segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

RN tem déficit de 10 mil policiais e bombeiros


G1 – PUBLICADA EM 19 DE ABRIL DE 2018
O Rio Grande do Norte possui um déficit de 10 mil agentes na área de segurança pública – e isso levando-se em consideração somente os policiais civis, policiais militares e bombeiros militares. Atualmente, o estado conta com 9.978 servidores nestas três instituições, bem distante dos 19.681 previstos em lei.
A quantidade mínima de policiais que uma sociedade precisa ter é recomendada por cálculos feitos por especialistas em segurança pública. É considerada a necessidade de se ter um policial para cada grupo de 250 pessoas. No Rio Grande do Norte, é esta mesma orientação que (por meio das leis que regem os estatutos das corporações) fixa os efetivos da Polícia Civil, PM e também do Corpo de Bombeiros Militar. Como o RN possui 3,5 milhões de habitantes, fica compreendido que é preciso ter, no mínimo, 14 mil policiais atuando nas ruas. Hoje, o efetivo total da PM não chega a 8 mil – sendo que 950 estão cedidos a outros órgãos e mais de 500 trabalhando nas guaritas de cadeias e presídios do estado.
Os números que demonstram o descumprimento dos regimentos dos órgãos de segurança e consequentemente de leis aprovadas pelo Executivo estadual foram repassados ao G1 pelas corporações e também pelo próprio governo, por meio da Lei de Acesso à Informação.
Polícia Civil
Na Polícia Civil, o quadro atual é composto por 1.427 policiais, sendo 1.065 agentes, 174 delegados e 188 escrivães. Mas, pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010, o estado deveria ter 4.000 agentes, 350 delegados e 800 escrivães, totalizando 5.150 policiais civis. Ou seja, mais que o triplo do efetivo atual disponível para atuar nas investigações criminais, observa o Sindicato dos Policiais Civis do RN (Sinpol-RN).
 Polícia Militar
Na Polícia Militar, a diferença entre o existente e o previsto também é impactante. Atualmente, entre praças e oficiais, a PM potiguar dispõe de 7.978 homens e mulheres, sendo 7.514 praças e 464 oficiais. Contudo, a Lei Complementar nº 449, de 20 de dezembro de 2010, diz que o estado deveria ter um efetivo de 13.466 policiais militares, sendo 12.791 praças e 675 oficiais. É quase o dobro do que realmente existe.
Fora das ruas
Não bastasse o baixo efetivo, parte considerável dos policias militares que compõem a corporação está fora das ruas. Dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação revelam que 950 PMs, atualmente, estão cedidos a outros órgãos do estado, como secretarias de Justiça e da Cidadania (Sejuc) e da Segurança Pública (Sesed), Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Departamento de Estradas de Rodagens (DER), Detran e algumas prefeituras municipais. Tem oficial da PM até no Exército Brasileiro, no Superior Tribunal Militar/DF e também à disposição da Organização das Nações Unidas (ONU).
E também entra na lista dos que poderiam reforçar o patrulhamento nas ruas outros 321 praças e dois oficiais lotados na Companhia Independente de Guardas, unidade responsável pela vigilância externa das unidades prisionais do estado, e outros mais de 200 PMs lotados em cidades do interior e que também estão desempenhando o papel de agente penitenciário.
Corpo de Bombeiros
Já no Corpo de Bombeiros, o efetivo também carece de reforços. Hoje, a corporação possui pouco mais da metade do que deveria ter. São 573 militares, quando o previsto determina um total de 1.065, segundo a Lei Complementar nº 230, de 22 de março de 2002.
O que disse na época a Secretaria de Segurança
“A segurança pública foi esquecida durante anos. O Governo do Estado, através da Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), iniciou os processos para concursos públicos. Alguns não eram realizados há 20 anos, como o do Corpo de Bombeiros, feito nesta gestão. Iniciamos também o concurso do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), que está em andamento. Sobre o concurso da Polícia Militar, o edital foi questionado pela Justiça e em breve deverá ser republicado. Quanto ao da Polícia Civil, o processo, que ano passado sofreu questionamentos do Tribunal de Constas do Estado, voltou a caminhar e esperamos que ele seja concluído o mais rápido possível”, destacou a secretária Sheila Freiras, por meio de nota enviada por sua assessoria de comunicação.


No RN, 25 cidades acumulam chuvas que já superam média esperada para o mês

Choveu em 61 municípios do Rio Grande do Norte neste fim de semana, segundo o boletim pluviométrico da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn). As maiores chuvas foram na região oeste, com 76,2 milímetros registrados em Campo Grande e 54,5 em Jucurutu – a cidade mais chuvosa nesses primeiros 14 dias de janeiro. Todas as regiões do estado já tiveram chuvas este ano. O volume atingiu o esperado para todo mês de janeiro em 25 cidades.
Além dessas cidades, outras seis estão consideradas acima da média (chuvosa). Jurucutu, município do Seridó, é o único considerado em situação muito chuvosa pela Emparn. A cidade seridoense acumulou 224,8 milímetros de chuvas até agora. Em seguida estão Martins e Campo Grande, localizados no oeste, com 150 e 149,3 mm, respectivamente.

Segundo o meteorologista da Emparn Gilmar Bristot, a situação do estado é semelhante a janeiro do ano passado, com exceção da concentração. As chuvas deste ano estão mais concentradas principalmente no oeste. Ano passado as chuvas foram melhoras distribuídas. “A tendência é que as chuvas de janeiro desse ano, que ainda está na metade, continue, ficando muito parecido com janeiro do ano passado”, disse Bristot.
A Emparn registra 123 das 167 cidades do Rio Grande do Norte. A maior parte delas (58) ainda está considera muito seca e 33 secos. Com previsão de chuvas até o fim desse mês, a situação ainda deve mudar. Durante o ano passado, somente 14 municípios terminaram o mês de janeiro considerados muito secos e outros 20 secos. Em anos anteriores, janeiro teve chuvas menos intensas, principalmente em 2017, 2015, 2014 e 2012.
No mês passado, em dezembro, as chuvas no Rio Grande do Norte já foram consideradas boas pela Emparn. Pelo menos 89 cidades tiveram chuvas acima da média do mês e outras 26 ficaram dentro do esperado. Somente 22 foram consideradas muito secas e outras 2 secas pelos registros. Foram 28,8 milímetros acima do normal.
As chuvas no período pré-chuvoso do sertão, que geralmente se inicia em março, decorre da presença do fenômeno El Niño. Esse fenômeno significa uma temperatura acima do normal no oceano Pacífico, aumentando a evaporação da água. Em anos anteriores, o El Niño causou chuvas mais intensas em janeiro, mas afetou negativamente o período chuvoso com a seca. Esse ano o fenômeno é considerado mais fraco pela Emparn e Gilmar Bristot acredita que a quadra chuvosa não vai ser afetada.
O El Niño aconteceu mais intenso em 2016. Nesse ano, o Rio Grande do Norte teve chuvas acima da média em janeiro, mas sofreu durante a quadra chuvosa, quando a seca iniciada em 2012 permaneceu. “Mas como o El Niño esse ano está mais brando, a tendência que nós observamos é de apresentar uma diminuição da sua intensidade nos próximos meses”, explicou Gilmar Bristot.
Outros fatores que contribuem para a chuva neste início de ano é o chamado “Vórtice Ciclônico” e a “Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)”. O Vórtice é uma área onde os ventos nos níveis mais altos da atmosfera giram em sentido horário, forçando o ar seco desses níveis para a superfície. Ele é o principal responsável pelas chuvas de granizo e ventanias que foram registradas no estado durante este mês. Já a ZCIT é o principal sistema que causa chuvas na região nordeste.
Nesta segunda-feira (14), Natal teve chuvas intensas durante o fim da manhã e início da tarde. Diversos pontos de alagamento foram registrados, mas não havia chamados à Defesa Civil até as 12h45. A orientação da Defesa Civil aos motoristas é que tentem evitar
Chuvas no fim de semana (11 e 14 de janeiro) 
Em milímetros


Campo Grande 76,2 
Jucurutu 54,5 
Major Sales 54,5 
Campo Grande 52,8 
Sao Rafael 44,0 
Martins 40,0 
Apodi 34,3 
Tenente Ananias 31,5 
Dr. Severiano 27,1 
Itau 18,0 
Pau Dos Ferros 17,0 
Serrinha Dos Pintos 16,0 
Caraubas 13,5 
Ipanguacu12,1 
Agua Nova 9,5 
Jose Da Penha 9,0 
Francisco Dantas 5,0 
Janduís 5,0 
Rodolfo Fernandes 5,0 
Baraúna 4,2 
Severiano Melo 3,5 
São Francisco Do Oeste 2,3 
Pendencias 1,6 
Fernando Pedroza 58,6 
Cerro Cora 57,2 
Bodo 39,3 
Santana Do Matos 38,2 
Angicos 37,6 
Cruzeta 23,0 
Lagoa Nova 50,0 
Florânia 19,5 
Lajes 18,7 
Caico 18,0 
São Fernando 18,0 
Acari 14,0 
Jardim De Angicos 14,0 
Pedro Avelino 10,5 
Santana Do Seridó 9,3 
Pedro Avelino 8,3 
São José do Seridó 6,0 
Parelhas 4,5 
Jardim do Seridó 3,3 
Ouro Branco 1,3 
Santa Maria 43,0 
Japi 37,3 
João Camara 29,8 
Coronel Ezequiel 19,8 
Barcelona 19,0 
Bento Fernandes 16,0 
Parazinho 14,4 
Rui Barbosa 12,7 
Sitio Novo 6,0 
Monte Alegre 4,0 
Extremoz 19,2 
Maxaranguape 10,0 
Goianinha 8,8 
Parnamirim 8,0 
Baia Formosa 6,4 
Espirito Santo 4,6 
Montanhas 2,1 
São Gonçalo Do Amarante 1,2 
Canguaretama 1,0 

Quatro são mortos em praça de alimentação na cidade de João Dias, RN


Crime aconteceu na tarde deste domingo (13). Ninguém foi preso.
Chacina em João Dias deixa quatro mortos em festa da padroeira da cidade. Cinco foram baleados, entre eles, dois morreram no local Foto: Arquivo pessoal
Quatro homens morreram na tarde deste domingo (13) após um atentado a tiros em uma praça de alimentação no centro da cidade de João Dias, na região Oeste potiguar. Ninguém foi preso.
Morreram na hora Vanargue Horácio de Oliveira, de 44 anos, e Valdemir Nonato da Silva, de 39. Ambos são naturais de Catolé do Rocha, na Paraíba. E chegaram a ser socorridos para hospitais da região, mas também morreram, José Ailton do Nascimento, de 31 anos, e Clésio Pereira da Silva, de 27.
As quatro vítimas estavam na praça, comendo no quiosque de uma churrascaria, quandoforam atacados. Segundo a PM, testemunhas disseram que os tiros partiram de pelo menos cinco homens, que fugiram em uma Pajero.
O município de João Dias está em festa, em comemoração ao padroeiro São Sebastião. O ataque, no entanto, não interferiu na programação do evento.
A PM disse que ainda não há pistas dos assassinos nem da motivação do crime.

G1 RN

Médico preso em Currais Novos já foi preso pela Polícia Federal

Em 27 de março de 2010, na cidade de Natal (RN), a Polícia Federal, dando cumprimento a dois mandados de prisão expedidos pela 1ª Vara Federal do estado de Sergipe, prendeu o médico mineiro Douglas de Faria

Ele já foi denunciado pelo Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE) porque, entre os anos de 2002 e 2004, quando clinicava em Aracaju, forneceu mais de 300 recibos ideologicamente falsos para diversos contribuintes deduzirem as supostas despesas médicas da base de cálculo do imposto de renda. O montante dos recibos emitidos chegou à casa dos três milhões de reais e, ao que tudo indica, o médico cobrava 6% sobre o valor de cada recibo.

A Delegacia da Receita Federal de Aracaju desconfiou dos recibos e passou a investigar o caso, chegando à conclusão de que as cirurgias e procedimentos médicos descritos nos recibos não tinham de fato acontecido. A clínica onde Douglas tinha consultório informou não possuir nem centro cirúrgico onde os procedimentos pudessem ter sido realizados. Os auditores fizeram as comunicações ao MPF/SE, indicando o nome do médico e dos contribuintes que utilizaram em suas declarações os recibos falsos.

Em agosto e em novembro do ano de 2008, o Ministério Público Federal, através do procurador da República Paulo Gustavo Guedes Fontes, ofereceu duas denúncias (início formal do processo criminal) contra o médico, acusando-o de crimes tributários e de falsidade ideológica e pedindo a sua prisão preventiva, uma vez que estava em lugar incerto. Foram denunciados também 20 contribuintes que usaram os recibos fornecidos por Douglas de Faria em suas declarações de imposto de renda.

O juiz federal da 1ª Vara, Fábio Cordeiro de Lima, acatou as denúncias contra Douglas e decretou a sua prisão preventiva. As denúncias não foram aceitas contra os contribuintes porque estes já haviam parcelado as dívidas com a Receita, mas o MPF/SE apresentou recurso que foi apreciado pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) em Recife.

Já no ano de 2009, o Ministério Público Federal oficiou à Polícia Federal solicitando prioridade no cumprimento dos mandados de prisão, tendo em vista os expressivos valores envolvidos nas fraudes, bem como a reiteração das condutas criminosas por parte do médico. Havia notícia, inclusive, de que ele havia sido preso em flagrante em 1999, no Rio Grande do Norte, pelo mesmo tipo de crime e que tinha atuado também em Pernambuco. Agentes da Polícia Federal chegaram a empreender diligências em Alagoas e Pernambuco, mas só conseguiram prender o médico na cidade de Natal, na última sexta-feira, quando ele prestava atendimento em um posto de saúde.

Douglas de Faria foi transferido para Sergipe, onde lá interrogado pelos juízes da 1ª Vara Federal. O procurador Paulo Gustavo Guedes Fontes avaliou positivamente a prisão. "Fraudes desse tipo são comuns, mas estamos conseguindo combatê-las de forma mais eficaz, num trabalho de colaboração entre os diversos órgãos", declarou.

Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República em Sergipe

domingo, 13 de janeiro de 2019

Apenas 1% dos presos do RN trabalham

Tribuna do Norte

A máxima de que cadeias são “universidades” do crime torna-se mais evidente na realidade do sistema prisional do Rio Grande do Norte. Isso ocorre porque o Estado tem o menor número de presos trabalhando em comparação com outros estados do Brasil. São 89 apenados em um universo de 9.450 pessoas encarceradas, de acordo com um levantamento do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), ou seja, 1%. Apesar do cenário ocorrer no interior dos muros das penitenciárias, é na rua onde os reflexos dessa realidade são sentidos. Fora da cadeia, os presos não só ganham liberdade, como são novamente acolhidos pelo mundo do crime.

Outro dado preocupante apontado pelo Depen e divulgado pelo Instituto Igarapé foi de que apenas 2% dos presos do Rio Grande do Norte participam de atividades educacionais. Dados do Tribunal de Justiça do RN apontam que 5.254 presos não possuem o ensino fundamental completo. Apenas um tem mestrado e outros quatro são pós-graduados.

O juiz corregedor Fábio Ataíde, que atua no sistema prisional, analisa que o ambiente de insegurança e desorganização que vigorava no sistema prisional potiguar, de modo geral, não colaborava para iniciativas de ressocialização. “Com culpa você não transforma pessoas, apenas neutraliza. As pessoas precisam disso, mas não só disso”, frisou o magistrado.
Pesquisador de segurança pública e sistema prisional, o cientista social Francisco Augusto explicou que o processo de ressocialização significa um esforço do Estado para que a pessoa que está sob sua responsabilidade encontre um caminho diferente do que o que o levou a cometer crimes. “Com a humanização do Estado, a prisão passou por um processo de transformação e crítica. Se antes, funcionavam como calabouços, hoje tem a perspectiva da ressocialização. A forma de se pensar prisão atualmente ainda é extremamente conservadora e reacionária, baseada no modelo punitivo”, esclareceu o professor.
A realidade de ressocialização, conforme explicou Francisco Augusto, é uma exceção e precisa ser revista para que ocorra uma transformação no País. “O encarceramento está distante de ser uma alternativa para resolver o problema da violência”, disse Francisco Augusto. “Infelizmente temos construído uma cultura de que o encarceramento é a solução para os problemas da sociedade”, disse ele.
Um novo modelo de prisão para recuperar algumas pessoas deve ser colocado em prática, diz ele. “Algumas pessoas estavam na hora errada, no lugar errado, e têm o desejo de recuperar o que perdeu”, explicou. Para Francisco Augusto, a ressocialização é uma forma de educar aquele preso e dizer que ele pode transformar a própria vida. “A gente precisa oferecer a essas pessoas a possibilidade de ressignificar a vida”, disse ele, que é coordenador da Educação Prisional no Instituto Federal do Rio Grande do Notte (IFRN).
Trabalhando, estudando e tendo oportunidades de voltar a colaborar com a sociedade. Embora muitas vezes ignorados, esses são elementos essenciais da própria pena cumprida pelo condenado, destacou o juíz Fábio Ataíde. “Não fizemos nada em relação a trabalho e educação, porque não tínhamos segurança e disciplina”, analisou.
O que diz a lei

A cada três dias de trabalho, o preso tem descontado um dia na sua pena. O pagamento, que deve ser, no mínimo, 75% de um salário mínimo, e é depositado em conta aberta pelo Estado. O detento pode sacar todo o dinheiro quando for libertado ou autorizar alguém da família a movimentar a conta. 

Cesare Battisti: a história do italiano preso na Bolívia


Condenado à prisão perpétua na Itália, Battisti é um dos últimos protagonistas da violência dos anos 1970 no país.

Por G1
Cesare Battisti, italiano condenado por homicídios e que foi preso no sábado (12) na Bolívia, passou cerca de 40 anos de sua vida em fuga quase permanente, com períodos de prisão e lutas político-judiciais para evitar a Justiça da Itália.
Ele está sendo levado para a Itália, onde autoridades o aguardam.
Condenação
Condenado à revelia à prisão perpétua na Itália, Battisti, de 64 anos, Battisti é acusado de ter cometido quatro assassinatos na Itália entre 1978 e 1979: contra um guarda carcerário, um agente de polícia, um militante neofascista e um joalheiro de Milão (o filho do joalheiro ficou paraplégico, depois de também ser atingido).
Na época, Battisti integrava a organização Proletários Armados Pelo Comunismo. Ele nega envolvimento nos homicídios e se diz vítima de perseguição política.
Battisti passou por México, França e Brasil, onde a Justiça rejeitou em um primeiro momento sua extradição para a Itália para depois autorizá-la.
A Itália quer punir um dos últimos protagonistas dos "anos de chumbo" de violência dos anos 1970.
Luta armada (1970)
Battisti, um poliglota de voz suave e conhecido por suas polêmicas, nasceu no sul de Roma em 18 de dezembro de 1954 em uma família comunista, mas também católica, como ele.
Após passar várias vezes pela prisão por crimes comuns, no final dos anos 1970 entrou para a luta armada dentro do grupo Proletários Armados Pelo Comunismo (PAC).
"Tentar mudar a sociedade com as armas é uma estupidez, mas bom, naquela época todo mundo tinha pistolas", declarou em 2011. "Havia guerrilheiros no mundo inteiro, a Itália vivia uma situação pré-revolucionária", acrescentou.

Fuga e refúgio na França (1981 - 2004)

Após ser detido em Milão, Battisti foi preso em 1979 e fugiu em 1981. Em 1993, foi condenado à revelia à prisão perpétua por dois homicídios e por cumplicidade em outros dois, cometidos em 1978 e 1979, crimes dos quais diz ser inocente.
Depois de passar pelo México, encontrou refúgio na França entre 1990 e 2004, graças à proteção do ex-presidente socialista François Mitterrand, que se comprometeu a não extraditar nenhum militante de extrema esquerda que tivesse renunciado à luta armada.
Assim como uma centena de militantes italianos dos anos 1970, Battisti refez sua vida em Paris.
Trabalhou como vigia em um prédio e começou a escrever e publicar uma dezena de romances policiais com muitos elementos autobiográficos, que abordam temas como a redenção ou o exílio de ex-militantes extremistas.

Vinda ao Brasil e prisão (2004 - 2007)

Em 2004, o governo de Jacques Chirac decidiu pôr fim à "jurisprudência Mitterrand" e extraditá-lo.
Apesar do apoio de várias personalidades, como o romancista Fred Vargas e o filósofo Bernard-Henri Levy, a Justiça francesa recusou o recurso contra a extradição. Battisti, então, fugiu para o Brasil com uma identidade falsa, segundo ele, com ajuda dos serviços secretos franceses.
Depois de três anos vivendo na clandestinidade, em 2007 foi detido no Rio de Janeiro e ficou quatro anos na prisão, onde fez uma greve de fome porque dizia preferir morrer no Brasil a voltar para a Itália.
"Escrever para não me perder na névoa dos dias intermináveis, repetindo-me que não é verdade. Que não sou eu esse homem que os meios transformaram em monstro e reduziram ao silêncio das sombras", diz em "Minha fuga sem fim", livro escrito no cárcere.

Idas e vindas na Justiça brasileira (2009 - 2019)

Em 2009, o Supremo Tribunal Federal autorizou sua extradição, mas deixou a decisão final nas mãos do então presidente Lula, que acabou rejeitando a extradição. Em represália, a Itália chamou a consultas seu embaixador em Brasília.
Em junho de 2011, Battisti foi libertado e conseguiu obter a residência permanente no Brasil. Instalou-se em Cananeia, litoral sul de São Paulo, onde continuou escrevendo e reconstruiu sua vida.
Pai de duas filhas adultas na França, Battisti conheceu uma jovem professora brasileira, com quem teve um filho, Raul, atualmente com cinco anos.
O nascimento do filho no país era um dos argumentos usados por sua defesa para impedir sua extradição, como ele próprio explicou à AFP em entrevista concedida em 2017 em sua casa em Cananeia, com o pequeno sentado ao seu lado.
Em 2015, uma juíza da 20ª Vara Federal do Distrito Federal determinou a deportação de Battisti. No mesmo ano, ele se casou com outra brasileira, Joice Lima, em Cananeia.
Dois anos depois, foi detido em Corumbá (MS), na fronteira da Bolívia, acusado de querer fugir, e foi mantido monitorado com tornozeleira eletrônica por quatro meses.
Em outubro passado, foi eleito o presidente Jair Bolsonaro, que prometeu extraditá-lo. Em dezembro, o ex-presidente Michel Temer autorizou sua extradição após o ministro do STF Luiz Fux determinar a prisão do italiano. Battisti voltou à clandestinidade e neste sábado (12), foi preso em Santa Cruz de la Sierra, leste da Bolívia.
Battisti foi entregue neste domingo (13) por autoridades bolivianas a agentes italianos em Santa Cruz, de onde partiu rumo à Itália em um avião especial, que chegou de Roma mais cedo.


Falso médico é conduzido à delegacia de Caicó após atender pacientes no hospital de Currais Novos


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Um homem, supostamente um falso médico, foi detido pela Polícia Militar de Currais Novos neste domingo e conduzido à Delegacia de Polícia Civil, plantão na cidade de Caicó, para prestar esclarecimentos à autoridade policial. De acordo com informações do repórter Edmilson Sousa, o suposto médico enganou a Secretaria de Saúde do Município usando o CRM de um outro profissional, e hoje seria seu primeiro plantão no Hospital Regional. Profissionais em saúde teriam achado estranho alguns procedimentos feitos pelo suposto médico e acionaram a polícia, que conduziu o investigado à DP de Caicó. A gestão de Currais Novos também irá denunciar o falso médico.

Fonte: Blog Jair Sampaio

Chuvas deste sábado(12) banham município de Lagoa Nova

Sábado, 12 de janeiro, choveu em todo o município de Lagoa Nova. Colhemos resultados em 23 locais que possuem pluviômetro, dos quais o que se encontra na sede da secretaria municipal de agricultura, localizada no perímetro urbano, cujo índice registrado foi de 50 mm. Já o maior índice registrado foi na residência de Antônio Pinheiro, localizada no Sítio de Dentro, onde o pluviômetro registrou 102 mm, já o menor índice foi coletado foi na Chácara São José, no Sítio Filgueira de propriedade do ex-vereador Paulo Vandi, tendo registrado 36 mm de chuvas.

ÍNDICES PLUVIOMÉTRICOS

URGENTE: Cesare Battisti foi preso na Bolívia

“Cesare Battisti foi preso na Bolívia esta noite e em breve será trazido para o Brasil”, informa o assessor internacional do Presidente Bolsonaro, Filipe G. Martins.
O italiano Cesare Battisti é foragido da Polícia Federal e teve a prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux. Battisti havia sido preso em outubro de 2017, em Corumbá (MS), quando supostamente tentaria atravessar a fronteira do Brasil com a Bolívia com US$ 6 mil e 1,3 mil euros não declarados. Dias depois, o desembargador José Lunardelli, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região atendeu um pedido da defesa e liberou o italiano. O magistrado obrigou o italiano a comparecer à Justiça todo mês, não sair da cidade em que mora sem autorização e usar tornozeleira eletrônica. Condenado por quatro homicídios na Itália na década de 1970, Battisti. Em 2007, a Itália pediu a extradição dele e, no fim de 2009, o STF julgou o pedido procedente, mas deixou a palavra final ao presidente da República. Na época, o então presidente Lula negou a extradição em seu último dia de mandato.

Falece aos 93 anos, Regina Loló

Faleceu neste sábado(12), na capital do estado, a senhora Maria Regina de Araújo, popularmente conhecida por Regina Loló. 
O seu corpo está sendo velado em sua residência na Chácara Boi Sentado, localizada no sítio Baixa Verde, zona rural de Lagoa Nova. 
A família enlutada convida parentes e amigos para a celebração de missa de corpo presente que acontece neste domingo(13), as 16:00 na Matriz de São Francisco em seguida o sepultamento no cemitério São Francisco. 
Regina Loló tinha 93 anos de idade, era casada com o Sr Tomaz Lourenço de cuja união tiveram 13 filhos. Ela era avó da ex-primeira dama do município, Nenen Assunção e da ex-secretária de saúde Aldejane Medeiros.
Ficam aqui registrados os nossos mais sinceros sentimentos de pesar aos familiares pela perda da Srª Regina Loló.