A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou hoje (27) o valor mínimo de R$ 3,85 bilhões para a licitação das faixas de 450 MHz (destinada à ampliação da cobertura dos serviços na área rural) e de 2,5 GHz (destinada à implementação da quarta geração da telefonia móvel pessoal). A licitação dessas faixas tem entre suas finalidades atender a crescente demanda por serviços de telecomunicações e propiciar a infraestrutura adequada à realização dos grandes eventos internacionais a serem sediados no país nos próximos anos. A repórter Karla Wathier conversou com Bruno Ramos, superintendente de serviços privados da Anatel. Segundo Bruno, as novas licitações e a abertura de um novo mercado trarão competição e, consequentemente, melhor serviço e melhor preço ao consumidor. Ainda conforme o superintendente da Anatel, em até 10 anos, a expectativa da agência é administrar cerca de 1 bilhão de acessos móveis no país.
sábado, 28 de abril de 2012
Metade dos brasileiros leva entre seis e 30 minutos para chegar ao trabalho
Segundo o IBGE, o Sudeste é o local em que o percentual de pessoas que demoraram mais de duras horas é maior, com 2,65%
Os últimos dados do Censo Demográfico 2010, publicado nesta sexta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revelou que a metade dos brasileiros (52,2%) que trabalham fora do domicílio levavam de seis a 30 minutos para chegar ao local do trabalho, em 2010.
Outros 23,3% demoravam mais de 30 minutos até uma hora, enquanto 9,62% fazem o percurso entre uma e duas horas e apenas 1,78% chegavam ao trabalho com mais de duas horas.
Por região
Ao analisar as regiões, os dados indicam que no Sudeste é o local em que percentual de pessoas que demoraram mais de duras horas é maior, com 2,65%, o que representa 737.856 milhões de pessoas. Outros 13,02% levavam mais de uma hora até duas horas, 26,83% mais de meia hora até uma hora. Enquanto 47,64% de seis minutos a meia hora e 9,86% até cinco minutos.
No Nordeste, os indicadores são 15,40% para até cinco minutos, 55,05% de seis minutos até meia hora, 21,22% mais de meia hora até uma hora, 7,12% mais de uma hora até duas horas e 1,20% mais de duas horas.
Na região Sul, a maioria (59,23%) demora de seis minuotos a meia hora, 18,84% de 30 minutos até uma hora, 16,12% até cinco minutos, 5,23% mais de uma hora até duas horas e 0,58% mais de duas horas.
Já no Norte, 55,17% levavam entre seis e 30 minutos, 19,57% mais de meia hora até 60 minutos, 19,96% até cinco minutos, 6,7% mais de uma hora até duas horas e 1,60% mais de duas horas.
Próprio município
Os dados apontaram também que, no Brasil, 87,1% das pessoas ocupadas, ou seja 86 milhões trabalhavam no próprio município de residência, sendo que 20 milhões (26,6%) trabalhavam no próprio domicílio e 55 milhões fora dele.
Os que se deslocavam para outro município para trabalhar somavam 11,8% da população ocupada, cerca de 10 milhões.
Ministério da Saúde distribui de graça remédios contra hipertensão em farmácias conveniadas
No Dia Nacional de Combate à Hipertensão, comemorado na última quinta-feira (26), o Ministério da Saúde divulgou avanços no controle e no tratamento da doença. Em um ano do programa "Saúde Não Tem Preço", 6,9 milhões de hipertensos tiveram acesso a medicamentos gratuitos nas mais de 20 mil farmácias e drogarias privadas credenciadas. Para ter acesso ao benefício, basta apresentar o CPF, documento com foto e a receita médica. O endereço das farmácias está disponível no site do Ministério da Saúde.
Brasil enfrenta problemas como pobreza e obesidade no campo da nutrição em saúde pública.
combate à pobreza também é um desafio dos nutricionistas conforme disse hoje (27), à Agência Brasil, o presidente da Abrasco (Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva), Luiz Augusto Facchini. A entidade promove de hoje à segunda-feira (30), na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, o Congresso Mundial de Nutrição em Saúde Pública (Rio 2012).
De acordo com Facchini, apesar dos avanços registrados até agora, o Brasil ainda tem alguns desafios na área de nutrição em saúde pública. Um dos avanços citados por ele foi a redução da desnutrição infantil de 20% para cerca de 5% ou 6% atualmente. “Foi uma redução muito impressionante”, disse.
A redução da pobreza foi outro ganho que o país obteve a partir de programas de transferência de renda e de transferência condicionada, entre os quais se destaca o Bolsa Família, que é referência no debate internacional. No entanto, Facchini destacou que o país tem ainda 16 milhões de habitantes vivendo abaixo da linha de pobreza, o que representa um desafio. Segundo ele, há a necessidade de serem efetuados novos esforços para resgatar essas pessoas dessa condição precária de vida.
— Se nós conseguirmos aumentar a renda das pessoas que ganham R$ 1 por dia para R$ 16 diários, poderíamos reduzir a insegurança alimentar grave, que é a fome e a falta de recursos para comprar comida. Poderíamos reduzir isso em mais de 20 ou 30 vezes. Precisamos, de fato, de políticas que resgatem a população da pobreza e da miséria. E o Brasil pode contribuir para esse cenário internacional de maneira importante.
Outro problema que o país enfrenta, conforme ressaltou, é uma expressiva parcela da população com sobrepeso. “Mais da metade da população já começa a dar sinais de sobrepeso”. Segundo Facchini, a obesidade é um problema grave de saúde pública no país, com consequências mais perversas, inclusive, para as populações mais pobres, que comem mais alimentos processados, com grande quantidade de ingredientes à base de gordura, sal e carboidratos.
— São alimentos de pior qualidade, mais baratos e mais comumente oferecidos pelas grandes empresas.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
João Maria Assunção participa de Curso de Marketing político.

Em PE, ministro libera crédito de R$ 1 bilhão para combate à seca no NE
Governadores se reuniram na Sudene, no Recife, nesta quinta-feira.
Convênios foram assinados e comitês organizados para enfrentar a seca.
Representantes estaduais em reunião no Recife
Uma linha de crédito emergencial para ajudar pequenos, médios e grandes agricultores, da ordem de R$ 1 bilhão, foi anunciada nesta sexta-feira (27) pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, durante a reunião do 14º Conselho Deliberativo (Condel) da Superitendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Os recursos são provenientes do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Além desta linha de crédito, convênios foram assinados e comitês foram organizados com o intuito de combater os efeitos da estiagem na região Nordeste.
O encontro da Sudene aconteceu no Instituto Ricardo Brennand, no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife, e reuniu representantes dos estados atingidos pelo problema da estiagem. A reunião foi comandada pelo ministro Fernando Bezerra Coelho e contou ainda com os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos; de Alagoas, Teotônio Vilela Filho; do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini; do Ceará, Cid Gomes; da Paraíba, Ricardo Coutinho; de Sergipe, Marcelo Déda; o vice-governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho; o vice-governador do Espírito Santo, Givaldo Vieira; e o secretário de Planejamento da Bahia, José Sérgio Gabrielli.
A reunião serviu para discutir as medidas anunciadas pela presidente Dilma Rousseff, na segunda-feira (23), em Aracaju (SE) com o objetivo de tentar reduzir as consequências da seca nas regiões do semiárido brasileiro. Dentre as medidas priorizadas nesta quinta-feira, estão os convênios que representantes estaduais assinaram, relativos ao programa Água Para Todos, visando ampliar a oferta de água por meio de cisternas, barreiras e sistemas de abastecimento.
Bezerra Coelho assinou contrato na ordem de R$ 340 milhões para combater a estiagem que assola a região todos os anos. Os governadores assinaram 17 convênios para a construção de 2,4 mil sistemas simplificados de abastecimento, 1.199 barreiras e 2,4 mil poços. As 32 mil cisternas que deveriam ser construídas até dezembro deverão ficar prontas em julho.
cada governo assinou convênios para combater a seca
No encontro, também foram garantidos o Seguro-Safra para agricultores e pecuaristas atingidos. Cada prejudicado receberá o auxílio de R$ 680, divididos em 5 parcelas. Os que não têm direito ao Seguro-Safra receberão a Bolsa Estiagem, no valor de 400 reais, também dividido em 5 parcelas, que serão pagas já a partir de maio. “São decisões muito importantes para combater essa questão da seca na Região; é uma ajuda necessária”, disse o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Comitês
Cada estado participante da reunião terá que formar, até a próxima segunda-feira (30), dois comitês para fiscalizar a acelerar obras que ajudem no problema da estiagem: o Comitê Integrado de Combate à Seca e o Comitê Gestor do Programa Água Para Todos. "É um comitê executivo, que vai funcionar até o final do ano para acompanhar as ações estaduais. Eles terão que encaminhar semanalmente para Brasília um relatório sobre a situação de cada estado", comentou o ministro Fernando Bezerra Coelho.
Os comitês serão formados por representantes técnicos da Defesa Civil e dos ministérios do Desenvolvimento Social, Minas e Energia, Desenvolvimento Agrário, além de representantes do exércitos. Os integrantes dos estados deverão ser indicados pelos governadores.
Programas do MDA garantem renda e mantêm homem no campo
Mel, polpa de frutas, doces e hortifrutigranjeiros têm mudado a realidade de moradores do interior do Ceará. Antes, as dificuldades em se manter no campo fizeram com que o agricultor Antônio Braga Alves, 33 anos, tentasse ganhar a vida como servente de obras na cidade grande na década de 1990. A investida não deu certo. “Não me adaptei ao serviço, eu sei mesmo é plantar”, justifica. Hoje, sustenta a mulher e os dois filhos fazendo o que gosta. E assegura: não tem mais motivos para deixar a atividade agrícola. Antônio vende seus produtos aos mercados institucionais por meio da Cooperativa Agroecológica da Agricultura Familiar do Caminho de Assis, de Maranguape (CE) (Cooperfam). “Com a renda garantida, dá para permanecer aqui, onde é o melhor lugar para se viver, exercer minha atividade e criar meus filhos”.
Parte dos agricultores, inclusive Antônio, passa o que produz para a Cooperfam. A entidade tem 284 cooperados e comercializa 95% dos produtos via programas do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) – Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e de Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). “Vender para os mercados institucionais melhorou a autoestima das pessoas, elas ficaram com vontade de produzir novamente. Como Maranguape está próxima à região metropolitana, a tendência de abandonar o campo era muito forte. Antes, a agricultura estava totalmente esquecida, com as novas políticas voltadas para a agricultura familiar as coisas mudaram muito por aqui. Toda semana tem gente nova querendo entrar para a cooperativa”, diz o presidente da Cooperfam, Airton Kern.
Antônio mora no Assentamento de Salgado,em Maranguape, município cearense a 30 quilômetros de Fortaleza. Lá,16 famílias de agricultores familiares vivem em uma área de 208 hectares comprada com recursos obtidos pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). “Aqui trabalham quatro grupos de quatro pessoas, cada grupo paga uma taxa anual para quitar a dívida”, explica, Maximino Pires, fundador do assentamento.
Todos os cooperados são agricultores familiares, segundo Airton. A entidade comercializa mais de 20 produtos diferentes, entre eles mel, polpa de frutas, doces e itens de hortifrutigranjeiros. Em 2011, a Cooperativa vendeu mais de R$ 430 mil pelo PAA e R$ 300 mil pelo PNAE – somente a escolas estaduais, sem contar as federais e municipais. “A meta para este ano é manter os contratos, estamos aguardando as chamadas públicas”, relata Airton.
A Cooperfam espera potencializar ainda mais a comercialização por meio da Rede Brasil Rural (RBR) – ferramenta virtual, criada pelo MDA, que organiza toda a cadeia produtiva da agricultura familiar. Por meio do portal, os agricultores podem comprar insumos, vender produtos e ter acesso aos editais de compras de alimentos para a merenda escolar. “Participamos da oficina de capacitação do MDA em março e nos cadastramos. Vamos comercializar pelo portal o mel de abelha e a polpa de fruta” comenta o presidente da Cooperfam.
Motivação
“Antes, os agricultores estavam organizados em uma associação. Com a Lei do PNAE, que estabelece, entre outras coisas, que 30% da merenda escolar seja comprada da agricultura familiar, eles ficaram motivados a crescer. Então criaram a cooperativa e tiraram a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) jurídica para facilitar a emissão de notas. Daí passaram a acessar o PAA e o PNAE”, conta, a engenheira agrônoma do MDA , Ana Luísa de Andrade de Sousa.
O agricultor Danilo da Silva, 46 anos, lembra como era difícil vender a produção antes de ser cooperado e ter acesso aos mercados institucionais. “Colocava os alimentos na bicicleta e batia de porta em porta. Vendia bem pouco. As compras do governo ajudam muito porque o agricultor trabalha e sabe que o produto será vendido. Antes produzia menos também porque sabia que ia perder parte da colheita”, lembra.
Ano passado, Danilo vendeu R$ 9 mil por meio do PNAE e R$ 4,5 mil pelo PAA – o que lhe possibilitou uma renda mensal superior a mil reais. Com o dinheiro, financiou um carro utilitário e uma moto – ambos usados. “Vão me ajudar na entrega dos alimentos”, explica ele que produz cheiro verde, cebolinha e pimentão em uma área de dois hectares, em Maranguape (CE). “Além disso, também pude chamar pessoas da minha família para trabalhar comigo. Gerei emprego”, orgulha-se.
Rede Brasil Rural
A Rede Brasil Rural (RBR) é uma estratégia criada pelo MDA para organizar a cadeia de produtos da agricultura familiar, desde o processo de produção até o mercado consumidor. O site exige o cadastramento de cooperativas de agricultores familiares, que juntas podem vender seus produtos direto pela internet, assim como comprar insumos agrícolas, máquinas e equipamentos.
Entre os principais benefícios da RBR está a redução do preço do produto para o consumidor final e o aumento na renda dos agricultores por meio de ganhos de eficiência em cada etapa da cadeia produtiva, preservando a identidade da agricultura familiar. Outras vantagens do site são a cooperação do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) como agente financiador e a parceria dos Correios que cuida de toda a logística de entrega de produtos dos agricultores familiares.
Associação de Desenvolvimento Comunitário de Buraco de Lagoa irá eleger nova diretoria
A coodenadora da regional da Gestamp Eólica Brasil Visitou parques eólicos em João Cãmara - RN
Empregada Doméstica - Dia de celebrar conquistas
Nos últimos anos, a categoria conquistou parte dos direitos trabalhistas e melhorias salariais
Que deixar a casa organizada não é tarefa fácil todo mundo sabe. É preciso tempo, dedicação e esmero ao passar roupa, lavar louça, varrer e limpar. E por isso, o dia de hoje é dedicado àquelas profissionais que são verdadeiras assistentes do lar: as empregadas domésticas.
A diarista Denise Cristina Silva, 46 anos, aprendeu a gostar do ofício desde criança, quando ajudava sua mãe nas tarefas diárias. Há 14 anos em Jaraguá, a curitibana já trabalha há 26 como empregada doméstica. “Quando cheguei aqui, não tinha referências, então bati de porta em porta pedindo emprego”, conta. E a tentativa deu certo: ela ficou por dez anos trabalhando na casa de uma família que a acolheu. “Ganhei coisas que o dinheiro não paga. Não tem preço sentir-se querida, participar da Ceia de Natal, receber uma lembrança no aniversário”, diz.
Neste ano, Denise foi trabalhar em uma empresa, mas diz que não gostou da experiência: “Mesmo com todos os benefícios, prefiro ser empregada. Nas casas recebo carinho, atenção e faço o trabalho que amo. Adoro ouvir que sou prendada”, afirma. No momento, Denise está desempregada e conta que está difícil encontrar um trabalho: “Percebo que as pessoas hoje estão um pouco ariscas, sem confiança, por causa de profissionais que faltam à hora marcada e não fazem o serviço como os patrões querem”, avalia.
Mesmo se considerando realizada, a doméstica ainda tem um sonho: voltar a estudar. Mãe de cinco filhos, ela engravidou aos 15 anos e não pôde concluir o ensino fundamental. “Gosto muito de aprender, tenho cursos de fotografia, digitação, costura e acabei de concluir o de colaboradora residencial. Foi ótimo para aprender mais sobre a legislação e os direitos trabalhistas”, conta.
Em todos esses anos, ela nunca teve registro na carteira de trabalho. “Não faço muita questão, pago o INSS todos os meses e me sinto amparada. Quando me acidentei, recebi o benefício”, comenta. Há dez anos, uma de suas patroas proporcionou a Denise aquela que ela considera a melhor recordação de sua trajetória profissional. “Recebi o convite para ser madrinha do Fernando, hoje com 18 anos. Sei que nunca poderei dar a ele um presente caro. Mas sei que amor nunca vai faltar”, emociona-se.