Uma campanha de prevenção e diagnóstico de câncer de pele está sendo
realizada hoje (29) em 23 estados brasileiros pela Sociedade Brasileira
de Dermatologia (SBD). O tumor de pele é o tipo mais comum de câncer no
país. Conforme avaliação do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2014
devem ser registrados 188 mil novos casos da doença em todo o Brasil.
Segundo
a dermatologista Alice Buçard, do Hospital Federal de Ipanema, são 17
tipos de tumores de pele. De acordo com o Inca, eles são subdivididos em
não melanoma, que são menos agressivos e representam a maioria dos
casos (182 mil), e melanoma, mais agressivo e que deverá atingir 6 mil
brasileiros.
“No caso dos tumores não melanoma, é preciso ter
atenção a lesões de surgimento recente, feridas que nunca cicatrizam,
lesões com aspereza, que sangram e têm alguma ardência. No caso do
melanoma, normalmente é uma pinta escura. O mais comum é que seja uma
pintinha castanha enegrecida, que surge e cresce rapidamente ou que o
paciente tem por toda a vida e, de repente, muda de tamanho”, disse a
médica.
Acrescentou que o câncer de pele tem como principal fator
de risco a exposição solar. O tipo melanoma também pode ser causado por
questões genéticas. “Moramos em um país com sol o tempo inteiro. A
gente realmente se expõe de forma e em horários errados, sem proteção
solar adequada. O câncer de pele atinge desde aquele mais branquinho até
o negro. É um engano achar que o negro não tem câncer de pele”,
observou Alice.
O Hospital Federal de Ipanema é uma das unidades
do Ministério da Saúde que aderiram à campanha no Rio de Janeiro.
Segundo Selena Bezerra, diretora do hospital, para os casos
diagnosticados hoje será organizado um mutirão cirúrgico ainda este ano.
“O mutirão será realizado em dezembro para casos de lesões suspeitas ou
com câncer”, salientou.
Professor universitário, Thompson
Andrade, 74 anos, teve câncer de pele há quatro anos, que retirou por
meio de uma cirurgia. Ele participou da ação, por considerar importante
manter a vigilância. Não era nenhum câncer muito perigoso, mas acho
importante, de vez em quando, fazer exames para saber se apareceu algo
novo”, ressaltou.
O aposentado Antônio Paschoal Caruso, 79 anos,
também resolveu fazer uma consulta na ação de hoje. Assim como no caso
de Thompson, os médicos não encontraram nada suspeito. “Eles me
orientaram e repassaram informações sobre o filtro solar que tenho de
usar. Tenho de prevenir. É isso que os médicos afirmam”, disse.
Hoje é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele. Informações sobre a campanha e doença podem ser obtidas no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
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