Depoimento do Sr. Edilson Palmeira dos Santos
Edilson Palmeira dos Santos, popularmente conhecido como Nêgo
Véio, é um dos 265 posseiros das terras que na última sexta feira (12), foi tomada
pela tropa de choque que veio com mandado de reintegração de terra. Edilson
Palmeira dos Santos, pai de família com seis filhos e dois Netos, nos falou que
há estes 16 anos trabalham nesta terra, onde planta mandioca, milho, feijão,
cajueiro anão precoce e macaxeira, alimentos que garantem a sobrevivência de
sua família. Dono de oito hectares plantados com roça, já com um ano e meio e
próximo a fazer a colheita, ele nos fala apreensivo sobre o futuro de sua
família.
Já dona Maria das Neves, sogra de Edilson Palmeira, moradora
da comunidade de remanescentes quilombolas da Macambira há mais de 50 anos,
onde junto com o seu esposo o Sr Pedro Chico, onde nesta terra conseguiram
criar a família, está muito aflita com esta situação, “pois caso não haja solução
para este impasse, será a seca mais terrível que já enfrentou.” relatou Maria
das Neves.
A comunidade de remanescentes da Macambira é uma das 60 comunidades remanescentes de quilombos no Rio Grande do Norte,e de acordo com estudo da Fundação Palmares. Destas, 20 se reconheceram como tal. Com processo de reconhecimento, demarcação e regularização de áreas quilombolas 17 comunidades encontram-se com ação em tramitação no INCRA/RN. Deste total, seis áreas encontra-se com o processo mais avançado. São elas as comunidades de Jatobá (Patu), Acauã (Poço Branco), Boa Vista dos Negros (Parelhas), Capoeiras (Macaíba), Macambira (Lagoa Nova), e Aroeiras (Pedro Avelino).
Ficha Resumo do Território | |
Nome da Terra | Macambira |
Nome da(s) Comunidade(s) | Macambira |
Município | Bodó, Lagoa Nova, Santana do Matos |
Unidade da Federação | Rio Grande do Norte |
População | 263 famílias |
Dimensão Territorial | 2.589,1695 hectares |
Etapa do processo de titulação | RTID publicado no diário oficial |
Superintendência Responsável | SR 19 Rio Grande do Norte |
Data da Última Atualização | 10/02/2012 |
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