
O WhatsApp
popularizou-se no Brasil praticamente da noite para o dia. No início deste ano,
para se ter ideia, o aplicativo de mensagens instantâneas atingiu a marca de
700 milhões de usuários no mundo inteiro que se comunicam em 30 bilhões de
conversas diárias. Com tanta gente conectada assim, é de se esperar o
surgimento de comportamentos inadequados.
Conversas em tempo
real
Poder conversar em
tempo real com qualquer pessoa a qualquer hora é o maior benefício da
ferramenta. No entanto, assim como nas redes sociais ou qualquer outro ambiente
virtual, é preciso consultar o manual do bom senso.
Cuidado, o outro
não tem que estar disponível 24h para falar com você
Segundo Ligia
Marques, consultora de etiqueta, marketing pessoal e mídias sociais, o maior
problema dos brasileiros no WhatsApp é o imediatismo. E isso piorou no ano
passado, quando uma atualização do app passou a notificar as mensagens lidas
pelos usuários com dois tiques azuis, o que gerou zunzunzum e desconforto,
principalmente entre os apressadinhos.
“Nem sempre podemos
responder a mensagem assim que a recebemos. É preciso aguardar e não se
estressar por isso!', adverte a especialista. O mesmo vale para as mensagens de
voz. E se quem a recebe está num lugar barulhento e sem fones de ouvido?
Visualizar não obriga uma resposta. A pessoa pode estar numa situação
desconfortável para digitar ou precisa de mais tempo para pensar ou
simplesmente não quer responder!
Não esqueça do telefone!
Se
a situação for importante, no entanto, vale a pena telefonar. “Ouvir a voz é
melhor do que escrever e ler, isso é um fato provado por pesquisas. Evita muito
mal entendido', explica.
Dê uma folga para seus amigos, prefira
mandar mensagens entre as 9h e as 22h
É
preciso também ficar atento ao horário. A menos que se conheça os hábitos da
pessoa, também não é adequado enviar mensagens muito cedo ou tarde da noite.
“Devemos limitar as mensagens ao período das 9h às 22h e ao horário comercial
em situações profissionais', orienta a consultora. Cada um, no entanto, pode
criar as suas próprias regras. “Não responder mensagens que chegam muito tarde,
por exemplo, é também uma forma de dizer 'não adianta enviar nada nesse horário
que eu não vou responder'', sugere.
Emoticons, sim, mas use com moderação
O
bom senso também vale para o uso de emoticons, ícones e desenhos que
representam emoções, mais utilizados com quem se tem intimidade. “Evite
enviá-los em situações muito formais.'
Fotos e vídeos que exponham sua intimidade
devem ficar de fora das conversas
E por falar em intimidade, cuidado com as fotos e os vídeos que
saem do seu celular. “Avalie bem os riscos e benefícios. Hoje a pessoa pode ser
íntima e querida, mas isso pode mudar com o tempo e causar sérios problemas com
a eventual divulgação do que foi compartilhado. Intimidades devem ser deixadas
para o mundo real ou os riscos são potencialmente grandes de nos darmos mal no
futuro', alerta Ligia Marques.
Gentileza e consideração: use em
abundância
Assim
como na vida real, conviver em grupos de amigos e familiares no WhatsApp requer
jogo de cintura. Evite incluir pessoas sem autorização prévia e fique atento ao
conteúdo compartilhado por ali. Fofocas e discussões que nada têm a ver com a
finalidade do grupo podem gerar desconforto e desgastar a relação. Se a
situação desandar, uma boa forma de colocar tudo nos eixos novamente, de acordo
com a consultora, é dizer: “Pessoal, estamos perdendo um pouco o objetivo do
grupo. Vamos voltar a ele para que nossa comunicação não se perca?' Fácil, não?
Nem todo mundo gosta de correntes e
fotos e vídeos sempre sobre o mesmo tema, mesmo sendo de bebês fofos, podem
cansar
Cuidado
também com os excessos, eles podem se virar contra você. Maneirar nas fotos e
vídeos engraçadinhos é essencial para uma boa convivência no aplicativo. As
famosas correntes, populares nos primórdios da internet, migraram dos e-mails
para o WhatsApp, também podem causar irritação, bem como mensagens de cunho
religioso ou político. Pense bem antes de enviá-las e avise o outro caso não
goste de recebê-las. “Se insistirem ou perguntarem por que furou a corrente,
seja sincero e peça o favor de não incluí-lo nisso novamente. Não é grosseiro.
É sincero, educativo e correto. As pessoas precisam se dar conta de que estão
agindo mal nas redes', conclui a especialista.
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