segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Sem receber salários, Polícia Militar do RN aprova greve por tempo indeterminado

 
A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte se reuniram na tarde desta segunda-feira (06) no Clube Tiradentes, em Natal para tratar de atraso salarial, o encontro resultou numa possível interrupção das atividades de Segurança Pública, em face da situação extrema a que chegou o caso. As remunerações não são pagas em dia desde fevereiro de 2016. A paralisação está marcada para o próxima segunda-feira 13 de novembro. Todos os PM's não sairão dos quarteis e estarão marcando presença na governadoria do estado. Os oficiais estão comandando o movimento, na assembleia de hoje, 16 coronéis compareceram.
No dia 24 de outubro, os militares fizeram uma grande manifestação, considerada uma das maiores do ano. O Governo do Estado chegou a receber representantes da categoria e fazer promessas de melhoria, mas o que se vê, de fato, é a ausência de normalização do pagamento.

Este ano, a Assembleia Legislativa autorizou o Estado a realizar um empréstimo milionário, mas o secretário do Planejamento e das Finanças, Gustavo Nogueira, disse, no último encontro com os militares, que o valor não será suficiente para atualizar o pagamento dos salários.

De acordo com o gestor, o valor a ser utilizado não ultrapassa os R$ 200 milhões, enquanto a folha de pagamento tem o valor de R$ 219 milhões mensais.
NOTA DA ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS MILITARES ESTADUAIS DO RN
A Associação dos Oficiais Militares Estaduais do Rio Grande do Norte, em assembleia geral realizada na tarde desta segunda-feira, dia 06/11/2017, na qual compareceram aproximadamente 150 Oficiais, dentre os quais 16 Coronéis, deliberaram que, caso o governo do Estado não atualize o calendário de pagamento dos militares da ativa, reserva e pensionistas, no próximo dia 13/11/2017, praticamente todo o policiamento ostensivo será suspenso.

Nós, Oficiais Militares, não iremos autorizar que viaturas em condições precárias e sem documentação obrigatória saiam para o policiamento, como também verificaremos validade de coletes balísticos, munições de todos os calibres e os demais equipamentos de proteção individual dos Policiais e Bombeiros Militares.

Estamos cansados de, há décadas, operarmos num sistema em ruínas e, em virtude disso, enterrarmos, precocemente, irmãos de farda. Enfatizamos, também, que, além de termos o pior salário do sistema de segurança pública, ainda temos que tentar sobreviver com dois meses de atrasos nos salários, sem legalmente poder exercer qualquer outra função para complementação de renda.

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