De acordo com sindicato, 100
servidores estão sem receber gratificações e outros estão com defasagem nos
salários. Profissionais cruzaram os braços nesta terça-feira (19) por tempo
indeterminado.
Cerca de 600 médicos concursados
da rede pública de Natal entraram em greve por tempo indeterminando nesta
terça-feira (19). De acordo com o sindicato que representa os servidores,
alguns atendimentos serão totalmente paralisados, enquanto o trabalho na maternidade,
nas unidades de pronto-atendimento e do hospital do município seguiram com 50%
do efetivo.
Os grevistas cobram pagamento de
gratificações, o cumprimento do plano de cargos, carreiras e salários e
melhores condições de trabalho e atendimento ao público. Durante a manhã desta
terça-feira (19), os médicos fizeram uma carreata por algumas ruas da capital e
seguiram para um hotel onde a prefeitura fazia o lançamento do "Natal em
Natal".
"São 100 médicos que
passaram no concurso do ano passado e não estão recebendo 50% da remuneração,
porque metade do salário é uma gratificação que não foi implementada. A
Prefeitura está devendo cerca de R$ 50 mil para cada médico, porque essa
gratificação varia de R$ 4 mil a R$ 4,5 mil por mês, que eles estão deixando de
receber", afirmou o presidente do Sindicato dos Médicos (Sinmed), Geraldo
Ferreira.
De acordo com ele, a categoria
tenta uma solução para o impasse e já participou de várias reuniões com a
administração municipal e vereadores da cidade, mas não conseguiu avanço.
Além dessa pauta, outra que
atingiria todos os médicos da rede municipal seria o atraso, desde 2017, na
atualização do plano de cargos, carreiras e salários, que representaria uma
defasagem de 30% dos salários dos profissionais. "Também denunciamos as
más condições das unidades de saúde, onde estão faltando exames e
medicamentos", afirmou Geraldo.
De acordo com o sindicato, os
profissionais foram orientados a paralisar totalmente o atendimento nas
policlínicas e no programa de saúde da família - são 120 médicos no programa,
quando deveriam ser 200, segundo o presidente da entidade. Já o trabalho nas
maternidades, UPAs e no hospital municipal deve seguir com pelo menos 50% do
efetivo.
Durante a manhã, na Unidade
Básica do Bom Pastor, os profissionais não receberam novos pacientes e só
atenderam aqueles que já tinham hora marcada.
Procurada pelo G1, a
Secretaria Municipal de Saúde afirmou que o problema é financeiro e, portanto,
tratado pela Prefeitura de Natal. A Prefeitura, por sua vez, afirmou apenas que
a equipe está avaliando as reivindicações dos médicos.
Nenhum comentário :
Postar um comentário