O presidente eleito Jair Bolsonaro disse em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 1, que o juiz federal Sérgio Moro terá carta branca para comandar o Ministério da Justiça,
que terá sob seu comando outros órgãos de controle, como "parte" do
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Ele disse também
que "se o PT está reclamando da nomeação, eu fiz a coisa certa". . Segundo eles, isso caracterizaria parcialidade do juiz.
"Foi decisão difícil, ele (Moro) vai abrir mão da
carreira dele", disse Bolsonaro. É um soldado que está indo a guerra sem
medo de morrer."
O presidente eleito disse ainda que a Lava Jato continuará atuante mesmo sem Moro
no comando da 13º Vara de Curitiba. Bolsonaro também disse que o juiz
segue cotado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) desde que
ele tenha um substituto no MJ.
Questionado se Moro será um "xerife" de seu governo, o
presidente eleito respondeu: "Se você quiser dar esse nome para ele..."
Ainda de acordo com Bolsonaro, Moro teve o mérito, durante a Operação
Lava Jato, de "colocar na cadeia gente que não pensou que passaria 10
minutos por lá."
Bolsonaro
abordou outros temas na transição na coletiva. Ele confirmou que deve
desistir da união dos Ministério da Agricultura e do Meio Ambiente
depois de setores do agronegócio terem alertado para o risco de sanções
comerciais. "Não tenho problema de voltar atrás, mas será um ministro do
Meio Ambiente do Bolsonaro", disse. "Não vai ter trabalho de xiita no
meio ambiente."
O presidente confirmou a intenção de transferir a Embaixada do Brasil em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém e disse que pretende fechar
a representação diplomática nos territórios palestinos. "Temos respeito
por Israel e pelo Mundo Árabe, não queremos problema com ninguém",
disse.
Bolsonaro disse também que irá para Brasília na
terça-feira discutir a transição, mas voltará na quinta. Segundo ele, a
bolsa de colostomia ainda lhe impõe restrições. Ele passará por cirurgia
para retirá-la em 12 de dezembro.
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