Prof. Francisco Cândido (Berto)
“A educação pública vai de mal a pior” – essa é a constatação mais óbvia na língua do povo. A educação que é oferecida aos mais humildes, a classe trabalhadora não consegue proporcionar as transformações necessárias ao exercício da cidadania numa perspectiva critica e reflexiva. Falta a escola a infraestrutura necessária, nos aspectos mais elementares como SALÁRIO, TECNOLOGIA E MELHOR FORMAÇÃO DOCENTE.
Realmente a educação vai mal, porém, quem nos diz isso é o próprio Estado com a apresentação do resultado do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), especialmente quando se compara aos resultados obtidos pela escola privada.
Esse exame é o principal instrumento do Governo Brasileiro para avaliar a educação básica, sendo, pois a palavra oficial: a EDUCAÇÂO VAI MUITO MAL.
A educação aqui não é prioridade, mesmo. Não é prioridade, pelo menos para nossos representantes ( Executivos e legislativos em todos os níveis do poder).Dar kit – educação, bolsa, mochilinhas, sacolinhas, farda não tem apresentado melhoria no desempenho dos alunos nas avaliações oficiais. Esses insumos podem até render uns votos a mais nas eleições, especialmente em nível local, mas não garantem a produtividade escolar.
O que mais o Estado e o Município devem oferecer, além dos prédios que mais parecem cadeias com muros e grades? Para trabalhar nesses prédios são pagos salários aos professores inferiores aos que são pagos aos presidiários, sem contar comMunicípios que não pagam nem o piso nacional assegurado por lei, como é o caso de Currais Novos (RN).
Os governos têm investido em tecnologia nas escolas - 10 a 14 computadores para atender a uma média de 40 alunos por turma, sem falar na falta de manutenção.
O desabafo a seguir foi dado por um pai “Diante desse quadro, a educação pública de qualidade para o ensino fundamental e médio passa a ser um sonho, para grande maioria da população que não tem como optar por uma instituição de ensino particular. Ainda que seja garantida pela Constituição.”
Continuo me perguntando por que não criar uma política educacional que possa promover uma educação de qualidade? Acredito que esse não deve ser do interesse dos políticos brasileiros que preferem manter-se no poder graças à ignorância do povo que continua desconhecendo a maioria de seus direitos mais elementar, como a LIBERDADE de EXPRESSÃO.
No nível local, por que não se paga o piso nacional? Com a palavra o legislativo, a Promotoria da Educação e o povo votante...
Hoje fui abordado por um grupo de servidores da linha de frente da prefeitura, mostrando uma pequena relação de ruas a serem calçadas as vésperas da eleição. Falei para eles que mil vezes preferiria que o Prefeito anunciasse o pagamento do piso salarial do magistério, que não faltasse remédios para os asmáticos, para os insulinodependentes e outros, que o problema do Hospital Regional fosse resolvido...
Tudo depende da visão que você tem de prioridade, de gente, de humanismo, de política, de gestão pública... “Calce a rua e ganharemos a eleição!”, afirma a classe política.
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