecho marítimo que separa o país do Japão, e também sobre o próprio arquipélago japonês. Além disso, há casos de japoneses sequestrados pelo regime norte-coreano.
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