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Escavações no Forte podem mudar informações sobre local |
Arqueólogos e pesquisadores da Universidade Federal do
Pernambuco (UFPE) e Arqueolog Pesquisas estão, há uma semana, realizando
escavações no Forte dos Reis Magos. Até o momento, os profissionais descobriram
a existência de um terceiro piso e foram desenterradas peças holandesas de
cerâmica, ossos de animais, espinhas de peixe, objetos de metal e uma bala de
canhão. O levantamento arqueológico segue até meados de janeiro do próximo ano
e é a primeira etapa do projeto de restauração do Forte. O Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio Grande do Norte (Iphan-RN)
pretende investir R$ 8,5 milhões em adequações no local.
A contratação dos estudos arqueológicos custaram
R$ 122 mil, com recursos do próprio Iphan-RN, e começaram no fim do mês passado
com o mapeamento onde foi produzido uma planta baixa em Autocad (vetorial) do
Forte. “Começamos as escavações na quinta-feira passada. Estamos trabalhando em
dois ambientes nesse momento. Achamos bastante material e acredito que vamos
encontrar mais objetos com as escavações”, disse Veleda Lucena, uma das coordenadoras
das escavações e professora da UFPE.
Entre as peças já encontradas pelos pesquisadores, estão cachimbos holandeses,
ossos de animais, espinhas de peixe e alguns objetos de metal, com destaque
para uma bala de canhão. Todo o material será avaliado e catalogado num
laboratório móvel previsto para chegar em Natal na próxima semana. Para leigos
no assunto, os achados das escavações podem não despertar importância, mas a
arqueóloga Darlene Maciel explicou a relevância das descobertas. “São objetos
que mostram os costumes da época. As peças são importantes para estudar quais
os hábitos existentes na fortaleza. A pesquisa está sendo produtiva”, destacou.
Todo o material, após análise no laboratório, será repassado para o Iphan-RN.
Além dos objetos, os profissionais descobriram um terceiro piso no local. Outra
revelação das escavações diz respeito à divisão dos cômodos do Forte. O que
hoje é conhecido como “Aposento do Capitão Mor” – por se acreditar ser o cômodo
mais amplo do local – na verdade era uma sala divida em três partes.
“Descobrimos que havia paredes dividindo esse espaço em três ambientes. A
nomenclatura de ‘Aposento do Capitão Mor’ pode estar equivocada”, alertou
Veleda.
Durante o trabalho dos arqueólogos, a visitação pública estará liberada, com
direito a visitas guiadas pelos técnicos, que vão explicar as razões e
objetivos das escavações. Em 1993 o Departamento de História da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) fez uma “pequena escavação” no Forte dos
Reis Magos e o material coletado está exposto de forma permanente no local. As
salas onde os trabalhos foram iniciados estão cercadas por uma faixa, mas os
visitantes conseguem visualizar os trabalhos. “Queremos interferir o mínimo
possível no cotidiano do Forte. Os visitantes.
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