Centenas de médicos cubanos que
estavam no Brasil pelo programa Mais Médicos iniciaram, nesta quinta-feira
(22), o retorno para o país caribenho. Até o fim da noite, dois voos devem
partir do Distrito Federal com destino a Havana, em Cuba.
A expectativa é de que cerca de
400 profissionais de saúde – que atuavam em diversas regiões do país – façam
escala no Aeroporto Internacional de Brasília. Os voos estão previstos para
decolar às 22h desta quinta e às 2h de sexta (23).
O check-in do primeiro grupo
começou às 17h, em uma área do aeroporto destinada aos voos fretados
(charters). Na bagagem, os cubanos levavam muitos aparelhos eletrônicos,
televisores, roupas e até animais de estimação.
Em muitos casos, os cubanos
chegavam ao Aeroporto JK em caminhões-baú, usados tradicionalmente para
mudança. Em um dos veículos, o G1 contou mais de 100 aparelhos de
televisão.
Apesar de estarem orientados a
não conversar com a imprensa, alguns médicos falaram informalmente com o G1 e
disseram que estão "tranquilos" com o retorno à Cuba.
"Sentimos muito pelo Brasil.
Antes do Mais Médicos, os médicos brasileiros nunca quiseram ir para o interior
do país", disse um profissional cubano que atuava em Pernambuco até esta
semana.
O grupo que chegou ao aeroporto de
Brasília estava hospedado em hotéis da cidade desde quarta (21). Até o próximo
dia 30, há previsão de pelo menos cinco embarques do tipo na capital federal.
O voo
O trajeto de 5,2 mil km entre o
Aeroporto Internacional de Brasília (BSB) e o Aeroporto Internacional José
Martí (HAV), em Havana, dura cerca de 7 horas. Nas companhias comerciais, o
percurso costuma incluir uma conexão no Panamá.
Os voos previstos para os médicos
cubanos, no entanto, são charters – ou seja, fretados especificamente para
estas viagens. Os profissionais voltam para Cuba em aeronaves da estatal Cubana
de Aviación, que não tem voo comercial permanente para Brasília.
Voos fretados não estão sujeitos,
por exemplo, às restrições de bagagem da Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac). Nestes casos, o volume e o peso máximo das malas devem obedecer a
regras específicas da companhia contratada. A restrição de explosivos,
cortantes e aerossóis, por exemplo, continua valendo.
Nenhum comentário :
Postar um comentário