segunda-feira, 3 de julho de 2017

Governo Robinson fecha UTI do maior hospital do RN

A denúncia foi feita pelo médico Sebastião Paulino, em uma rede social. Segundo a denúncia, os leitos da UTI cardiológica do Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, está desativada há duas semanas.
Segundo o médico, os leitos foram desativados para uma reforma, mas até agora, nenhum serviço foi feito.
Em seu texto, o médico classifica como uma atrocidade o fechamento da UTI, um ato criminoso e de consequências funestas.

Leia o relato do médico:

A única Unidade Cardiológica de Terapia Intensiva da rede pública de nosso Estado, cujo funcionamento teve início em fevereiro de 2001, está de portas fechadas.
O desserviço referido já perdura por mais de duas semanas, vez que ocorreu em 13 de junho último, sob a alegação de que era imperiosa a necessidade de uma reforma.
Informações precisas acenam para a insuficiência de recursos humanos como causa, exclusivamente na área de enfermagem. Deste modo, eminentes profissionais médicos da especialidade em comento, acompanham pacientes de outras especialidades, em condições adversas, perseguindo o “socorro” que não chega.
Desativar um leito de UTI no momento presente é uma atrocidade. De outro modo, suspender as atividades da única UTI cardiológica da rede pública do Rio Grande do Norte, é um ato criminoso e de consequências funestas. Representa o aumento inevitável e odioso do preenchimento de Declarações de Óbito.
É preciso não ter coração para conviver com uma realidade tão tenebrosa, apenas testemunhando tamanho desatino, em silêncio.
É um verdadeiro paradoxo: enquanto o CREMERN consegue sensibilizar a Justiça Federal com o intento precípuo de abrir mais leitos de UTI, somos compelidos a presenciar o ato criminoso já referido supra.
A tônica de quem coordena uma Unidade de Terapia Intensiva, no comum das vezes, é calcular quantas vidas são salvas em cada leito dentro de um certo lastro temporal. É deprimente e traumático aos extremos sentir-se obrigado a contabilizar o inverso.
Não bastasse o precário abastecimento, dada a falta de medicamentos e insumos de necessidade primária, agora ocorre o pior.
O corpo gerencial da Unidade segue de mãos atadas. Sou inteiramente consciente do desejo e responsabilidade de quem ocupa o cargo. Lamentável!

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