sábado, 9 de outubro de 2021

Consumidor deve pagar até R$ 122 pelo botijão do gás

 


Após novo aumento anunciado pela Petrobras nesta sexta-feira (8), o preço do botijão de 13kg do gás de cozinha, o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), segue em escalada em todo o país. No Rio Grande do Norte, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás/RN) estima que o preço possa chegar a até R$ 122 reais e que o consumidor deve começar pagar o novo preço até, no máximo, segunda-feira (11). A Petrobras reajustou em 7% o preço do botijão de gás em suas refinarias. O quilo o GLP vai subir R$ 0,26. O preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 3,60 para R$ 3,86 por kg. Com isso, o gás de cozinha (botijão de 13 kg) sairá das refinarias da estatal custando R$ 50,15 para as distribuidoras.
O sindicato afirma que a variação de preços aumentou por conta de diversos fatores, entre eles o preço do diesel, utilizado nos veículos de distribuição para os pontos de revenda. Com isso, a depender do local e forma de pagamento, o botijão de 13 kg pode chegar a R$ 122. Na Grande Natal, o preço médio praticado antes desse aumento estava próximo a R$ 105.


O presidente do sindicato, Francisco Correia, contou que os novos valores já começaram a ser aplicados na medida em que os estoques estão sendo renovados, devendo atingir a totalidade até, no máximo, a segunda-feira (11).

Mesmo zeradas as alíquotas dos tributos federais PIS e COFINS incidentes sobre a comercialização de GLP quando destinado para uso doméstico e envasado em recipientes de até 13 quilos, conforme decreto nº 10.638/2021, os preços não pararam de subir. Esse é o 16º reajuste consecutivo no preço do botijão de gás e o 6º de 2021.

De acordo com a Associação Brasileira das Entidades Representativas da Revendas de Gás LP (Abragás) para o consumidor final, o aumento deve ser maior do que os 7%. Além de uma possível recuperação da margem das distribuidoras, os revendedores falam que precisam cobrir altas de custos, entre eles, os dos combustíveis, utilizado no transporte do botijão.
"Os aumentos de preços além de pesar muito aos consumidores atingem diretamente o capital de giro dos revendedores, quanto mais caro o gás, mais dinheiro precisamos colocar no caixa para sustentar o fluxo", afirmou a entidade em nota.

O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de GLP (Sindigás) também vê pressão de custos sobre a revenda, com possível repercussão para o consumidor. "Com este percentual, vemos pressão muito forte sobre as revendas, que terão dificuldade de repassar seus custos, já elevados pelo preço do diesel e gasolina, insumos importantes para eles. Temos que observar se haverá retração na demanda", diz o presidente da entidade, Sérgio Bandeira de Mello.


Gasolina fica R$ 0,20 mais caro nas refinarias


Além do reajuste no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), a Petrobras anunciou também nesta sexta-feira mais um reajuste nos preços da gasolina para as refinarias. O litro da gasolina aumenta 7,2% e vai ficar R$ 0,20 mais caro a partir deste sábado (9).

Para a gasolina A (sem adição de álcool anidro), o preço médio de venda da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 2,78 para R$ 2,98 por litro.
Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço da gasolina na bomba passará a ser de R$ 2,18 por litro em média. A variação é de R$ 0,15 por litro, segundo a empresa. Na terça-feira ((28), a estatal já havia revisado o valor do óleo diesel em 9%.

A empresa até segurou o preço da gasolina por 58 dias e o do GLP, por 98 dias. Mas, frente às oscilações externas do petróleo e do câmbio e da cobrança do mercado financeiro para que não ceda a intervenções do governo, como no passado, a petrolífera anunciou os novos reajustes.

Novos aumentos ainda podem vir pela frente, já que os preços internos não estão completamente alinhados aos do mercado internacional. A empresa, em nota, admite que repassou apenas parte das oscilações do preço do petróleo, afetado pelo crescimento da demanda mundial e pelo câmbio.

A avaliação da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) é de que esse aumento da gasolina, após 58 dias de estabilidade, não é suficiente para equiparar os preços da Petrobras aos do mercado internacional, onde o produto e também sua matéria-prima, o petróleo, estão em recorrente valorização. "Com o aumento anunciado, as janelas para importações continuam muito fechadas", afirmou Sérgio Araújo, presidente da Abicom.

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