/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/N/x/HWZEY2QWiQKjvAhVj0xA/whatsapp-image-2020-05-30-at-09.43.13.jpeg)
Reeducandos e assistidos pelo
programa Caminhos da Justiça, realizaram um gesto de solidariedade.
Sensibilizados com a atitude da policial civil Flaviana Bezerra, que após
atender uma ocorrência de homicídio, acolheu sob a guarda dela, os cinco filhos
da vítima do crime, decidiram contribuir financeiramente.
A contribuição foi entregue pelo
reeducando Manoel Bernardes, na 10ª Vara Criminal de Natal, unidade judiciária
que tem à frente a magistrada Lena Rocha: criadora e coordenadora do programa
“Caminhos da Justiça”, do Poder Judiciário do Rio Grande do Norte. O programa
apoia egressos do sistema penal e as famílias deles, desde 1997.
A iniciativa da contribuição
ocorreu com observância aos protocolos sanitários relacionados à Covid-19; sem
aglomeração e com o uso de equipamentos de proteção. Cada participante do
programa doou espontaneamente o valor de R$ 5 reais, resultando no valor total
doado de R$ 500 reais.
Para a juíza Lena Rocha, o gesto
dos reeducandos serve como ensinamento à toda a comunidade, por se tratar de
pessoas que estão em situação de desvantagem, mas, com muita sensibilidade,
enxergam a situação do semelhante e buscam auxiliar de alguma forma.
Flaviana Bezerra ressaltou que a
atitude dos reeducandos, em favor de uma policial e da família, é uma
demonstração de evolução da humanidade. Para Flaviana, em cada real doado
existe uma simbologia, um gesto de amor, de quem deu a volta por cima. Cada um
dos recuperandos buscou fazer parte de algo especial e transformador.
O caso, que deu origem ao
acolhimento das crianças, aconteceu em agosto de 2018, em Parnamirim. Ao
atender uma ocorrência, Flaviana se deparou com crianças e adolescentes, entre
seis e 15 anos à época, que já eram órfãs de mãe e, naquele dia, perderam o
pai. Havia também, um bebê de colo, neto do homem assassinado.
A policial da Delegacia de
Homicídios e Proteção à Pessoa, ressaltou que, desde o início, houve
identificação e confiança, entre ela e os órfãos. Com o apoio de policiais e de
parentes, em 2019, Flaviana conseguiu obter a guarda provisória de cinco, dos
seis órfãos.
A policial enfatizou que, logo
nos primeiros dias, passou a se sentir mais confiante e fortalecida da decisão,
pois, desde então, pôde contar com a ajuda e a solidariedade de pessoas, das
mais variadas localidades, profissões e classes sociais.
Nenhum comentário :
Postar um comentário