sábado, 16 de fevereiro de 2019
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019
Polícia investiga se engenheiro que matou mulher e amante em Roraima premeditou crime
G1
Vinicius Seabra, de 41 anos,
atirou e matou Luciene Mayer, 33, e Albério Fernandes, 34, e depois cometeu
suicídio.
Vinícius Seabra, 41, e Luciene Mayer, 33 — Foto: Reprodução/Facebook
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A Polícia Civil está investigando
se o engenheiro civil Vinicius Seabra Cordeiro, de 41 anos, planejou matar a
mulher, Luciene Mayer Seabra, 33, e o amante dela, Albério Fernandes Cunha
Rego, 34. O duplo
homicídio aconteceu nessa quinta-feira (14) em Boa Vista e o engenheiro se
matou em seguida.
De acordo com a Delegacia Geral
de Homicídios (DGH), que apura o caso, a arma usada pelo engenheiro estava
regular, mas registrada no estado de Alagoas. Por isso, a polícia investiga
como Vinicius conseguiu a pistola calibre 380 e se foi após o casal passar por
problemas de relacionamento, em meados de 2018.
Ainda segundo a DGH, as
investigações preliminares apontam que não houve alteração de humor ou
comportamento de Vinícius no dia do crime, indicando que talvez tenha sido um
ato espontâneo, logo depois dele flagrar as vítimas.
Albério Fernandes, 34 — Foto: Reprodução/Facebook
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Um familiar do engenheiro ouvido
pelo G1 relatou que há alguns meses ele suspeitava que a mulher estivesse tendo
uma relação extraconjugal. Vinicius e Luciene estavam juntos há nove anos e
tinham dois filhos. Na terça (11), eles haviam oficializado o casamento.
“Pedi para ele pensar nos filhos,
e disse que dava para apenas separar e seguir com a vida", relatou o
familiar. O parente disse ainda que pouco antes do crime chegou a falar com o
engenheiro. "Ele saiu do trabalho umas 14h e disse que iria dormir, até
que me ligaram umas 17h dizendo o que houve”, contou.
Crime
Por volta das 17h de quinta, o
engenheiro encontrou Luciene e Albério juntos em um carro na rua Rondônia, no
bairro dos Estados, na zona Leste da cidade. Ele atirou contra eles e depois se
matou.
No local dos disparos, a PM
encontrou nove munições deflagradas e outras 11 intactas.
Testemunhas disseram que antes do
crime Luciene chegou ao local de carro, desceu e entrou no carro de Albério. Os
dois saíram e na volta foram surpreendidos pelo engenheiro. Os dois morreram
dentro do veículo.
Os corpos dos três foram levados
ao Instituto Médico Legal (IML) e liberados para os familiares na manhã desta
sexta.
Jovem com problemas mentais é morto por Segurança de supermercado
G1
Pedro Henrique Gonzaga, de 25
anos morreu, após ficar desacordado e ser levado para hospital; vídeo mostra
ação. Padrasto de vítima diz que ele tinha problemas mentais e era usuário de
drogas.
Segurança ficou sobre o homem, que deixou o mercado desacordado — Foto: Reprodução/Redes sociais |
O segurança Davi Ricardo Moreira,
suspeito matar
um homem após uma “gravata" dentro de um hipermercado na Barra da
Tijuca, Zona Oeste do Rio, na tarde desta quinta-feira (15), disse que Pedro
Henrique Gonzaga, de 25 anos, estava nervoso e ameaçava matar a todos que
estavam no local. Na declaração, o segurança alega que o rapaz falava repetidamente:
"Vou matar! Vou matar!". O caso aconteceu na tarde desta quinta-feira
(15).
Davi Ricardo afirma ainda, em seu
depoimento, não ter apertado ele pelo pescoço de Pedro Henrique e que
"permaneceu apenas com seu peso por cima da vítima".
“Eles fazem a contenção, retiram
a arma e o garoto desmaia. O que se acredita que tenha sido uma simulação
naquele momento. O próprio segurança reporta. 'Ele está mentindo, ele está
mentindo, ele está simulando um desmaio como anteriormente havia
simulado'", diz a defesa.
O segurança foi preso em
flagrante, mas deixou a Delegacia de Homicídios da capital na madrugada desta
sexta (15). Sua defesa pagou fiança, de valor não revelado. Ele foi indiciado
por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Segundo o padrasto de Pedro
Henrique, ele tinha problemas mentais e era usuário de drogas. Antes de tentar
imobilizar o rapaz, Davi Ricardo disse que o rapaz se jogou no chão e começou a
se debater.
No depoimento, o segurança diz
ainda que achou que a vítima estava passando mal e abaixou para prestar os
primeiros socorros Ao colocar o rapaz de lado, o segurança diz que
"percebeu que ele estava simulando" e que "não tinha nenhum
problema".
O incidente foi gravado por
clientes. Nas imagens, Pedro Henrique aparece desacordado. Bombeiros foram ao
mercado e tentaram reanimar o rapaz. Ele foi levado para o Hospital Municipal
Lourenço Jorge, onde horas depois teve uma parada cardíaca e morreu.
O advogado da empresa Group
Protection - responsável pela vigilância no supermercado Extra - disse que o
jovem tentou roubar a arma do segurança e que mesmo depois de, pelo menos, dois
minutos imobilizado, os vigilantes justificaram que o rapaz estaria simulando
um desmaio.
A mãe do rapaz viu quando o
segurança de um hipermercado na Zona Oeste do Rio imobilizou seu filho,
deitando-se sobre ele, e testemunhou os apelos de clientes para que o vigilante
o soltasse.
Delegado diz que segurança se
excedeu
O delegado responsável pelo caso
explicou que o segurança se excedeu na legítima defesa. Disse também que há
poucos elementos que caracterizem a intenção de matar e que o vigilante foi
imprudente, porque é treinado para esse tipo de abordagem.
“Tá sufocando ele. Ele tá com a
mão roxa. Ele tá desacordado”, diziam as pessoas que estavam no local. Outro
vigilante chega a tentar impedir a gravação do vídeo.
O supermercado Extra disse que os
seguranças foram afastados e que repudia qualquer forma de violência e está
colaborando com as investigações.
Relatório aponta RN com o quinto menor efetivo de policiais civis do país
Dados da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais
Civis mostram que estado tem um policial civil para 2.485 habitantes.
O Rio Grande do Norte conta com apenas um policial civil para cada grupo de 2.485 habitantes, o que deixa o estado tendo o quinto menor efetivo do Brasil em números proporcionais. Os dados são de um relatório divulgado pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol). Atrás do RN no ranking estão Paraná, Ceará, Pará e Maranhão.
O atual efetivo no estado é de 1.398 policiais, segundo dados do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Norte (Sinpol). A entidade acredita que o número ideal de policiais no estado seria de 5.150, o que gera neste momento um déficit de 3.752 agentes.
A falta de profissionais influencia, segundo o Sinpol, diretamente nos processos de investigações. "Se você tem uma demanda de crimes que tem que ser apurados e investigados, você não faz isso devido ao seu baixo efetivo, não conclui os inquéritos e não gera mandados de prisão contra os criminosos. Isso incorre numa impunidade", falou Nilton Arruda, presidente do Sinpol.
"Às vezes você não tem policial suficiente nem pra fazer uma prisão no meio da rua. O mínimo necessário seria três policiais para um bandido. Às vezes não chega a ter três agentes de polícia numa delegacia no período da tarde devido ao baixo efetivo", completou.
A Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do Norte (Sesed) admite o déficit e acredita que isso se deve a falta de concursos públicos para a Polícia Civil no últimos anos - o mais recente foi em 2008, há 11 anos.
"É um efetivo muito reduzido. A Polícia Civil hoje trabalha com menos de 30% do efetivo previsto. Mas nós fizemos o pleito junto ao governo que tão logo a situação financeira e orçamentária do estado melhore, nós iremos pleitear um concurso público, não só para a Polícia Civil, como também para a Militar e Corpo de Bombeiros", explicou o Coronel Francisco Canindé de Araújo, titular da Sesed.