quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Juiz do caso de El Chapo é executado em plena luz do dia


Fonte: Revista Exame

Juiz analisava ao menos 553 casos de líderes dos maiores carteis, como El Chapo, do Sinaloa, e Miguel Treviño, do Los Zetas

Joaquin Guzman, o "El Chapo"
Joaquin Guzman, o "El Chapo": juiz federal envolvido em casos de traficantes foi executado com tiro na nuca (Reuters/)
São Paulo – O juiz federal Vicente Bermudez Zacarias um dos mais envolvidos na luta contra o narcotráfico no México e responsável pela análise de casos dos maiores traficantes do país, foi assassinado com um tiro na nuca em plena luz do dia na última segunda-feira em Metepec, cidade localizada a cerca de 60 quilômetros da capital Cidade do México.
De acordo com informações do jornal mexicano Excelsior, esse é o primeiro caso de execução de juiz registrado no país em dez anos.

Atuação contra o tráfico

Bermudez era o responsável pela análise de ao menos 553 casos envolvendo recursos de nomes como Joaquin El Chapo Guzmán, do poderoso cartel de Sinaloa, e Miguel Ángel Treviño, ex-líder do Los Zetas. Julgou ainda o caso de um dos suspeitos do desaparecimento dos 43 estudantes de Ayotzinapa.

Execução à sangue frio

A execução do juiz chocou o México pela frieza com a qual foi conduzida. Tudo foi registrado por câmeras de segurança instaladas na região e agora investigações procuram apurar quem ou qual grupo pode ter sido o responsável pela morte do magistrado.
O vídeo mostra Bermudez correndo com tranquilidade até um homem, que sequer usava uma máscara, se aproximou e atirou em sua nuca. O juiz cai e seu algoz é visto então correndo na companhia de uma terceira pessoa.
Veja o vídeo abaixo. As imagens podem chocar.

Repercussão

O presidente do México, Enrique Peña Nieto, falava em um encontro internacional que reunia magistrados de todo o mundo no momento em que soube do assassinato de Bermudez. Ele lamentou a morte do mexicano e ordenou que a Procuradoria Geral da República investigasse o caso.
Organizações internacionais de defesa dos direitos humanos também se manifestaram. Em nota, o braço mexicano da Anistia Internacional disse estar consternada com o incidente e pediu que o governo conduzisse uma investigação objetiva, exaustiva e independente.

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