O Partido
Socialista Brasileiro filiou, neste sábado, a ex-senadora Marina Silva e
integrantes da Rede Sustentabilidade – um movimento político caracterizado
por ampla mobilização na internet e que tentou se registrar como partido no
Tribunal Superior Eleitoral, mas teve o pedido rejeitado na sexta-feira. O
presidente Nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, disse
que o partido reconhece a organização da Rede Sustentabilidade e que respeita
os princípios da sigla liderada por Marina Silva.
Presidente Nacional
do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos
“Estamos recebendo a Rede no PSB
para fazer uma aliança programática porque nós reconhecemos a Rede como algo
necessário pra melhorar a política no Brasil. E não foi depois do julgamento
do TSE. Nós reconhecemos a necessidade de a Rede se transformar numa opção de
militância no primeiro momento. A Rede existe porque existe um pensamento
organizado, que a Rede expressa. Nós vamos aprender muito com vocês nessa
caminhada. Sabemos das nossas diferenças, mas sabemos, sobretudo, o que nos
une.”
Para o presidente
Nacional do PSB e governador de Pernambuco, a filiação de Marina e dos
integrantes da Rede Sustentabilidade à legenda socialista representa uma
reforma na política brasileira e também significa um momento de grande
responsabilidade para ambas as partes. Eduardo Campos deixou claro que,
apesar da filiação e coligação, a Rede terá liberdade para expressar seus
ideais dentro do PSB, para juntos, pelos próximos meses e de forma
democrática, discutirem propostas de melhoria para o Brasil. Questionada por
jornalistas se havia desistido de disputar a presidência da República nas
eleições do ano que vem e se apoiaria uma possível candidatura de Eduardo
Campos, Marina Silva foi enfática.
Ex-senadora e uma
das fundadoras da Rede Sustentabilidade, Marina Silva
“A minha filiação ao PSB é uma
filiação para chancelar uma coligação que não é pragmática, porque se fosse o
pragmático, teria feito uma filiação em uma outra legenda para sair
candidata. Mas é para potencializar um programa. O PSB já tem um candidato
que está posto. E por que não apresentar o nosso programa a esse candidato?”
Marina Silva
também citou a possibilidade de formar uma chapa política para 2014, quando
perguntada sobre a expectativa de disputar a vice-presidência nas eleições
gerais. Ela ressaltou, no entanto, que o momento para a Rede e o PSB, agora,
é de se debater, construir e amadurecer o programa que vai reunir sugestões
dos dois partidos para o futuro do Brasil.
Reportagem, Natália Borges.
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