quinta-feira, 19 de abril de 2012

As 7 maiores mentiras da Internet

Confira as maiores farsas que já circularam na rede:

1 – O turista do World Trade Center


Após os atentados de 11 de setembro, surgiu uma foto de um turista em cima de uma das torres gêmeas com um avião bem próximo da torre, momentos antes dos ataques terroristas. Na verdade, trata-se de uma montagem. O avião que se chocou é um Boeing 767, e o que é mostrado na foto é um 757. Além disso, a foto mostra o avião se aproximando da torre norte, que, no entanto, não tinha ponto de observação para turistas.

2 – Vírus do ursinho


E-mails circularam dizendo que o aplicativo “jdbgmgr.exe”, que possui um ursinho como ícone, era um vírus e que deveria ser apagado imediatamente do computador. O arquivo em questão não era vírus, mas sim um componente necessário do Windows.

3 – Microsoft Firefox


Uma montagem muito bem elaborada de um site mostrava o novo Microsoft Firefox 2007 Professional. A montagem era tão bem feita que muitos usuários acreditaram.

4 – A cobra do McDonald’s


A estória1 era a seguinte: uma criança, que estava brincando em uma piscina de bolinhas de um restaurante da rede McDonald’s em Goiânia, reclamou várias vezes para a supervisora do brinquedo de que havia tomado choque, porém a funcionária alegou que o brinquedo não tinha nenhum tipo de ligação elétrica. Na terceira vez que a menina reclamou, desmaiou. A criança morreu por envenenamento e após esvaziarem a piscina de bolinhas, acharam um ninho de cobras no local. Tal fato teria, segundo a lenda urbana, provocado o fechamento de quase todos os estabelecimentos da rede na cidade.
Esse boato surgiu nos EUA. A mesma estória se repete inúmeras vezes, com algumas pequenas mudanças. Sites tomaram conhecimento do assunto, investigaram e chegaram à conclusão de que tudo não passava de mais uma farsa.

5 – Coca-cola light + Mentos


Várias pessoas receberam um e-mail relatando o caso de uma pessoa que havia ingerido Coca-cola light com uma pastilha Mentos sabor hortelã e morrido. Segundo o e-mail, a junção desses produtos ocasionava uma explosão. Mais uma mentira. O especialista da USP que é citado no e-mail não existe. A Coca-cola divulgou uma nota afirmando que “(...) ao ingerir uma bebida gasosa, esta entra em contato com a comida e o máximo que pode ocorrer é uma pequena expansão do gás dentro da boca, que se dissipa rapidamente, não ocorrendo nada com intensidade semelhante ao experimento que se observa na internet.”

6 – Leite Longa Vida

A mensagem dizia que o número que fica na parte inferior das embalagens de leite indica a quantidade de vezes que o leite foi retomado, repasteurizado e colocado à venda novamente. Pela lei, o leite cru não pode sofrer duas vezes tratamento térmico. Em termos econômicos, repasteurizar o leite sairia muito mais caro para as empresas. A Tetra Pak divulgou uma nota desmentindo o caso, afirmando que o número em questão é impresso no momento da produção da embalagem e refere-se ao posicionamento da bobina utilizada.

7 – Agulhas contaminadas

Em 1998, circularam e-mails dizendo que um indivíduo foi ao cinema, sentou-se em uma poltrona e foi espetado por uma agulha. Junto desta havia um bilhete dizendo que a pessoa acabara de contrair o vírus HIV. Segundo a Dra. Vânia Maria Bessa Ferreira, no fórum do site da Ong Viva Cazuza, "só haveria risco, ainda que teórico, se esse objeto fosse uma agulha contendo sangue contaminado. Ainda assim, a passagem da agulha pela roupa teria eliminado o sangue. Portanto, não há com o que se preocupar."

Por Tiago Dantas
Equipe Brasil Escola.com

A Diferença entre Psiquiatra, Psicólogo e Psicanalista

psiquiatria

O termo “psi”, bastante utilizado pelas pessoas, muitas vezes pode ser permeado de confusão quanto aos significados, principalmente quando se refere aos profissionais indicados por este termo: psiquiatra, psicólogo ou psicanalista.
O psiquiatra é um profissional da medicina que após ter concluído sua formação, opta pela especialização em psiquiatria. Esta é realizada em 2 ou 3 anos e abrange estudos em neurologia, psicofarmacologia e treinamento específico para diferentes modalidades de atendimento, tendo por objetivo tratar as doenças mentais. Ele é apto a prescrever medicamentos, habilidade não designada ao psicólogo. Em alguns casos, a psicoterapia e o tratamento psiquiátrico devem ser aliados.
O psicólogo tem formação superior em psicologia, ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano. O curso tem duração de 4 anos para o bacharelado e licenciatura e 5 anos para obtenção do título de psicólogo. No decorrer do curso a teoria é complementada por estágios supervisionados que habilitam o psicólogo a realizar psicodiagnóstico, psicoterapia, orientação, entre outras. Pode atuar no campo da psicologia clínica, escolar, social, do trabalho, entre outras.
O profissional pode optar por um curso de formação em uma abordagem teórica, como a gestalt-terapia, a psicanálise, a terapia cognitivo-comportamental.
O psicanalista é o profissional que possui uma formação em psicanálise, método terapêutico criado pelo médico austríaco Sigmund Freud, que consiste na interpretação dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginárias de uma pessoa, baseada nas associações livres e na transferência. Segundo a instituição formadora, o psicanalista pode ter formação em diferentes áreas de ensino superior.

Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola

Curiosidades sobre as regiões do Nordeste

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O Nordeste é conhecido como uma região de sol, praias, calor e também pela seca. Nove Estados formam a região: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.
No Nordeste encontra-se o terceiro maior rio do Brasil, o Rio São Francisco, que recebe os apelidos de Velho Chico, Rio da Unidade Nacional e Rio dos Currais. Foi descoberto pelos navegantes Américo Vespúcio e André Gonçalves em 1501. O Rio nasce em Minas Gerais e corta os Estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. São encontradas algumas represas e usinas hidrelétricas como a de Paulo Afonso e da de Sobradinho, as duas na Bahia.
Segue algumas curiosidades de cada estado:

Alagoas: A partir do século XVI durante mais de 100 anos uma área entre Alagoas e Pernambuco concentrou-se o Quilombo dos Palmares, um agrupamento de escravos fugitivos, chegou a reunir 20 mil pessoas. O mais famoso deles foi Zumbi, que morreu em 1694, sua cabeça foi decepada e exposta em Recife. É a terra do escritor Graciliano Ramos, que entre os livros escritos estão: Vidas Secas e Memórias do Cárcere. Alagoas é conhecida como a “terra dos marechais”, os dois primeiros presidentes do Brasil nasceram em Alagoas: Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, ambos marechais do Exército.

Bahia: A cidade de Salvador foi fundada em 1549 pelo português Tomé de Sousa, foi a capital do Brasil por mais de séculos, só em 1763 a sede do governo foi transferida para o Rio de Janeiro. Salvador é conhecida como a cidades das festas, a principal é o carnaval e algumas festas de origem religiosa, como a Lavagem do Bonfim, quando um grupo de baianas vestidas a caráter lava com água de cheiro os degraus em frente a Igreja do Bonfim, em 2 de fevereiro as homenagens são para Iemanjá, onde acontece uma grande festa na Praia do Rio Vermelho.

Ceará: Houve muitas dificuldades na colonização do Ceará, em função da aridez de seu solo e de índios com temperamentos difíceis e arredios, fato que fez com que o Ceará fosse ocupado tardiamente em comparação aos outros Estados do Nordeste. Possui um belo litoral, sendo uns dos principais destinos turísticos do país. Entre os escritores do Estado estão José de Alencar e Raquel de Queiroz que foi a primeira mulher a ser eleita para a Academia Brasileira de Letras.

Maranhão: Houve grande disputa para ver quem ficava com a região, inicialmente os franceses em 1612, ocuparam um território e fundaram a cidade de São Luís, que recebeu o nome em homenagem ao rei Luís XIII, da França, três anos depois Portugal assumiu o controle, perderam para os holandeses e após três anos Portugal recupera definitivamente e forma o Estado do Maranhão, percebe-se até hoje diferentes sinais que revelam as etapas da colonização. Encontra-se no Maranhão o parque dos Lençóis Maranhense que atrai muitos turistas.

Paraíba: No século XVI, o cultivo da cana-de-açúcar foi o principal motivo que levou portugueses, holandeses e franceses a disputarem a atual Estado da Paraíba. A capital do Estado, João Pessoa, adotou esse nome em função do assassinato de João Pessoa, governador do Estado, em 1930. Em 1992 a ONU (organização das Nações Unidas) concedeu a João Pessoa o título da segunda cidade mais arborizada do mundo, atrás apenas de Paris. Em Campina Grande, a 125 km da capital, acontece o maior São João do Nordeste, durante o mês de junho.

Pernambuco: Como em outros pontos da colônia brasileira, o território mostrou-se adequado para o cultivo de algodão e da cana-de-açúcar, e assim despertou a cobiça de povos europeus. Em Pernambuco encontra-se a Feira de Caruaru, ocorre na cidade de Caruaru, lá se vende uma variedade de produtos que vão de frutas, verduras, carnes a roupas e até artigos eletrônicos. A feira foi considerada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. O nome Pernambuco vem dos índios, “Paranampuka”, em tupi quer dizer “mar que bate nas pedras”.

Piauí: O Estado tem algumas diferenças dos outros Estados do Nordeste. O seu litoral é o menor do país, com apenas 66 quilômetros, a sua capital, Terezina, é a única do Nordeste que não fica a beira-mar, e foi o único território que não sofreu invasões estrangeiras durante a colonização. Sua ocupação se deu a través do bandeirante paulista Domingos Jorge Velho, que levou os primeiros rebanhos de gado. Até hoje sua economia se baseia na agropecuária extensiva. Os rebanhos de cabras é o segundo maior do Nordeste. Na agricultura está entre os maiores produtores de castanha do caju e atualmente a soja que tem atraídos produtores do sul.

Rio Grande do Norte: O estado começou a ser ocupado pelos portugueses quase cem anos após o descobrimento do Brasil. Os colonizadores enfrentaram uma resistência muito grande por parte dos índios potiguaras e de piratas franceses. Nessa época foi erguido o Forte dos Reis Magos, em forma de uma estrela de cinco pontas. Os holandeses foram outros invasores e responsáveis pelo início da extração de sal, que até os dias atuais tem forte importância na economia do Estado, é responsável por 90% de toda produção do País. Uns dos maiores estudiosos do folclore nasceu em Natal, Luís da Câmara Cascudo. A criação de camarão é outra fonte de renda, já conseguiu superar o Ceará que liderava como maior exportador do país.

Sergipe: É o menor Estado do Nordeste. Sua história é palco de invasões e de lutas pela posse da terra e em busca do pau-brasil, durante séculos a economia se baseou na plantação da cana-de-açúcar, o cenário mudou com a instalação da hidroelétrica de Xingo, e a exploração do gás natural e de petróleo. Entre as unidades da federação, apenas o Distrito Federal tem área menor que o Estado de Sergipe. A construção da futura capital do Estado, Aracaju foi planejada no formato de um tabuleiro de xadrez.

Fonte: Revista Brasil Regiões do Nordeste

Curiosidades do Nordeste

sabialogo 1 - Fundada em 1537, Recife é a mais antiga capital brasileira. Apesar de a vizinha Olinda ter sido a primeira capital da capitania de Pernambuco.

2 - O estado da Bahia é responsável por 95% da produção de cacau no Brasil.

3 - O carnaval na Bahia é comemorado desde o século XVIII.

4 - Dragão do Mar, símbolo da resistência popular cearense contra a escravidão.

5 - O América de Natal (RN) foi o primeiro clube a conseguir dois acessos consecutivos no Campeonato Brasileiro de Futebol. Esse feito foi conquistado com o acesso da Série C para Série B, em 2005 e da Série B para Série A em 2006.

6 - A Bahia é o estado que mais faz divisa com outras unidades da Federação, possuindo um total de oito estados limítrofes, a saber: Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Piauí (N); Minas Gerais e Espírito Santo (S); Goiás e Tocantins (O).

7 - A revista americana Newsweek escolheu, na edição de abril de 2001, 9 cidades de destaque no mundo que representam um novo modelo de Centro Tecnológico e que Campina Grande (Paraíba) está presente na lista? A única cidade escolhida da América Latina. Em 2003, mais uma menção foi feita à cidade: desta vez referenciada como o "Vale do Silício brasileiro", graças, além da high tech, às pesquisas envolvendo o algodão colorido ecologicamente correto. As 9 cidades escolhidas pela Newsweek foram: Akron (Ohio - EUA); Huntsville (Alabama - EUA); Oakland (Califórnia - EUA); Omaha (Nebraska - EUA); Tulsa (Oklahoma - EUA); Campina Grande (Paraíba - Brasil); Barcelona (Espanha); Suzhou (China); Côte d'Azur (França).

8 - Muitos ingleses da equipe de Albert Einstein lideradas por Sir Arthur Stanley Eddington que vieram comprovar a Teoria da Relatividade em Sobral não voltaram com a equipe, alguns ficaram e casaram, constituindo família na cidade, onde ainda hoje nota-se a presença de sobrenomes ingleses e traços britânicos em muitas famílias da região? Além de ruas e avenidas que homenageiam a esses cientistas que ajudaram no desenvolvimento da cidade.

9 - Teresina é a única capital da Região Nordeste que não se localiza no litoral.

No Ar - Ana Paula Padrão

Por  Renata Klar

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Ela nasceu em Brasília, já morou em Londres e Nova York e agora curte a vida em São Paulo. Aos 41 anos, esta mulher tão conhecida dos brasileiros – que largou o balé por causa do jornalismo – está mais feliz do que nunca. Na vida pessoal, seu casamento de quase cinco anos com o consultor financeiro Walter Mundell anda às mil maravilhas. No campo profissional, estréia este mês no SBT o programa de reportagens que sempre quis fazer.

Seleções: Todo mundo tem a idéia de que, para ser bem-sucedida, a mulher tem de ser “Mulher maravilha”...

Ana Paula: Quando comecei, tinha de trabalhar pelo menos 12 horas por dia. Se derramasse uma lágrima no ambiente de trabalho, seria considerada a “mariquinha” para sempre. E acho que essa carga é muito pesada. Eu me dediquei muito a pesquisar esse tema nos últimos anos.

Seleções: Por causa da vontade de mudar isso?

Ana Paula: Por causa das minhas angústias. De ter tido uma vida pessoal muito confusa no início da minha maturidade, dos 20 e poucos anos – quando você começa a se reconhecer como mulher e a querer uma relação estável, uma casa confortável – até conhecer o meu marido.

Seleções: Você já havia sido casada antes?

Ana Paula: Já. Eu me casei com 23 anos e meu casamento teve várias idas e vindas. Depois de me separar fiquei achando que nunca mais me casaria de novo, acreditando muito pouco em casamento, achando que era inviável uma mulher ser bem-sucedida, trabalhar muito e ter um companheiro que entendesse isso. Em alguns momentos cheguei até a duvidar do amor. Pensava: “Ah, esse negócio de amor é coisa de poeta. Impossível, isso não existe.”

Seleções: Então o Walter mudou a sua vida?

Ana Paula: Quando me mudei de Nova York para São Paulo, comprei um apartamento e não cheguei nem a pendurar as luminárias, porque aí conheci o Walter, me casei e comprei uma casa. Existem homens que assimilaram muito do universo feminino. É claro que na geração do Walter isso é mais difícil. Ele tem 53 anos... É raro encontrar um homem que divida sua vida com a mulher. Os dois trabalham, cuidam da casa, do jardim, da piscina...

Seleções: E ele cuida da casa?

Ana Paula: Ele adora. É raro eu conseguir ir a uma loja de decoração sozinha. Se ele pode, vai comigo. Essa era uma experiência que eu nunca tinha tido, de um homem que de fato dividisse todas as coisas comigo, e não só o trabalho. Eu tenho para a casa o mesmo tempo que ele. Nós trabalhamos, mas conseguimos dividir a vida para os dois terem tempo para a casa, o lazer, para ficar junto, para não fazer nada, para viver o amor, o casamento.

Seleções: A diferença de idade interfere na sua vida? São 12 anos...

Ana Paula: Acho que ele podia ter 40 anos, podia ter 35... Ele é assim. Pesquisando o assunto, comecei a entender que homens mais jovens têm mais facilidade para dividir, porque já cresceram vendo mulheres no universo de trabalho. Nesse sentido, Walter é um homem raro? Sim, porque é difícil um executivo dizer: “Olha, minha mulher está doente” ou “Minha caixa d’água deu um problema e está inundando tudo. Vou ter de voltar para casa”. Ele não deixa ninguém perguntar: “Mas, e sua mulher, cadê?” E se perguntarem, a resposta é: “Minha mulher está trabalhando.”

Seleções: Você fica ansiosa por ter de aparecer sempre bem no vídeo?

Ana Paula: Eu gostaria de me parecer mais comigo todos os dias. Meu estilo é informal. Gosto de usar meu cabelo sem escova, mas , na TV, ele fica parecendo despenteado. Então, faço escova. E acabei virando uma mulher de cabelo muito liso. Você tem de se maquiar, e não é para parecer mais bonita... É porque a televisão deixa você com uma cor diferente e com uma textura de pele que você não tem. Se você não se maquiar, vai parecer muito abatida ou pálida.

Seleções: Tem muita gente que daria tudo para estar todo dia maquiada, penteada.

Ana Paula: Sem obrigação é ótimo, por obrigação é diferente... Sou muito vaidosa. Vou fazer hidratação no cabelo, faço unha uma vez por semana – aconteça o que acontecer – passo creme para a área dos olhos de manhã e à noite, não saio de casa sem filtro solar... Sou vaidosa para cuidar da minha pele, da unha, para escolher uma roupa bonitinha de manhã. Gosto de parecer bonita.

Seleções: Você está sempre magra. Qual o seu segredo: faz exercício, controla a alimentação?

Ana Paula: Todo dia eu penso nisso. Meu Deus, tenho de fazer exercício, nem que seja uma esteira! Todo dia ensaio e nunca consigo fazer nada. Mas cuido da alimentação, como alimentos saudáveis. Quando eu engordo dois quilos, faço uma dietinha para perder. Mas não vivo de dieta. Eu realmente não tenho tendência a engordar. Engordo quando estou de férias e começo a tomar aqueles cafés da manhã enormes... Volto a trabalhar e “seguro a onda”, porque acabo tendo menos tempo para comer.

Seleções: Quem está de fora tem a impressão de que você remoçou nos últimos tempos. Você sente isso?

Ana Paula: Sinto. O meu marido diz: “Nossa, você está mais jovem do que quando a gente se casou, há cinco anos.” Acho que felicidade rejuvenesce. E eu ando muito feliz! Era muito penoso para mim dormir às 3 da manhã e ter de acordar às 8h, porque eu tinha de pegar a ponte aérea das 10h, porque tinha de dar plantão... Era um sábado que eu estava perdendo da minha vida. Não tem bancada, não tem glória, nem glamour, fama, que pague um sábado da sua vida. Vários sábados. Dezenas de sábados, um ano de sábados...

Seleções: Cansa?

Ana Paula: Chega uma hora que você quer um pouco mais de tranqüilidade na vida. Ter um pouco mais de tempo para você. Em 2006 foi a primeira vez em 22 anos que tive o Natal e o réveillon de folga. Tirei 20 dias de férias em dezembro. Eu nem sabia direito o que fazer com o tempo.

Seleções: Tem ainda alguma coisa que você não tenha feito e que você tenha vontade de fazer?

Ana Paula: Você quer por ordem alfabética, por ordem de prioridade... (risos) Eu quero há anos escrever um livro, e não tenho tempo. Há anos eu quero fazer um web site, para me comunicar com as pessoas que gostam de mim. Agora eu acho que vou ter um tempo para isso. Há anos planejo desenvolver um projeto de reportagens, no tempo que eu quero, e poder colocá-las no ar.

Seleções: Do que você mais gosta? Da bancada ou de reportagem?

Ana Paula: De reportagem. A graça para mim não é sentar e apresentar. O que me dá prazer é o fechamento. Escolher que matéria vai entrar, como é que ela vai ser, o que vai abrir o jornal, o que vai encerrar, como resolver uma situação difícil, como resolver um texto.

Seleções: Mas hoje a maioria sonha com a bancada, certo?

Ana Paula: Hoje você entra nas faculdades e 80% querem uma bancada. Acho isso um equívoco, uma distorção da profissão. Quando a gente escolhia fazer jornalismo lá nos anos 80, escolhia porque queria apurar, estar onde as coisas estavam acontecendo e contar isso para os outros. Hoje há uma glamourização tão grande da profissão, principalmente na televisão, que se distorce a vocação. Você não é jornalista enquanto está dentro da redação. Se você está em férias e cai um avião na sua frente na praia, você vai deixar de cobrir? Não vai. Assim como um médico não vai deixar de atender se alguém passar mal na frente dele.

Seleções: Como é ser famosa por ser jornalista, e não cantora ou atriz?

Ana Paula: É esquisito ser famoso porque você faz seu trabalho. Porque de fato eu não virei jornalista para ser famosa, eu virei jornalista porque é a minha vocação.

Seleções: Quando você decidiu deixar o balé para ser jornalista?

Ana Paula: Vida de balé é vida de atleta. Você tem de treinar tanto quanto um maratonista. E eu comecei a ter outras ambições. Ambições intelectuais. Queria estudar, conhecer o mundo, fazer coisas que eu não ia ter tempo de fazer se eu decidisse seguir o balé profissionalmente. Entrei na faculdade, fui deixando o balé aos poucos. Mas acho que tomei a decisão correta. Sou muito melhor jornalista do que era bailarina! Também foi um pouco sorte... Acho um absurdo alguém ter de escolher o que vai fazer o resto da vida com 17 anos... Tem gente que não acerta.

Seleções: O que fez você sair da Globo e ir para o SBT?

Ana Paula: Em primeiro lugar, eu precisava sair daquele horário. Não sou uma pessoa da noite. Não conseguia dormir direito de manhã e acabava dormindo pouco. Isso pesava na minha vida. E eu queria estar em casa à noite, queria desesperadamente poder jantar e ver um filminho na TV ou ler um livro. Eu precisava disso.

Seleções: O casamento influenciou sua decisão?

Ana Paula: Eu não via meu marido. Ele é consultor financeiro, então trabalha quando os mercados estão abertos. Ele começa cedo, e às 18h30 já está livre. Quando eu acordava, ele tinha saído. Eu ia para a redação e saía, dependendo do dia, à uma ou às duas da manhã. Quando eu chegava em casa, ele já estava dormindo. Às vezes ficava acordado para me esperar...

Seleções: Era uma vida de renúncias?

Ana Paula: Era muito ruim. Nunca podia ir ao lançamentto dddo livro de um amigo, ao cinema, à noite... Então, comecei a ir ao cinema na hora do almoço, porque eu nunca assistia a nada. Até que um dia saí às duas da tarde do cinema e vi duas senhoras na fila da sessão seguinte falando sobre mim: “Olha, a Ana Paula Padrão! Tadinha, sozinha no cinema a essa hora.” Saí de lá sentindo uma pena tão grande de mim que decidi: preciso mudar minha vida.

Seleções: Como é ter Silvio Santos como patrão?

Ana Paula: Para mim sempre foi fácil. Eu acho que a gente tem de aprender a lidar com as pessoas com quem trabalha. Se você faz isso com os seus colegas, por que não com o chefe? No meu caso, sempre foi tranqüilo, porque conversamos antes sobre liberdade editorial, orçamento e horário.

Seleções: Como é comandar uma equipe numa emissora que tinha desistido do jornalismo?

Ana Paula: Foi uma grande experiência. Eu tinha muitas dúvidas. Não sou uma pessoa seguríssima. Sempre me pergunto: Meu Deus será que vou dar conta? Será que vai dar certo? E foi muito bom porque eu consegui montar uma redação séria. Não tinha nada quando eu cheguei. Tive de contratar todo mundo. E conseguimos montar uma redação em três meses, botar um jornal no ar, fazer uma cobertura das eleições, que é um orgulho para mim...

Seleções: Alguém inspirou você?

Ana Paula: Quando comecei a fazer televisão, eu dizia: “Quando eu crescer eu quero ser o Lucas Mendes.” Eu achava que o Lucas Mendes escrevia muito bem, tinha uns textos maravilhosos, tinha uma bagagem cultural que eu queria ter um dia. Depois fui ganhando meu estilo e passei a gostar de outras coisas.

Seleções: Qual o seu grande momento na TV?

Ana Paula: Acho que o grande momento é sempre o que está por vir, o que ainda vou fazer. Beatriz, uma amiga que trabalha comigo, diz que a sorte é o resíduo do desejo. Eu acredito nela.

Seleções: Algo mudou na sua vida depois dos 40 anos?

Ana Paula: Engraçado, ainda estou esperando a crise dos 40, ela não veio. Pelo contrário, estou me sentido mais produtiva, mais ativa, mais feliz, mais bonita, mais interessante. Eu estou mais realizada, mais perto de fazer aquilo que eu realmente quero fazer e não aquilo que o mercado ou as pessoas me dizem que tenho de fazer. Gosto mais de mim com 40. Com 41, agora.

Seleções: Tem algum arrependimento?

Ana Paula: Não. Mesmo os meus momentos mais difíceis me ensinaram coisas. Minha vida não foi uma vida fácil. Não nasci em família rica, não estudei nas melhores escolas do país. Fiz minha primeira viagem internacional com 22 anos, eu acho. E foi ali para o Peru. Mas quando as coisas vêm de maneira muito fácil, você pensa menos nelas. E fica uma pessoa menos densa. Acho que tudo o que eu passei, tanto profissionalmente quanto no plano da emoção, me ajudou a ficar uma pessoa mais densa e mais feliz comigo, capaz de procurar aquilo que eu realmente quero, e não ficar na superfície.

Seleções: Qual o seu maior motivo de orgulho?

Ana Paula: Acho que ter tido coragem de tomar determinadas decisões na vida: terminar meu primeiro casamento; mudar de emprego, voltar a acreditar no amor e me casar de novo; tentar ter filhos e dizer isso para as pessoas; e enfrentar o fato de que não vou ser mãe. Ter coragem não significa que não se tem medo, mas que você o enfrentou. Então você sai melhor daquilo, sai se sentido mais forte.

Seleções: Você desistiu de ter filhos?

Ana Paula: Não. Eles é que desistiram de mim.

Seleções: Mas você tem 41! Ainda dá tempo!

Ana Paula: Todos dizem que a medicina faz muita coisa. Não faz tanto assim. Primeiro, o meu caso não é fácil. Segundo, é claro que eu conheço casos difíceis que, depois da décima tentativa de fertilização ou de inseminação, deram certo. Mas eu também decidi não passar por dez tentativas. Fiz quatro tratamentos e tive um aborto. E dói. A natureza é sábia. Se você não pode e tenta, pode até conseguir. Mas se você não conseguir, será uma pessoa eternamente frustrada. Eu vivo muito bem com o meu marido. Ele precisa ter filhos para ser um homem feliz? Não. Eu poderia ser mais feliz se eu tivesse filhos? Talvez. Mas perseguir esse objetivo continuamente atrapalha. Se daqui a 5 anos, 10 anos, eu sentir uma imensa falta da maternidade, eu adoto. Para a adoção não tenho o dead line da natureza no meu calcanhar. É uma coisa que posso amadurecer, posso pensar.

Seleções: Você é feliz sem filhos...

Ana Paula: Como é que eu vou saber se eu poderia ser mais feliz com filhos? Imagino que sim. Todo mundo é tão feliz com filhos. Mas eu vou ancorar minha vida só nisso? Nunca. Então, vou ser feliz de outro jeito. Tem gente que não tem uma perna e é muito feliz. E eu não posso ter filhos. Paciência, assim é a vida. Todo mundo tem uma condição. E tem de viver com a sua condição. Eu queria ter 1,80m... (risos)

Seleções: Como era a criança Ana Paula?

Ana Paula: Eu era muito tímida. Não tinha coragem de ir à banca comprar um jornal para o meu pai... Sempre fui muito pequena, eu era a mais baixinha, primeira da fila, a menorzinha, a mais magrinha. As minhas amigas ficaram mocinhas antes de mim, ganharam curvas de mulher e eu não. No colégio, nos jogos de handball e vôlei ninguém nunca me escolhia. Eu não tinha força no braço para jogar. Fiquei um pouco menos insegura e resolvi enfrentar minha timidez – foi outra coisa muito corajosa que fiz na vida – quando fiquei adolescente. Eu disse: “Não posso ser uma pessoa tímida o resto da minha vida. Isso atrapalha.”

Seleções: Como era sua relação com seus pais?

Ana Paula: Meu pai é um intelectual. Ele é advogado, mas a vida inteira gostou de livros. A imagem mais forte da minha infância era o meu pai lendo. E eventualmente me dando livros absurdos para a minha idade. Minha mãe é uma mulher carinhosa, e a lembrança mais forte da minha infância era ela me dizendo: “Não se deixe sustentar por marido nenhum. Você vai estudar e vai trabalhar para ganhar o seu dinheiro.” Conselho que ouvi muito bem e segui direitinho.

Seleções: Você hoje é ligada aos seus irmãos?

Ana Paula: Meus irmãos moram em Brasília ainda. Mas eles são muito próximos. Um é engenheiro, casado, e eu vou ser titia! Primeiro bebê da família! Imagina, eu tenho 41 e não tive filhos; ele já tem 36 e vai ter o primeiro filho; e o outro é recém-casado, tem 31, e se casou no fim do ano [2006]. Ele é economista e também trabalha numa empresa em Brasília. Mas eles vêm muito a São Paulo. Eu e o Walter temos uma casa em Itacaré, na Bahia, e eles vão muito para a casa de praia também.

Seleções: Você gosta de cozinhar?

Ana Paula: Adoro. Eu acho que é uma das poucas coisas que me relaxam inteiramente. Porque a comida tem o tempo dela. Você não pode apressar uma comida, ou retardar uma comida. Você tem de acompanhar o tempo dela, senão não fica bom. Walter é companheiro e a gente fez uma cozinha que você não precisa ficar isolada para cozinhar. Ele fica ali, me ajuda a preparar as coisas. E é um programão!

Seleções: Quem são seus grandes amigos?

Ana Paula: Meus irmãos são grandes amigos. Converso coisas com eles que converso com pouca gente. Meus padrinhos de casamento, Leonardo e Suzi, são ótimos amigos. São pessoas a que eu sei que posso recorrer a qualquer hora, para qualquer coisa, qualquer dia. E tem os meus amigos do trabalho, que se transformaram em grandes amigos de vida.

Seleções: Vocês tem animal de estimação?

Ana Paula: Temos duas gatas. A Sofia Loren e a Claudia Cardinale. São as duas italianas da casa.

Seleções: Você tem alguma superstição, algo que você faça sempre antes de entrar no ar ou de sair de casa?

Ana Paula: Não vou a lugar algum sem a Santa Clara. Ela anda comigo para cima e para baixo. Mesmo em lugares onde não acreditam em santas, ela vai comigo, escondida, para não ser confiscada. Entrei no Afeganistão com a Santa Clara! Um grande e bom amigo que foi para o Vaticano me deu. Dizem que Santa Clara é a padroeira da televisão. Como ela é a santa que limpa os céus, dizem que isso ajuda nas transmissões de TV. Nunca fui apegada a nenhuma religião ou a nenhum santo da Igreja Católica. Mas depois que ele me deu a Santa Clara, ela virou uma companheira.

Seleções: Você ganhou o prêmio Marcas de Confiança de Seleções como o maior nome do jornalismo brasileiro! Por que o público tem tanta confiança em você?

Ana Paula: Esse foi o prêmio de que eu mais gostei, porque não se refere necessariamente ao meu trabalho de ancoragem, reportagem, ou a um período da minha vida. É uma espécie de empatia com o público. As pessoas gostam do conjunto da obra, do que faço, de como administro as coisas.

FMI alerta Brasil sobre oferta de crédito

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O Relatório de Estabilidade Financeira Global, divulgado ontem pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), mostra preocupação com o nível de inadimplência no Brasil e os limites do uso do crédito para conter a crise. O documento destaca o rápido crescimento na oferta de financiamentos nos últimos anos e especialmente o papel do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) nesse processo.

Especialistas consultados pela equipe do Diário, entretanto, discordam desse alerta, e alegam que a tomada de empréstimos já foi maior do que hoje e que o índice de inadimplência está estabilizado. De fato, em 2010 a oferta de crédito cresceu 25%, enquanto que, no ano passado, a expansão foi de 20% e, hoje, está em 15%.

Além disso, dados do Banco Central mostram que, do total da carteira de crédito, em janeiro 7,6% não honravam com suas dívidas, percentual que se manteve em fevereiro. No fim de 2010, esse índice era de 5,7%. O pico de calotes é consequência do entusiasmo e facilidade no acesso ao crédito no ano passado. Hoje, a maior restrição aos financiamentos é apontada como um dos fatores que contribuem à diminuição da venda de carros novos, apontada como vilã dos pagamentos em dia.

"O FMI está impressionado com o crescimento do crédito, mas não parou para analisar que houve aumento da renda. E, enquanto houver melhora nos salários, haverá procura por financiamentos", analisa o economista chefe da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo. "É preciso ter sempre cautela na concessão de empréstimos, mas não acredito que estejamos em limite de esgotamento, já que a renda segue crescendo."

Segundo o FMI, a expansão do crédito tem sido liderada pelo BNDES, cuja atuação ajudou a limitar o impacto do colapso do Lehman Brothers na economia brasileira ao longo de 2009. Na avaliação da professora de Economia da ESPM e da PUC-SP Cristina Mello, embora o banco tenha promovido oferta rápida de financiamento na crise, para ter acesso a ele, é necessário ter um banco parceiro, que geralmente prefere oferecer suas linhas do que as do BNDES.

"O crédito é bom para quem não precisa dele. Não precisávamos aumentar a oferta, mas canalizá-la para o setor produtivo, e não para o consumo. As propagandas são sempre direcionadas à pessoa física", comenta. "Acho que os níveis de crédito no Brasil não são de assustar. O problema é que temos um grupo de muita baixa renda, que só consegue comprar com financiamento. E aí tem-se um risco, pois essas famílias vão ter de escolher entre pagar o financiamento e abrir mão do consumo ou seguir comprando e tornar-se inadimplente. Por isso é preciso orientar o uso do crédito com cautela." (com AE)

Governadores vão a Brasília discutir dívidas dos estados

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Governadores de onze estados – São Paulo, Minas. Minas Gerais, Mato Grosso, Santa Catarina, Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Alagoas, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Roraima e Rondônia participam de audiência pública nestaa quinta-feira (19) na Câmara dos Deputados. 

O Grupo de Trabalho da Dívida dos Estados decidiu adiar a decisão sobre o problema de endividamento com a União. Por sugestão do deputado Vaz de Lima (PSDB-SP), o grupo vai ouvir os governadores antes de fechar uma proposta a ser apresentada ao governo federal.
O coordenador do GT, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), apresentou uma minuta de proposta, que inclui os três pontos em que há consenso entre os deputados. A substituição do IGP-DI (Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna) pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado) como indexador para correção da dívida; a redução dos juros, que variavam de 6 a 9%, para 2%, com adoção da Selic (taxa básica de juros do Banco Central) como teto para essa correção (se o IPCA mais os juros for maior, vale a taxa Selic); e a criação de um fundo de investimentos em infraestrutura para que o governo federal retorne aos estados metade dos pagamentos efetuados à União.
Essas mudanças não dependem de iniciativa legislativa, mas de uma negociação entre o governo federal e os estados e municípios. "O papel do Congresso é patrocinar o debate, apontar saídas. Caberá à União acertar com os entes federativos os termos dessa pactuação", disse o coordenador do grupo, acrescentando que será necessário aprovar uma pequena alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal para permitir a repactuação.
Vaccarezza se disse contrário à retroatividade na aplicação do indexador e do juro reduzido, porque isso afeta o balanço da União e compromete os indicadores macroeconômicos. Ele também tem dúvidas sobre a redução do limite de comprometimento das receitas dos estados e municípios com o pagamento das parcelas das dívidas. "Isso poderial levar a um aumento excessivo do estoque da dívida ao final do prazo de 30 anos de financiamento, mantendo um problema que estamos tentando resolver agora", ressalvou.
Os governadores defendem, nesse caso, um alongamento do financiamento para permitir um alívio nas parcelas das dívidas. Entre 1997 e 2001, a União financiou as dívidas dos estados e de alguns municípios com base no pagamento, em 30 anos, dos valores corrigidos pelo IGP-DI. A União já acenou com a possibilidade de manter esses parâmetros inserindo a trava da Selic. Mas Vaccarezza discorda: “Acreditamos que o melhor é adotar o IPCA porque é um indexador mais estável e expressa melhor a correção monetária, enquanto a Selic é um instrumento de política monetária que pode variar.

Beber água durante provas pode aumentar chances de notas melhores, diz estudo

Estudantes que bebem água durante exames aumentam suas chances de conquistar notas mais altas, segundo um estudo feito na Grã-Bretanha.

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A pesquisa, realizada pelas universidades londrinas de East London e Westminster com 447 estudantes, constatou um desempenho em média 5% melhor nos estudantes que beberam água em comparação com os que não ingeriram líquido.

Um dos autores do estudo, Chris Pawson, da Universidade de East London, disse que consumir água pode ter um benefício psicológico sobre o raciocínio, além de aliviar a ansiedade.

"São necessários outros estudos para determinar com mais precisão as causas disso, mas é evidente que os estudantes devem se esforçar para estarem hidratados durante as provas" disse ele.

Os resultados da pesquisa podem ter implicações em políticas adotadas sobre a acessibilidade da água durante os exames, dizem os pesquisadores.

Felicidade e otimismo reduzem risco de doenças cardíacas, diz estudo

Pessoas felizes e otimistas enfrentam menos risco de sofrer doenças cardíacas e derrames, segundo uma pesquisa da Harvard School of Public Health.

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A pesquisa foi produzida a partir de mais de 200 estudos e divulgada na publicação especializada Psychological Bulletin.

Cientistas acreditam que um senso de bem-estar pode reduzir fatores de risco que induzem a doenças cardíacas, como alta pressão sanguínea e colesterol elevado.

Fatores como estresse e depressão já tinham sido relacionados a doenças cardíacas.

Os pesquisadores do Harvard School of Public Health analisaram estudos médicos variados que traziam registros sobre bem estar psicológico e boa saúde cardiovascular.

O cruzamento de dados revelou que fatores como otimismo, satisfação com a vida e felicidade pareceram estar associados a uma redução no risco de doenças cardíacas e circulatórias, independentemente da idade e status sócio-econômico de uma pessoa, de seu peso e se ela é ou não fumante.

O risco de doença, mostrou o estudo, é 50% menor entre pessoas otimistas, mas a pesquisadora-sênior do Harvard School of Public Health, Julia Boehm, afirma que a pesquisa apenas sugere uma ligação e não representa uma prova de que fatores ligados ao bem estar possam atuar para prevenir doenças cardíacas.

Hábitos saudáveis

Não apenas é difícil medir de forma objetiva o bem estar, como outros fatores que ameaçam a saúde, como colesterol e diabetes, pesam mais quando se trata de reduzir o risco de doenças.

Os participantes da pesquisa que se mostraram mais otimistas também seguiam hábitos mais saudáveis, como se exercitar mais e seguir uma dieta balanceada, fatores que podem exercer influência na prevenção de doenças.

A maior parte de estudos anteriores sobre humor e doenças cardíacas se centrou em fatores como estresse e ansiedade, mas não em felicidade e otimismo.

Maureen Talbot, enfermeira cardíaca sênior do principal instituto britânico especializado em doenças do coração, a British Heart Foundation, disse: "A associação entre doenças cardíacas e saúde mental é muito complexa e ainda não totalmente compreendida''.

"Embora este estudo não tenha olhado para os efeitos do estresse, ele confirma o que já sabíamos, que o bem-estar psicológico compõe uma parte importante de se ter um estilo de vida saudável, assim como permanecer ativo e manter uma alimentação saudável.''

"Ele também destaca a necessidade de que profissionais de saúde ofereçam uma abordagem completa do cuidado médico ao paciente, levando em conta seu estado de saúde mental e o monitoramento dos efeitos desse estado mental sobre a saúde física da pessoa", acrescentou.

''Ainda que este estudo não tenha analisado os efeitos do estresse, ele confirma o que sabíamos, que o bem estar psicológico é uma parte importante de se ter um estilo de vida saudável, assim como se manter ativo e comer de forma saudável. Ele também salienta a necessidade de que profissionais da área de saúde forneçam um tratamento holístico em relação à saúde de uma pessoa, levando em conta a saúde mental do paciente e monitorando os seus efeitos sobre sua saúde', afirmou Talbot.

Filme sobre austríaca mantida cativa por oito anos chega às telas em 2013

Um longa metragem inspirado na história da jovem austríaca sequestrada na infância e mantida cativa por oito anos deve começar a ser filmado em maio e sua estréia está prevista para 2013.

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A produção sobre a história de Natascha Kampusch, que foi sequestrada por um pedófilo quando tinha dez anos de idade, tem como título provisório 3096, o número de dias que ela permaneceu em cativeiro, presa por seu sequestrador, Wolfgang Priklopil, até que conseguiu fugir, aos 18 anos de idade, em 2006.

As filmagens devem ser realizadas em Munique, na Alemanha, e o elenco deve contar com a britânica Amelia Pidgeon, de 10 anos, que interpretará a jovem Natascha, e a irlandesa Antonia Campbell-Hugues, de 29 anos, atriz deBrilho de Uma Paixão, que a viverá quando adulta. Priklopil será vivido pelo ator dinamarquês Thule Lindhardt.

Natascha Kampusch foi sequestrada em 1998, quando estava a caminho da escola. Ela conseguiu fugir em agosto de 2006.

Ao saber que a polícia estava em seu encalço, o sequestrador Prikopil se matou ao se jogar diante de um trem. Natascha recebeu apoio psicológico após ter sido encontrada pelas autoridades austríacas e, incialmente, falava com simpatia sobre seu sequestrador.

Ambiente claustrofóbico

Pouco depois, passou a apresentar um programa de entrevistas na TV austríaca e se tornou uma celebridade nacional. Em 2010, ela lançou um livro relatando o seu drama.

A equipe de produção de 3096 é a mesma do filme de 2007 A Queda - Os Últimos Dias de Hitler. A versão inicial do roteiro foi assinada por Bernd Eichinger, autor do roteiro de A Queda e é inspirada nas várias entrevistas que ele realizou com Natascha até pouco antes de morrer, em 2011.

De acordo com os realizadores do filme, ele cobrirá todas as fases do calvário de Natascha. Eles afirmam que o longa não evitará o tema dos abusos sexuais que ela sofreu nas mão do homem que a manteve cativa.

A produção vai procurar reproduzir o claustrofóbico ambiente em que a jovem viveu por oito anos, criando uma réplica fiel em estúdio de sua cela de dois por três metros no porão da residência de Prikopil.