A secretária de segurança do estado Sheila
Freitas anunciou que o pagamento do salário de outubro dos servidores
ativos da segurança será feito na próxima segunda-feira (13). A medida
quita o salário das corporações e o Governo do Estado espera, dessa
forma, evitar a paralisação da categoria - marcada para começar no próprio dia 13. "O 'slogan' não é 'ou paga ou para?', então vamos pagar", disse.
O pagamento, no entanto, não abarca os
pensionistas. Estes receberão o salário de outubro junto com outros
servidores, mas o calendário ainda não está definido.
Pagamento dos salários de outras categorias pode ser afetado com a medida do Governo
Sheila Freitas ainda afirmou que se o movimento grevista continuar
apesar do pagamento, a Justiça será acionada para o Exército Brasileiro
garantir que os policiais estejam na rua. "Greve de militares é um
movimento ilegal. Nós estamos negociando e se houver o pagamento e a
greve continuar, vamos judicializar e acionar o Exército", declarou.
Ela, no entanto, negou qualquer contato prévio quando questionada se já
vinha conversando com o Exército.
O pagamento dos servidores da Segurança será
garantido como prioridade do governador Robinson Faria. De acordo com a
assessoria do governador, o dinheiro a ser depositado é oriundo das
receitas do estado. O governador optou por não fazer pagamento
parcelado, como vem sendo feito nos últimos meses. A medida, no entanto,
pode comprometer os cofres do governo e atrasar o pagamento de outubro
das outras categorias.
Porém, ainda não há calendário definido para o
pagamento do mês de novembro e dos próximos. Sheila afirmou que a crise
financeira enfrentada pelo Estado impossibilita esse planejamento
porque a quitação da folha depende das receitas. "O que garantimos é o
salário de outubro pago no dia 13. Os outros infelizmente só há como
garantir que daremos prioridade".
A secretária ainda afirmou que a paralisação
está sendo cooptada pelo ex-comandante geral da Polícia Militar, Coronel
Azevedo. "Ele tem intenções políticas e desavenças com Robinson por ter
sido exonerado", disse. Ela acusou Azevedo de querer desgastar a imagem
do Governo e repudiou a utilização das forças militares com fins
políticos. "Política não é para ser feita na segurança. Precisamos
trabalhar, não dá para utilizar isso com fins políticos", concluiu.
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