Ex-servo da ditadura esculhamba o Brasil e general Heleno vê atitude vergonhosa

Em atitude contrária às funções que já exerceu em defesa de seu país nos governos petistas, o ex-ministro
das Relações Exteriores e da Defesa, Celso Amorim, resolveu fazer
propaganda internacional contra o Brasil, esculhambando a nação em
entrevista à rede de TV americana CNN. O futuro ministro da
Defesa escolhido pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), general
Augusto Heleno Pereira, reagiu acusando Amorim de ser o primeiro
ex-chanceler a reunir diplomatas em campanha, no exterior, contra seu
próprio país, mentindo sobre a prisão do Lula, em atitude impatriótica,
vergonhosa e injustificável.
Celso Amorim demonstrou que ignora a democracia brasileira e
desrespeita a vontade da maioria da população, ao sugerir nas
entrelinhas a necessidade de intervenção internacional
no País, sob a justificativa de que está preocupado com a possibilidade
de o Brasil estar próximo de um novo regime autoritário, a partir de
sua interpretação das ideias e projetos do presidente da República
eleito, Jair Bolsonaro.
“[Celso Amorim] fez barbaridades para colocar o Brasil no Conselho de
Segurança da ONU, como membro permanente, com direito a veto. Não deu
certo. Conseguiu, no entanto, acesso à História, pela porta dos fundos. É
o primeiro ex-chanceler a usar vários diplomatas a ele ligados, em uma
campanha, no exterior, contra seu próprio país, mentindo sobre a prisão
do Lula [condenado por corrupção e lavagem de dinheiro]. Atitude
impatriótica, vergonhosa e injustificável”, escreveu no fim da noite de
ontem (2) o general Heleno, no Facebook.
Diplomatas estão indignados com as declarações de Celso Amorim, e um dos embaixadores brasileiros sugere que alguém vá à CNN rebater as declarações com a verdade sobre as “canalhices do PT”. Principalmente porque o ex-ministro aproveita a citação de Lula da repórter Christiane Amanpour, da CNN, para apontar “contradição” na prisão de Lula, afirmando serem “frágeis” as acusações.
Na entrevista, Celso Amorim não citou o atentado à faca sofrido pelo presidente eleito durante a campanha,
nem relembrou à entrevistadora de seu serviço prestado à ditadura
militar como diretor-geral da Embrafilme, entre 1979 e 1982. Mas disse
se preocupar com direitos humanos e liberdade de expressão, antes de
denunciar “negligência ao meio ambiente, indígenas, afrodescendentes e
homossexuais”, antes mesmo de Bolsonaro assumir.
“Nunca tivemos algo semelhante no Brasil. Nem mesmo na ditadura
militar, na qual a tortura era praticada mas não elogiada e nem admitida
publicamente. Bolsonaro não só a admite como diz que, além de torturar,
a ditadura militar deveria ter matado mais pessoas”, disse Amorim.
Além disso, o ex-ministro de Lula e Dilma Rousseff profetiza que a proposta de alterar a política de desarmamento do novo governo pode provocar tiroteio em massa no Brasil, como os que ocorrem nos Estados Unidos.
“Não sabemos o que vai acontecer. Ele [Bolsonaro] tem pregado a
violência, insiste em distribuir armas. Vamos ter algo similar ao que
acontece nos Estados Unidos, que é algo que nunca tivemos. Temos outro
tipo de violência, mas não do tipo de tiroteio em massa, o que podemos
vir a ter. Mas não sabemos ainda; é cedo demais. Se formos basear a
nossa opinião no que ele disse na campanha e em toda a sua vida, temos
muitos motivos para nos preocupar”, disse o ex-ministro.
Celso Amorim mora no mais caro endereço do Rio de Janeiro: o Edifício
Chopin, vizinho ao hotel Copacabana Palace. E tem como vizinhos
milionários, com acesso à piscina e demais dependências do hotel mais
requintado da antiga capital do Brasil.
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