Países ultrapassaram a marca de
10 milhões de casos confirmados da doença causada pelo novo coronavírus também
neste domingo.
O mundo já registra mais de 500
mil mortes por Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, segundo
levantamento da universidade Johns Hopkins neste domingo (28). Em números
absolutos, os Estados Unidos e o Brasil são os países com mais mortes no mundo.
Também neste domingo, o número de
casos confirmados de novo coronavírus no mundo ultrapassou
a marca de 10 milhões. O aumento em mais de 1 milhão de novos casos
confirmados aconteceu em menos de uma semana.
Veja quais são os países com mais
mortes por Covid-19
EUA: 125.747
mortes
Brasil: 57.070 mortes*
Reino Unido: 43.634
mortes
Itália: 34.738 mortes
França: 29.781 mortes
Espanha: 28.343 mortes
México: 26.381 mortes
Índia: 16.095 mortes
*O número é o citado no
levantamento da Johns Hopkins, que utiliza dados do Ministério da Saúde.
Segundo consórcio de veículos de comunicação, o
país tinha 57.174 mortes até as 13h deste domingo.
A taxa para cada 100 mil
habitantes aponta que o Brasil tem 27 mortes a cada 100 mil. Essa taxa mostra o
efeito do vírus em países menos populosos, como a França (66,9 milhões de
habitantes), o Reino Unido (66,6 milhões) e a Itália (60,3 milhões), em comparação
com os EUA (329,5 milhões) e Brasil (209,5 milhões).
O painel da Johns Hopkins alerta,
no entanto, para a alta incidência de mortes por coronavírus em outros países
latino-americanos, que chegam a ultrapassar o Brasil nessa taxa por 100 mil
habitantes. O Peru e o Chile, países com menor demografia, têm 28,6 e 28,5
mortes com a normalização.
Os registros da Espanha, que
nesta contagem fica como o segundo país mais afetado pela doença, foram
revistos pelo governo espanhol e quase 2 mil mortes foram apagadas do
levantamento oficial. É por isso que há uma retração na contagem no dia 26 de
maio.
Mesmo com os números em queda na
Europa, o avanço da Covid-19 no mundo ainda preocupa a Organização Mundial da
Saúde (OMS) sobretudo pela alta
dos casos nas Américas e por novos registros em países da Ásia que já haviam
controlado a doença.
Uma das razões para a preocupação
é que o mundo tem registrado em média 1 milhão de novos casos do coronavírus a
cada semana — por exemplo, o total no planeta chegou a 8
milhões em 15 de junho, há duas semanas. Do primeiro caso confirmado de
Covid-19 até a marca de 1
milhão atingida em abril, passaram-se mais de três meses.
Histórias interrompidas
Desde a primeira morte por
complicações de uma pneumonia então desconhecida, na China, a doença causada
pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) matou centenas de milhares de pessoas em
todo o mundo. Suas histórias foram interrompidas durante a pandemia.
Ainda no início de fevereiro, a
morte de Li Wenliang – médico
chinês que avisou sobre o coronavírus antes mesmo dos alertas oficiais –
teve grande repercussão internacional. Não só por ele ser jovem, e por isso não
ser considerado como membro do grupo de risco para a Covid-19, mas também por
ser perseguido pela polícia chinesa que o acusou, inicialmente, de mentir sobre
a pneumonia.
Em São Paulo, o maestro e criador
da Rede Cultural Luther King, Martinho Lutero Galati de Oliveira, morreu
em março, aos 66 anos. Martinho foi diagnosticado com coronavírus e foi
internado em 17 de março.
O país também perdeu o cientista
Sérgio Trindade, membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas
(IPCC) e parte de equipe que ganhou Nobel da Paz em 2007, que morreu
aos 79 anos de Covid-19, em Nova York.
O mundo do entretenimento
lamentou a morte antecipada de seus profissionais por conta da Covid-19. O
mágico Roy Horn, um dos integrantes da famosa dupla "Siegfried &
Roy" de Las Vegas, morreu
em maio, vítima de complicações vinculadas ao novo coronavírus.
O escritor chileno Luis
Sepúlveda, forçado ao exílio durante a ditadura de Augusto Pinochet, morreu na
Espanha aos 70 anos, em
abril, depois de passar um mês e meio hospitalizado por causa do
coronavírus.
Um dos últimos sobreviventes do
Holocausto na Bélgica, Henri
Kichka morreu de Covid-19 em abril, em uma casa de repouso em Bruxelas, aos
94 anos. Kichka foi um dos poucos homens e mulheres que sobreviveram a
Auschwitz, o campo de extermínio criado pelos nazistas no sul da Polônia
durante a 2ª Guerra Mundial.
Nenhum comentário :
Postar um comentário