quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Poeta Chagas Gomes compôe poema em resposta ao poeta que defendia porque não votava em Bolsonaro e bomba nas redes sociais

Recentemente circulou nas redes sociais um decassílabo (Cordel com Dez linhas), onde o autor dizia e defendia o porquê de não votar em Bolsonaro. De forma bem humorada e usando alguns termos do nordeste ele narrava em seu poema que votava em bugigangas mais não votava do candidato do PSL, Jair Bolsonaro. E vendo este poema, o poeta, lagoanovense Chagas Gomes decidiu também criou um poema, só que desta vez defendendo porque não vota em Haddad. Chagas Gomes lembrou que achou interessante e engraçado, a forma que o autor usou de forma bem humorada para justificar sua opinião sobre o candidato do PSL, onde ele dizia  afirmava  que votava em algumas bugigangas, mas não votava em Bolsonaro.
 “E sem desmerecer à obra do poeta, sem politicagem e sem querer ferir ninguém, embora ache, já ferindo, mesmo não sendo minha intenção, resolvi criar também um decassílabo, usando algumas bugigangas muito populares na região do nordeste  para votar, e não votar no Haddad”. Concluiu o poeta.
Parte superior do formulário

Confira o poema;



Eu voto num camarão,
na cabeça dum caçote,
numa rudia de pote,
ou no Sací Pererê,
no finado Iberê,
numa rua sem cidade,
na batina de um padre,
no "aroma" de um tolete,
eu apanho de cacete,
mas num voto no HADDAD.



Eu voto num "tamburete",
num "tronco véi" de assento,
num moleque remelento,
na catinga dum timbú,
eu voto num "papangu",
num banho pela metade,
numa nota sem validade,
voto num "bebu" às queda,
eu vou pra baixa da égua,
mas num voto no HADDAD.



Eu voto numa topada,
no coice de uma jumenta,
numa cadela rabugenta,
numa "bate bucha" de soca,
num foguete sem taboca,
num "som véi" sem qualidade,
num "pedaço véi" de grade,
eu voto numa lombriga,
numa sopa de urtiga,
mas num voto no HADDAD.



Eu voto na "ferruada",
de um cavalo do cão,
num "véi" caduco,peidão,
voto numa tira de sola,
num cego com uma sacola,
pedindo por caridade,
numa briga em fim de tarde,
voto numa "bunda murcha",
mas num voto nessa bucha,
que o povo chama HADDAD.



Voto numa muriçoca,
num bode pai de chiqueiro,
em "Preto véi" xangozeiro,
numa bengala de pau,
num "estrumo" de curral,
voto numa corda de agave,
numa coroa de frade,
num pinto ciscando merda,
mas num sou "fio duma égua",
de dar um voto a HADDAD.



Voto num rolo de fumo,
num "ráido véio" sem pilha,
num pedaço de "furquilha",
num grilo com "inxaqueca"
numa cobra de 2 cabeça,
num voto de castidade,
numa jaca "pode" e sem bague,
voto numa "benzedeira",
numa "véia fuxiqueira",
mas num voto no HADDAD.


Chagas Gomes é formado em pedagogia, radialista, cantor e humorista.  



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