O Nordeste do Brasil viveu em 2013 a pior seca dos últimos 50 anos, segundo o relatório Declaração sobre o Estado do Clima, divulgado nesta segunda-feira, 24 de março, pela Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês).
O relatório traz detalhes sobre chuvas, inundações, secas, ciclones
tropicais, as camadas polares e o nível do mar em cada região do
planeta.
O
relatório mostra que 2013 foi o sexto ano mais quente desde início dos
registros, em 1961. A temperatura média da superfície do oceano e da
Terra em 2013 foi de 14,5°C, marca que é 0,50°C maior que a média
registrada entre 1961 e 1990, e 0,03°Cs maior que à média da década mais
recente (2001-2010). De acordo com a WMO, cada década é mais quente que
a anterior, sendo que a última registrada. Treze dos 14 anos mais
quentes registrados ocorreram todos no século XXI.
No
Brasil o calor provocou seca no Nordeste, ao mesmo tempo em que muitos
estados sofreram com chuvas fortes no final do ano. O relatório aponta,
por exemplo, o Município de Aimorés (MG), com precipitação média quatro
vezes maior do que a normalmente registrada no Sudeste do Brasil para o
mês de dezembro.
Ações da CNM e entidades estaduaisNo
ano passado, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) realizou
várias reuniões e mobilizações com os gestores, principalmente os do
semiárido, os mais afetados pela seca. O presidente da CNM, Paulo
Ziulkoski, e os representantes das entidades estaduais cobraram por
diversas vezes do governo federal, alternativas para amenizar os efeitos
causados pela falta de chuva na região.A
Carta do Nordeste, uma maneira de oficializar os problemas que a seca
provocou na região, foi entregue aos ministérios das Relações
Institucionais, e da Casa Civil. A carta dizia: “Os presidentes das
entidades pedem a desburocratização, ações emergenciais e estruturantes,
em parceria com os Municípios, para que estes passem de meros
expectadores a agentes ativos desse processo e possam devolver, ao
Nordeste e à sua brava gente, opções de vida, trabalho e a oportunidade
de contribuir com o desenvolvimento da Nação”.
No
entanto, mesmo com os inúmeros apelos da CNM e dos gestores, apenas
medidas paliativas foram feitas pelo governo, como construção de
barragens e pequenos sistemas de abastecimento de água, na tentativa de
acalmar os ânimos dos prefeitos.
A
Agência de Noticias da CNM noticiou em 2013 vários Municípios que
decretaram Situação de Emergência ou Estado de Calamidade por conta de
eventos climáticos.
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