Os empresários Joesley Batista e Ricardo Saud
deixaram a Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, nesta
segunda-feira (11) rumo a Brasília. Joesley deixou a sede da PF com um
terço nas mãos.
Os executivos estão presos deste a tarde de domingo
(10). Eles saíram da Polícia Federal e foram levados para o Aeroporto de
Congonhas. De lá, pegarão um voo para Brasília, onde ficarão
custodiados temporariamente – cinco dias.
Joesley Batista e Ricardo Saud, cujas prisões foram
decretadas pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, por
violação do acordo de colaboração premiada, se entregaram na sede da
Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, no domingo
(10).
Saud foi o primeiro a chegar. Por
volta de 14h, Joesley, que partiu da casa do seu pai, nos Jardins,
chegou. Ambos chegaram à PF em carros particulares.
A prisão dos delatores foi ordenada por Fachin a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
O ministro deferiu parcialmente o
requerimento do procurador porque não mandou prender outro personagem
desse novo capítulo do caso JBS, o ex-procurador da República Marcello
Miller – sob suspeita de fazer jogo duplo em favor do grupo empresarial.
“Expeçam-se mandados de prisão em desfavor de
Joesley Mendonça Batista e Ricardo Saud, pelo prazo de 5 (cinco) dias
findo o qual, nos termos do que dispõe o art. 2º, §7º, da Lei
7.960/1989, deverão ser postos imediatamente em liberdade, salvo se por
outro motivo deverem ser mantidos sob custódia”, determinou Fachin em
despacho divulgado neste domingo (10) pelo STF.
A decisão do ministro foi tomada na última sexta-feira (8), mas estava protegida sob sigilo.
“Quanto aos colaboradores Joesley Mendonça
Batista e Ricardo Saud, são múltiplos os indícios, por eles mesmos
confessados, de que integram organização voltada à prática sistemática
de delitos contra a administração pública e lavagem de dinheiro. A
prisão temporária, quanto a eles, como requerida pelo MPF, é medida que
se impõe. “, anotou.
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