quarta-feira, 15 de junho de 2011

Extrativistas do PI, CE e RN participam de oficina sobre manejo da carnaúba




Teve início dia 14 de junho, no auditório da Conab/PI, em Teresina, a Oficina de Boas Práticas e Manejo da Carnaúba, promovida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Piauí e Ministério do Meio Ambiente (MMA). O evento tem a participação de técnicos e extrativistas do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.
O objetivo da oficina é consolidar um protocolo mínimo contendo diretrizes técnicas para boas práticas de manejo da espécie em conjunto com pesquisadores, técnicos governamentais e não governamentais, rede de serviços (assistência técnica e órgãos ambientais) e representantes de extrativistas/produtores (cooperativas, associações, sindicatos).
“Espero que possamos, com a contribuição do Ceará e do Rio Grande do Norte, dar mais um passo na consolidação das boas práticas do manejo da carnaúba e, futuramente, na constituição do grupo de trabalho. Acreditamos que, ao final da oficina, possamos construir uma proposta significativa para os assentamentos de reforma agrária”, analisa o superintendente do Incra no Piauí, Evandro Cardoso.
Para Haroldo Oliveira, consultor da Gerência de Agroextrativismo do MMA, a carnaúba é o produto extrativista mais importante do Piauí e objetiva-se que a exploração do produto se dê de forma sustentável. “Esta é uma ação que faz parte da Instrução Normativa nº 17, sobre extrativismo orgânico, numa parceria entre o MMA e o Ministério da Agricultura, para que haja a sustentabilidade dessas espécies”, completa, adiantando que o MMA está trabalhando na criação de um selo para produtos da biodiversidade.
Esta foi a segunda oficina sobre manejo da carnaúba a acontecer este ano no País. A primeira aconteceu em janeiro em Brasília, com a presença de representantes das instituições parceiras em âmbito nacional e associações de extrativistas.
Nesta oficina que acontece em Teresina, participam representantes de três assentamentos do Piauí: Fazenda Nova Vila, em Cabeceiras; Flamengo, em Joaquim Pires; e Amastempo, em Batalha.
Francisco Faria de Sousa, presidente da Associação de Moradores do PA Flamengo, acredita que a carnaúba poderia ser melhor utilizada em seu assentamento: “Tiramos a palha para utilização própria, comercializamos o pó e usamos a bagana como adubo, mas gostaríamos também de desenvolver o artesanato”.
No PA Flamengo, as 40 famílias trabalham com a carnaúba. “Com esta oficina, esperamos aprender a fazer uma melhor utilização da carnaúba para melhorar a nossa renda e fazer com que não dependamos mais de fornecedores”, considera Francisco.
A oficina prossegue durante toda a quarta-feira, dia 15, no auditório da Conab, com a consolidação das diretrizes técnicas de cada etapa do manejo da carnaúba, seguida de avaliação e encerramento.

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