quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Médicos cubanos chegam ao Aeroporto de Brasília para retornar a Havana

Médicos cubanos fazem check-in com malas e eletrônicos para viajar entre Brasília e Havana — Foto: Marília Marques/G1
Centenas de médicos cubanos que estavam no Brasil pelo programa Mais Médicos iniciaram, nesta quinta-feira (22), o retorno para o país caribenho. Até o fim da noite, dois voos devem partir do Distrito Federal com destino a Havana, em Cuba.
A expectativa é de que cerca de 400 profissionais de saúde – que atuavam em diversas regiões do país – façam escala no Aeroporto Internacional de Brasília. Os voos estão previstos para decolar às 22h desta quinta e às 2h de sexta (23).
O check-in do primeiro grupo começou às 17h, em uma área do aeroporto destinada aos voos fretados (charters). Na bagagem, os cubanos levavam muitos aparelhos eletrônicos, televisores, roupas e até animais de estimação.
Em muitos casos, os cubanos chegavam ao Aeroporto JK em caminhões-baú, usados tradicionalmente para mudança. Em um dos veículos, o G1 contou mais de 100 aparelhos de televisão.

Apesar de estarem orientados a não conversar com a imprensa, alguns médicos falaram informalmente com o G1 e disseram que estão "tranquilos" com o retorno à Cuba.
"Sentimos muito pelo Brasil. Antes do Mais Médicos, os médicos brasileiros nunca quiseram ir para o interior do país", disse um profissional cubano que atuava em Pernambuco até esta semana.
O grupo que chegou ao aeroporto de Brasília estava hospedado em hotéis da cidade desde quarta (21). Até o próximo dia 30, há previsão de pelo menos cinco embarques do tipo na capital federal.
O voo
O trajeto de 5,2 mil km entre o Aeroporto Internacional de Brasília (BSB) e o Aeroporto Internacional José Martí (HAV), em Havana, dura cerca de 7 horas. Nas companhias comerciais, o percurso costuma incluir uma conexão no Panamá.
Os voos previstos para os médicos cubanos, no entanto, são charters – ou seja, fretados especificamente para estas viagens. Os profissionais voltam para Cuba em aeronaves da estatal Cubana de Aviación, que não tem voo comercial permanente para Brasília.
Voos fretados não estão sujeitos, por exemplo, às restrições de bagagem da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Nestes casos, o volume e o peso máximo das malas devem obedecer a regras específicas da companhia contratada. A restrição de explosivos, cortantes e aerossóis, por exemplo, continua valendo.


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