terça-feira, 19 de novembro de 2019

Médicos de Natal entram em greve


De acordo com sindicato, 100 servidores estão sem receber gratificações e outros estão com defasagem nos salários. Profissionais cruzaram os braços nesta terça-feira (19) por tempo indeterminado.

Cerca de 600 médicos concursados da rede pública de Natal entraram em greve por tempo indeterminando nesta terça-feira (19). De acordo com o sindicato que representa os servidores, alguns atendimentos serão totalmente paralisados, enquanto o trabalho na maternidade, nas unidades de pronto-atendimento e do hospital do município seguiram com 50% do efetivo.
Os grevistas cobram pagamento de gratificações, o cumprimento do plano de cargos, carreiras e salários e melhores condições de trabalho e atendimento ao público. Durante a manhã desta terça-feira (19), os médicos fizeram uma carreata por algumas ruas da capital e seguiram para um hotel onde a prefeitura fazia o lançamento do "Natal em Natal".
"São 100 médicos que passaram no concurso do ano passado e não estão recebendo 50% da remuneração, porque metade do salário é uma gratificação que não foi implementada. A Prefeitura está devendo cerca de R$ 50 mil para cada médico, porque essa gratificação varia de R$ 4 mil a R$ 4,5 mil por mês, que eles estão deixando de receber", afirmou o presidente do Sindicato dos Médicos (Sinmed), Geraldo Ferreira.
De acordo com ele, a categoria tenta uma solução para o impasse e já participou de várias reuniões com a administração municipal e vereadores da cidade, mas não conseguiu avanço.
Além dessa pauta, outra que atingiria todos os médicos da rede municipal seria o atraso, desde 2017, na atualização do plano de cargos, carreiras e salários, que representaria uma defasagem de 30% dos salários dos profissionais. "Também denunciamos as más condições das unidades de saúde, onde estão faltando exames e medicamentos", afirmou Geraldo.
De acordo com o sindicato, os profissionais foram orientados a paralisar totalmente o atendimento nas policlínicas e no programa de saúde da família - são 120 médicos no programa, quando deveriam ser 200, segundo o presidente da entidade. Já o trabalho nas maternidades, UPAs e no hospital municipal deve seguir com pelo menos 50% do efetivo.
Durante a manhã, na Unidade Básica do Bom Pastor, os profissionais não receberam novos pacientes e só atenderam aqueles que já tinham hora marcada.
Procurada pelo G1, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que o problema é financeiro e, portanto, tratado pela Prefeitura de Natal. A Prefeitura, por sua vez, afirmou apenas que a equipe está avaliando as reivindicações dos médicos.


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