Trastuzumabe será incorporado ao tratamento da doença feito pelo SUS.
Custo por paciente na quimioterapira pode ultrapassar R$ 35 mil.
O ministério da Saúde deve publicar no "Diário Oficial da União" da próxima quarta-feira (25) portaria que determina a incorporação do medicamento Trastuzumabe em tratamentos contra o câncer de mama realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento já é utilizado no país, mas apenas na iniciativa privada, já que é considerado de alto custo.
Serão investidos R$ 130 milhões por ano para aquisição da droga, que passará a ser disponibilizada na rede pública de saúde em até 180 dias, de acordo como ministério.
Segundo o governo federal, o medicamento é mais efetivo na cura da doença, já que atinge exclusivamente células cancerígenas e evita efeitos colaterais sentidos na aplicação de outros remédios. Ainda segundo o ministério, o Trastuzumabe é recomendado para 25% dos pacientes diagnosticados e diminui em 22% o risco de morte de pacientes.
A utilização do produto na rede pública ficou em discussão por um ano na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), grupo de debate que reúne especialistas e autoridades de saúde. Eles analisaram a eficácia do remédio e sua eficiência no tratamento de câncer de mama inicial e avançado.
De acordo com o governo, cada miligrama pode custar até R$ 11,75, dependendo do laboratório. Segundo o oncologista-clínico Vladmir Cordeiro de Lima, do Hospital A.C. Camargo, de São Paulo, o custo por paciente pode ultrapassar R$ 35 mil.
Segundo ele, por exemplo, a primeira dose do tratamento para uma pessoa de 80 kg que necessite de seis sessões de quimioterapia custaria até R$ 7.520 (640 mg). Nas outras cinco sessões, o paciente receberia 480 mg de Trastuzumabe, o que totalizaria R$ 28.100 (R$ 5.620 cada aplicação).
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