quarta-feira, 30 de abril de 2025

Apenas três dos oito deputados do RN assinam pedido da CPI do INSS; oposição quer investigar fraudes de R$ 6 bilhões

A oposição na Câmara dos Deputados protocolou nesta quarta-feira (30) um pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suspeitas de fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que teriam causado prejuízos superiores a R$ 6 bilhões. O requerimento foi apresentado pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) com o apoio de 185 parlamentares – número superior ao mínimo necessário de 171 assinaturas.

A iniciativa, apelidada pelo autor de “CPI do Roubo dos Aposentados”, visa apurar descontos indevidos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas, conforme revelado por operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União na última semana.

Dos 8 deputados federais do Rio Grande do Norte, apenas três assinaram o requerimento: General Girão e Sargento Gonçalves, ambos do PL, e Carla Dickson, do União Brasil.

A maior parte das assinaturas é do PL, com 81 parlamentares apoiando a proposta. Deputados de outras siglas como União Brasil (25), PP (18), Republicanos (18), MDB (11) e PSD (9) – todos partidos com presença no governo – também aderiram. Outras 23 assinaturas vieram de legendas como Novo, PRD, Avante, Podemos, Cidadania, PSDB e Solidariedade.

Durante coletiva à imprensa, Coronel Chrisóstomo defendeu o afastamento do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. “Não dá para uma CPI investigar com o ministro dentro do ministério, com certeza fazendo seus acordos contra as investigações. Minha sugestão é que o ministro Lupi peça para sair”, afirmou.

Enquanto isso, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), anunciou que a oposição também trabalha na coleta de assinaturas para uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), envolvendo deputados e senadores, como alternativa caso a CPI na Câmara não avance, diante da fila de outros pedidos aguardando instalação.

A pressão da oposição reflete o agravamento das tensões políticas em torno da gestão da Previdência Social e do uso de dados de beneficiários do INSS, especialmente em um contexto de aumento das denúncias de fraudes e irregularidades.

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