sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Covid-19: Por que Tarcísio Meira morreu mesmo vacinado com as duas doses?

 

Menos de 4% dos óbitos por Covid-19 no Brasil em 2021 foram de imunizados, mostra pesquisa USP/Unesp; casos não significam que vacinação seja ineficaz no controle da pandemia

Reprodução/Instagram @_tarcisiomeira

O caso de Tarcísio Meira, que morreu nesta quarta (12), vítima de Covid-19, levantou debates nas redes sociais sobre a efetividade das vacinas. Aos 85 anos, o ator estava vacinado com duas doses e tinha, portanto, esquema vacinal completo. Isso, porém, não significa que vacinas sejam ineficazes ou que a vacinação não seja importante no combate à pandemia.  



Todas as vacinas em aplicação atualmente no Brasil - CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen - foram aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) por atenderem aos padrões de segurança e eficácia do órgão. 

Embora reduzam drasticamente as chances de um quadro grave ou óbito pela doença, as vacinas não são infalíveis. Segundo uma pesquisa da plataforma Info Tracker, gerenciada pela USP e Unesp, apenas 3,7% dos óbitos por Covid-19 registrados em 2021 no país são de pessoas com esquema vacinal completo: duas doses de Coronavac, AstraZeneca ou Pfizer, ou dose única no caso da Janssen. 

A porcentagem de óbitos entre imunizados corresponde a cerca de 9 mil pessoas, entre os quais os idosos com mais de 70 anos são maioria. Já para os que tomaram apenas a primeira dose da vacina, o número sobe para 22 mil. O dados foram monitorados entre 28 de fevereiro e 27 de julho, com base em informações do ministério da Saúde. 

A importância da vacinação para o controle da pandemia é consenso entre especialistas do mundo todo. Experiências de vacinação em massa, como a realizada no município paulista de Serrana, mostraram queda expressiva em mortes e internações pela doença. 

Com o avanço da imunização no Brasil, o país não tem nenhum estado com ocupação crítica de leitos desde outubro de 2020, mostrou boletim da Fiocruz publicado hoje. 

Segundo a entidade, o controle da pandemia só acontecerá de forma duradoura com "intensificação da campanha de vacinação, a adequação das práticas de vigilância em saúde, o reforço da atenção primária à saúde, além do amplo emprego de medidas de proteção individual, como o uso de máscaras e o distanciamento social". 

O tema da imunização foi abordado no programa Opinião em junho, em edição com os especialistas Luiz Vicente Rizzo, imunologista e diretor superintendente de Pesquisa da Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein, e Raquel Stucchi, infectologista e professora da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. 

 

Fonte: cultura.uol.com.br

 

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