sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Cajueiro-anão continua produzindo mesmo após três anos sem chuvas



 Essa variedade tem se mostrado mais resistente a pragas e doenças
Há três anos, os sertões do Nordeste do Brasil encaram uma das mais severas secas de que se tem notícia. Nesse período, muitos pomares de cajueiro foram dizimados. Alheio a isso, o clone de cajueiro anão-precoce BRS 226 (Planalto), surpreende pela produtividade, que já chegou a 800 quilos de castanha por hectare em propriedades do Piauí.Essa variedade tem se mostrado mais resistente a pragas e doenças, como a resinose – uma das principais enfermidades do cajueiro nos grotões e  chapadas do Semiárido nordestino. Lançado pela Embrapa em 2002, o BRS 226 é recomendado para plantio comercial de sequeiro no Semiárido. É de pequeno porte, na fase adulta raramente ultrapassa os três metros de altura, permitindo que os frutos possam ser colhidos com as mãos. O clone é recomendado para o mercado de amêndoa, mas seus pedúnculos, ou falsos frutos, vêm agradando também as indústrias de sucos.No sudeste do Piauí, conforme o pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical (CE) Luiz Serrano, o clone encontrou excelente aceitação. "Podemos afirmar que há, entre os produtores daquela região, uma ‘febre' do BRS 226. Todos os produtores querem plantar esse clone da Embrapa", diz o pesquisador. Segundo Serrano, tanto as mudas quanto as castanhas do BRS 226, devido à alta demanda, apresentam preços mais elevados que os demais materiais."Comparando-se com os outros, aqui para a nossa região, podemos dizer que nenhum é parecido". A avaliação é do engenheiro-agrônomo José Orlando Matheus – gerente da fazenda Planalto, em Pio IX (PI). A Planalto é uma das propriedades da Companhia Industrial de Óleos do Nordeste (Cione) – empresa que detém o título de maior produtora mundial de caju.
 

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