segunda-feira, 19 de maio de 2025

Mudança na Secretaria de Administração da Prefeitura de Lagoa Nova

A Prefeitura Municipal de Lagoa Nova realizou mudanças na titularidade da Secretaria de Administração e Recursos Humanos. As alterações foram oficializadas por meio de portarias publicadas na edição desta segunda-feira, 19 de maio, do Diário Oficial dos Municípios do Rio Grande do Norte.

Anne Caroline Aciole da Costa, que até então ocupava o cargo de secretária titular da pasta, passa agora a atuar como secretária adjunta de Administração. Em seu lugar, assume o cargo de secretário titular José Heitor Matias, que anteriormente ocupava o cargo de secretário adjunto da Secretaria de Administração e Recursos Humanos.

 

domingo, 18 de maio de 2025

PAX | RN investe em tecnologia espacial com o I Workshop da Constelação Potiguar

Evento promovido pelo PAX | O RN pretende debater o uso de nanossatélites para o desenvolvimento econômico e monitoramento ambiental no estado.
No próximo dia 29 de maio de 2025, Natal será palco de um evento que promete posicionar o Rio Grande do Norte como referência nacional no setor aeroespacial. OI Workshop da Constelação Potiguar, promovido pelo Parque Científico e Tecnológico Augusto Severo - PAX | RN, marcará o lançamento oficial do Projeto Constelação Potiguar, uma iniciativa estratégica para o desenvolvimento, construção e operação de uma constelação composta por 12 nanossatélites.
Com foco em aplicações como economia do mar, gestão de recursos hídricos, prevenção de desastres naturais e monitoramento ambiental, o projeto é fruto da articulação entre o PAX RN e instituições de peso, como Agência Espacial Brasileira (AEB), INPE, IFRN, UFRN, UERN, UFERSA, Marinha do Brasil, Defesa Civil, FIERN, OAB/RN e EMPARN. A proposta é transformar o estado em um cluster aeroespacial nacional, aproveitando sua localização estratégica próxima à linha do Equador.
O evento é gratuito e será realizado no Auditório da Reitoria da UFRN, com uma programação que inclui palestras com especialistas da área espacial, sessões de trabalho, debates sobre financiamento em ciência e tecnologia, além de visitas técnicas a instituições como o INPE, o CLBI e o Instituto Santos Dumont, no dia 30 de maio.
Segundo o diretor-presidente do PAX RN, Olavo Bueno de Oliveira Filho, o Workshop será uma oportunidade única para fortalecer a articulação entre os setores público, acadêmico e produtivo, promovendo sinergia em torno de um ecossistema de inovação aeroespacial.
A participação no evento é gratuita e deverá reunir autoridades, pesquisadores, investidores e representantes da sociedade civil em um momento decisivo para o futuro tecnológico do estado.
Os interessados em participar do evento devem se inscrever no seguinte link: https://forms.office.com/r/zJUSFqeSTn . Mais informações, acesse: www.paxrn.com.br ou envie e-mail para comunicacao@paxrn.com.br .

Informações sobre o evento:
Local: Auditório da Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Data: 29 de maio de 2025
Horário: 8h30 às 16h30

Ancelotti convoca seis jogadores do Fla na sua 1ª pré-lista para Seleção

 

A lista final com 23 nomes será anunciada por Ancelotti no dia 26 de maio, no Rio de Janeiro.

Aprimeira pré-convocação de Carlo Ancelotti como técnico da Seleção Brasileira inclui seis atletas do Flamengo: Danilo, Wesley, Léo Ortiz, Alex Sandro, Gerson e Pedro. De acordo com o GloboEsporte, a CBF notificou os clubes sobre a liberação dos jogadores no último sábado, conforme exigência da FIFA, 15 dias antes da apresentação, marcada para o dia 2 de junho. A lista final com 23 nomes será anunciada por Ancelotti no dia 26 de maio, no Rio de Janeiro.

Os compromissos da Seleção incluem partidas contra o Equador, no dia 5 de junho, em Guayaquil, e o Paraguai, no dia 10, na Arena Corinthians, em São Paulo. A pré-lista, que conta com cerca de 50 jogadores, foi definida em reuniões entre Ancelotti, o diretor de seleções Rodrigo Caetano e o coordenador técnico Juan, realizadas em Madri. Diferente da última convocação, em março, quando 52 nomes foram divulgados, a lista completa será mantida em sigilo até a escolha final.

Entre os flamenguistas, Wesley, Léo Ortiz e Gerson participaram da última convocação de Dorival Júnior, enquanto Danilo foi cortado. Alex Sandro esteve na pré-lista anterior, mas não na convocação final. Já Pedro retorna à Seleção após oito meses, depois de se recuperar de uma lesão no joelho sofrida durante treinos em setembro de 2024. O primeiro treino da nova fase da Seleção está agendado para o dia 2, no CT Joaquim Grava, do Corinthians.

A atleta Elizete Florêncio, de Lagoa Nova, brilhou no Campeonato Estadual de Atletismo para Adultos, realizado neste final de semana em Natal/RN!

 

Aos 51 anos, Elizete conquistou nada menos que duas medalhas:
1º lugar na prova de 3.000 metros com obstáculos
3º lugar na prova de 5.000 metros rasos

Com garra, dedicação e amor pelo esporte, Elizete é inspiração para todas as idades e mostra que determinação não tem limite!

Tragédia em Cerro Corá: caminhonete desgovernada atropela várias pessoas e causa morte de jovem na praça central

 

Na noite deste sábado (17), o município de Cerro Corá viveu momentos de horror e comoção. Por volta das 22h, uma caminhonete desgovernada invadiu a praça pública onde dezenas de pessoas aproveitavam o momento de lazer, atropelando várias delas de forma violenta.

O veículo era conduzido por Cícero Quirino da Silva, de 70 anos, natural de Lagoa Nova. Segundo informações da Polícia Militar, o condutor apresentava sinais claros de embriaguez e foi preso em flagrante no local do acidente.

Uma das vítimas, a jovem Flávia Talita da Silva, infelizmente não resistiu aos ferimentos e morreu na hora. A tragédia gerou forte comoção e revolta entre os moradores presentes, que reagiram destruindo o veículo ainda na praça. Durante a madrugada, o carro foi incendiado, e o Corpo de Bombeiros de Currais Novos precisou ser acionado para conter as chamas.

Cícero foi conduzido à Delegacia Regional de Currais Novos, onde teve o estado de embriaguez confirmado. Ele foi autuado e permanece preso à disposição da Justiça.

A Polícia Civil deverá instaurar inquérito para investigar todos os detalhes do caso. Enquanto isso, a população de Cerro Corá está em luto e clama por justiça pela morte de Flávia Talita.

Governo Federal orientou polícias a não prender invasores do MST


O governo federal emitiu um comunicado para as polícias militares e civis dos estados para que não prendessem invasores de terra durante o Abril Vermelho, onda de manifestações lideradas pelo MST. O alerta veio em comunicado do Ministério do Desenvolvimento Agrário encaminhado às secretarias estaduais de segurança pública no dia 10 de abril e que foi obtido pela CNN.

Ele traz uma interpretação jurídica do artigo 313 do Código penal: “Salientamos que não cabe a decretação de prisão preventiva no caso da prática deste tipo penal isoladamente, pois o art.313 do Código de Processo Penal brasileiro (Decreto-Lei n.3689/1941) apenas admite esta decretação para “crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos”. Tampouco cabe a prisão em flagrante para este crime, pois, como dispõe o art. 69, parágrafo único, da Lei federal. n. 9.099/1995, o procedimento correto para este caso será a lavratura de termo circunstanciado e o encaminhamento do acusado ao Juizado Especial Criminal competente, ou a tomada de compromisso do acusado para que compareça ao JEC em data e hora a ser estabelecido pelo Juizo”, diz o documento, assinado por Claudia Maria Dadico, Diretora do Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Agrários Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

O comunicado também recomenda que, caso haja outros crimes praticados, haja “extrema cautela” para decretar prisão. “A decretação da prisão em flagrante ou da prisão preventiva, no caso de eventual identificação de outros crimes supostamente praticados, deve ser observada com extrema cautela, para que se evite que a autoridade policial possa vir a ser acusada da prática de crime de abuso de autoridade, previsto no art. 9º da Lei federal n. 13.869/2019”, afirma.

O documento ainda diz que “é entendimento pacífico do STJ (HC 371135-GO) e do STF (HC 140989-GO) que movimentos sociais não constituem organizações criminosas, e que outros crimes geralmente imputados aos manifestantes dependem de prova mínima de autoria e materialidade, além de atingirem o patamar estabelecido no art. 313 do CPP (pena máxima superior a 4 anos)”.

De acordo com o comunicado, “o procedimento correto a se ter nesse caso será comunicar os fatos às autoridades competentes, e fazer chegar a situação ao Poder Judiciário, para que este avalie a eventual concessão de ordem de reintegração de posse, que só pode ser requerida por quem teve a sua posse efetivamente turbada pelos manifestantes”.

O documento também aponta a existência de limites jurídicos para o exercício da legítima defesa para proprietários rurais. “Nos últimos anos cresceram as movimentações de proprietários e de ocupantes de imóveis rurais refratários às ocupações de terras promovidas por movimentos sociais do campo voltados a repelir estas ações de forma direta, alegando estarem juridicamente abrigados pelos institutos da “legítima defesa” e do “desforço próprio””, afirma.

“Como dispõe o parágrafo único do art. 23 do mesmo Código Penal, o excesso doloso ou culposo do agente torna a conduta punível. Assim, ainda que se considere a eventual prática de crime de esbulho (que não se configura quando o elemento subjetivo do tipo penal não está presente) há que se considerar que a proporcionalidade entre os bens jurídicos protegidos. Se o bem jurídico eventualmente violado no caso do crime do esbulho possessório é a propriedade, o risco de um atentado a bem jurídico de natureza superior (ex.: integridade física, vida) pode vir a configurar o chamado “excesso de legítima defesa”, com as sanções penais que lhe são cabíveis”, escreve a secretária.

Neste ano, o MST contabilizou 30 invasões de terra durante o Abril Vermelho, além de 5 invasões de órgãos públicos ligados ao Ministério do Desenvolvimento Agrário.

A CNN procurou Claudia Maria Dadico, mas ela estava em um local de difícil comunicação.

Interlocutores do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, relataram à CNN que se trata de um procedimento adotado para evitar que se repitam eventos como o de Eldorado dos Carajás, ocorrido no Pará em abril de 1996. Na ocasião, 17 sem-terra foram mortos em um conflito com policiais. Essas fontes relatam que a lógica do documento é evitar conflito no campo e que o modelo já gerou resultados, pois segundo a Comissão pastoral da terra as mortes no campo caíram de 47 em 2022, último ano do governo Bolsonaro, para 13 em 2024, uma redução de 70%. Na visão da pasta, portanto, não se trata de um protocolo autorizando ou facilitando invasões de propriedades.

10 anos depois: os desafios das crianças com microcefalia no Rio Grande do Norte


Em outubro de 2015, cerca de um mês antes do decreto de emergência em saúde pública motivado pelo aumento de casos de microcefalia associados ao vírus Zika, Maria da Guia dos Santos decidiu adotar Maria Victoria, uma bebê que havia sido rejeitada pela mãe biológica antes mesmo de nascer. Apesar de saber das condições da criança – além de microcefalia, a menina teve paralisia cerebral, meningite e hepatite – Daguia, como é conhecida, entendeu algo essencial, conforme ela mesma relata. “Victoria precisava de uma mãe, então, por que não adotá-la? Foi o que eu fiz e faria novamente, sem pensar duas vezes”, afirma, convicta.


Praticamente uma década depois – a menina vai fazer 10 anos em outubro – as duas, que moram em Nova Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal, construíram uma conexão que tem como base o amor, fundamental para encarar os inúmeros desafios diários. “O amor cura, é o melhor remédio para qualquer doença”, frisa Daguia, hoje com 51 anos. Antes de falar das dificuldades, Maria da Guia, que trabalha como consultora de planos de saúde, recorda como aconteceu o encontro com Victoria. “A mãe biológica dela tentou interromper a gravidez. Foi isso que levou ao quadro de paralisia cerebral. A microcefalia é associada à zika. Quando nasceu, Victoria foi para a UTI. Fiquei sabendo da história dela uma semana antes da alta”, conta.


“Ela ia para um abrigo. Pensei o quanto seria difícil a vida daquela criança, porque as pessoas rotulam muito na hora de adotar, então, não olhei para diagnóstico algum, só quis ficar com ela”, completa a consultora. Ao longo da caminhada juntas, os desafios não pararam de surgir. No final do ano passado, Victoria recebeu um novo diagnóstico, de autismo severo. Apesar disso, cada evolução da menina representa um alento para Daguia. “Ela fica de pé, dá alguns passinhos e chama mamãe”, relata, orgulhosa.


A dona de casa Adelma Leandro, de 43 anos, sonha em ser chamada de mãe até hoje por João Victor. Por conta do quadro de microcefalia, o menino, de 9 anos, não fala. Ainda assim, ela não desanima. “A maior conquista é estar ao lado dele em todos os momentos”, afirma. O diagnóstico da condição foi dado quando Adelma estava com cinco meses de gestação. Ela conta que sequer compreendeu direito o que estava acontecendo.


“Era algo novo, até mesmo para os médicos. Tive Zika no começo da gravidez. Foi um quadro de muito sofrimento, com dores intensas, mas eu não tinha noção do que essa doença iria provocar no meu filho. Me falaram que ele tinha malformação, mas eu não imaginei que seria assim. Foi um susto. Quando ele nasceu, não parava de chorar dia e noite. O pediatra falou, um tempo depois, que era um choro neurológico, por causa da microcefalia”, descreve Adelma.

Busca por respeito e assistência

Os desafios de cuidar de uma criança com microcefalia estão por toda parte e exigem dedicação intensa. Daguia Santos conta com uma pessoa que auxilia nos cuidados com a filha enquanto ela está trabalhando. Não é a mesma situação de Adelma Leandro, que teve de deixar o emprego em um centro de distribuição de uma empresa de confecções após o nascimento de João Victor. A preocupação com as famílias que têm crianças com a condição levou Daguia a criar a Associação de Mães Especiais (AME).


A AME está em processo de instalação da nova sede, na zona Norte de Natal e, por isso, os serviços estão temporariamente suspensos. “A gente presta assistência por meio de acolhimento às mães e às crianças. São oferecidos acompanhamentos de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e neuropediatria”, explica Daguia, que faz um apelo para manter a associação funcionando. “A manutenção da AME é importante porque nós prestamos apoio não somente às crianças, mas às mães também, afinal, é fundamental cuidar de quem cuida”, diz. A associação é mantida por meio de doações feitas via pix (chave: projame.rn@gmail.com) e atende atualmente 62 famílias de todas as regiões do Estado.


“Tão essencial quanto cuidar das crianças é cuidar das mães. Algumas me ligam à meia-noite chorando porque não sabem o que fazer diante de certas situações. Elas precisam de acalanto. Passamos por momentos difíceis na AME, por isso, buscamos uma nova sede, que será aberta em breve. Precisamos bastante de ajuda”. Daguia cita que os serviços em geral, e especialmente na rede pública de saúde, para as crianças com microcefalia, são deficitários. Ela defende que haja uma atenção maior à assistência para essas crianças. “Tenho conhecimento de um menino que precisava de um exame de alta complexidade urgente, mas a autorização para o procedimento só chegou um mês depois da morte dele”, relata.


Adelma, que mora em Ceará-Mirim, na Grande Natal, conhece de perto essas lacunas. João Victor faz fisioterapia, fono e hidroginástica, mas no momento está com acesso a apenas dois desses serviços. “Ele não está frequentando as sessões de fisioterapia porque falta profissional. Estamos aguardando a Prefeitura encontrar um novo fisioterapeuta. Além disso, o menino chegou a passar nove meses sem acompanhamento com um neuro”, diz. O acesso às escolas é outro gargalo. “Não é um ambiente preparado para os nossos filhos”, fala Daguia, que já passou por episódios onde Maria Victoria foi rejeitada por algumas instituições de ensino.


“Passei por oito escolas e nenhuma delas aceitou a menina. Respirei fundo, abracei minha filha e fui para casa”, relata. As situações de preconceito e exclusão às quais crianças e familiares estão expostas não são raras. “Desde que adotei Victoria, nunca mais fui chamada para um aniversário”, comenta Daguia. Com Adelma e João Victor não é diferente. “É claro que tem muita gente que chega e abraça, porque entende a condição. Mas tem gente que não e isso nos afeta emocionalmente”, afirma a dona de casa. O receio em torno dos cuidados com as crianças faz com que as mães não queiram se afastar dos filhos em nenhum momento. Daguia, por exemplo, foi internada há cerca de 15 dias por conta de uma arritmia cardíaca. Diante das preocupações com Maria Victoria, no entanto, pediu para deixar o hospital mediante assinatura de um termo de responsabilidade. “Não havia escolha”, aponta.

RN tem 138 casos de microcefalia por zika

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a microcefalia é uma anomalia congênita caracterizada pela redução do perímetro cefálico (redução da cabeça e do cérebro. No Rio Grande do Norte, segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública, com base em dados recentes do MS são 138 casos da síndrome congênita associados à infecção da mãe durante a gestação por Zika vírus, um dos fatores de risco para a condição. Em 2015, os casos associados dispararam, o que fez com que o MS decretasse emergência em saúde pública no Brasil até 2017.

Somente no período, foram registrados 4.595 nascidos vivos com esta malformação no País.
Além de Zika, a presença de outras variantes genéticas patogênicas ou alterações cromossômicas também estão relacionadas à microcefalia. Dentre essas variantes, segundo o MS, estão infecções gestacionais, sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes.

Doenças ou condições maternas, como diabetes e desnutrição, bem como exposição intrauterina a substâncias como álcool, radiação, e medicamentos também representam causas para a condição. A microcefalia pode ser diagnosticada já no pré-natal, de acordo com o método adotado pelo médico. Em recém-nascidos, a identificação é feita por meio de exames físicos, como a aferição do perímetro cefálico e a realização de exames neurológicos, como tomografias.


A microcefalia não possui tratamento específico, mas existem ações de suporte preconizadas pelo Sistema Único de Saúde para acompanhamento. As ações envolvem o estímulo precoce ao desenvolvimento da criança, por meio de avaliação auditiva, visual, motora, cognitiva e da linguagem. Já a prevenção se dá com o combate aos fatores de risco, além de proteção contra o mosquito que transmite o Zika vírus (Aedes aegypti), o que pode ser feito com o uso de roupas de manga longa e calça comprida.


Tão importante quanto combater os fatores que podem levar à condição é o enfrentamento às formas de preconceito e exclusão às quais estão submetidas as pessoas nessa condição. “A gente vive, um dia após o outro, em um universo cheio de obstáculos, mas também de aprendizagens. Uma mãe vai abraçando a outra e assim nos preparamos o tempo todo para o diferente, porque se agora está tudo bem, daqui a pouco a criança convulsiona e tudo muda”, relata Daguia Santos.

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Ministério da Agricultura e Pecuária confirma primeiro foco de gripe aviária em granja comercial no Brasil

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou nesta quinta-feira (15) a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em matrizeiro de aves comerciais. A detecção ocorreu no estado do Rio Grande do Sul, no município de Montenegro.

Esse é o primeiro foco da IAAP detectado em sistema de avicultura comercial no Brasil. Desde 2006, ocorre a circulação do vírus, principalmente na Ásia, África e no norte da Europa.


O Mapa alerta que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos. A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos operados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo. O risco de infecção em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas).

As medidas de contenção e erradicação do foco previstas no plano nacional de contingência já foram iniciadas e visam não apenas debelar a doença, mas também manter a capacidade produtiva do setor, garantindo o abastecimento e, assim, a segurança alimentar da população.

O Mapa também está realizando a comunicação oficial às entes das cadeias produtivas envolvidas, à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), aos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, bem como aos parceiros comerciais do Brasil.

O Serviço Veterinário brasileiro vem sendo treinado e equipado para o enfrentamento dessa doença desde a primeira década de 2000.

Ao longo desses anos, para prevenir a entrada dessa doença no sistema de avicultura comercial brasileiro, várias ações incluem o cumprimento de obrigações, como o monitoramento de aves silvestres, a vigilância epidemiológica na avicultura comercial e de subsistência, o treinamento constante de técnicos dos serviços veterinários oficiais e privados, ações de educação sanitária e a implementação de atividades de vigilância nos pontos de entrada de animais e seus produtos no Brasil.

Tais medidas foram cruciais e se mostraram eficazes e eficientes para postergar a entrada da enfermidade na avicultura comercial brasileira ao longo desses quase 20 anos.

SUS realiza primeiras aplicações do zolgensma, medicamento de R$ 7 milhões para crianças com AME

Com modelo inédito, um dos mais caros medicamentos do mundo é ofertado de forma gratuita na rede pública. Expectativa é atender 137 crianças com a condição rara em dois anos
Bebê que recebeu a terapia na quarta-feira, 14 de maio, no Hospital da Criança José Alencar, em Brasília (DF) - Foto: Igor Evangelista/MS

O Governo Federal viabilizou, na rede pública de saúde, as primeiras aplicações do zolgensma, medicamento de altíssimo custo utilizado no tratamento de crianças com Atrofia Muscular Espinhal (AME). Essa é a primeira terapia gênica incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Duas bebês, com menos de seis meses de vida, receberam a terapia simultaneamente na quarta-feira, 14 de maio, no Hospital da Criança José Alencar, em Brasília (DF), e no Hospital Maria Lucinda, em Recife (PE).

ALTO CUSTO — O zolgensma é considerado um dos medicamentos mais caros do mundo, com custo médio de R$ 7 milhões por dose única. O fornecimento gratuito no SUS foi possível graças a um modelo inovador de Acordo de Compartilhamento de Risco, firmado entre o Governo Federal e a fabricante.

O Brasil se tornou o sexto país no mundo a ofertar o medicamento em sistemas públicos de saúde, após Espanha, Inglaterra, Argentina, França e Alemanha. O acordo realizado estabelece que o pagamento só será feito se o tratamento for eficaz, o que garantiu ao Brasil o menor preço lista do mundo.


HISTÓRICO — Durante visita ao Hospital da Criança em Brasília, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, celebrou o momento como um marco para a saúde pública no país. “Seria impossível para as famílias arcarem com um custo tão alto. É uma terapia gênica muito importante e inovadora, por isso garantir esse atendimento e poder acolher essas famílias é um momento de muita emoção”, disse o ministro.

INDICAÇÃO — O medicamento é indicado exclusivamente a crianças com AME tipo 1, com até seis meses de idade, que não dependem de ventilação mecânica invasiva por mais de 16 horas por dia. As duas bebês atendidas foram priorizadas por estarem próximas do limite de idade para receber a infusão e por cumprirem todos os critérios clínicos previstos no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Atrofia Muscular Espinhal (AME) 5q tipos 1 e 2.

"É emocionante, porque a gente nunca perde a esperança como mãe. Ver minha filha, daqui pra frente, poder andar, correr, falar e me chamar de mãe vai ser excelente. Posso viver a maternidade de uma forma diferente"

Milena Brito
Mãe de bebê que recebeu a infusão de zolgensma em Brasília


EMOÇÃO — Millena Brito, mãe da bebê que recebeu a infusão em Brasília (DF), descobriu o diagnóstico de AME aos 13 dias de vida da filha. Para ela, o tratamento oferecido pelo SUS foi o melhor presente que poderia receber. "É emocionante, porque a gente nunca perde a esperança como mãe. Ver minha filha, daqui pra frente, poder andar, correr, falar e me chamar de mãe vai ser excelente. Posso viver a maternidade de uma forma diferente", afirmou Millena, emocionada.

Com a garantia do acesso ao medicamento, as crianças poderão ter ganhos motores significativos, como a capacidade de engolir e mastigar, sustentar o tronco e sentar-se sem apoio. A expectativa do Governo Federal é atender 137 pacientes nos primeiros dois anos, impactando diretamente na qualidade de vida. Atualmente, um total de 15 pedidos foram protocolados para acesso ao medicamento no SUS e estão sendo encaminhados, começando por estes dois atendimentos.

INTERVENÇÕES — Embora a AME não tenha cura, as terapias disponíveis ajudam a estabilizar sua progressão. Além do zolgensma, de dose única, o SUS oferece nusinersena e risdiplam, de uso contínuo, que atuam para evitar a progressão da doença. Sem essas intervenções, essas crianças enfrentam alto risco de morte antes dos dois anos de idade. Quem recebe o zolgensma não precisa receber outra terapia para AME.

COMO TER ACESSO — As famílias devem procurar um dos 36 serviços especializados em doenças raras do SUS. Um médico realizará a avaliação clínica da criança e, caso os critérios de elegibilidade sejam atendidos, o processo de solicitação da terapia será iniciado.

Dos 36 serviços, 31 já estão aptos a realizar a infusão da terapia gênica — sendo 22 já habilitados e nove em fase de capacitação. Os serviços estão disponíveis em Alagoas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito Federal.

Nos estados que ainda não contam com serviços habilitados para a infusão, o acordo garante, além do medicamento, o custeio de passagens e hospedagem para o paciente e um familiar responsável.

ACOMPANHAMENTO — As crianças que recebem o zolgensma serão acompanhadas clinicamente até os cinco anos de idade pelo serviço de referência responsável pela infusão. Esse processo está alinhado com o Protocolo Clínico e com o Acordo de Compartilhamento de Risco. Após a infusão, o paciente deve permanecer internado por no mínimo 24 horas, sob observação clínica contínua.

AVANÇOS — Incorporações como a do zolgensma mostram a capacidade do SUS em absorver terapias que envolvem alta complexidade. A adoção do modelo de compartilhamento de risco é uma alternativa para aquisição de medicamentos de altíssimo custo e cujos resultados requerem mais evidências científicas.

Como vai funcionar o pagamento pelo governo:40% do preço total, no ato da infusão da terapia;
20%, após 24 meses da infusão, se o paciente atingir controle da nuca; 20%, após 36 meses da infusão, se o paciente alcançar controle de tronco (sentar-se por, no mínimo, 10 segundos sem apoio);
20%, após 48 meses da infusão, se houver manutenção dos ganhos motores alcançados;
Haverá cancelamento das parcelas se houver óbito ou progressão da doença para ventilação mecânica permanente.

Onde encontrar os serviços de referência

RN
Natal
Hospital Onofre Lopes

Clube de Leitura debate a obra da autora sul-coreana Han Kang neste sábado (17) na BECC


Biblioteca Estadual Câmara Cascudo realiza o evento Sábado na Becc, com debate do Clube do Livro Páginas Vívidas e Roda de Conversa.
Neste sábado (17), a Biblioteca Estadual Câmara Cascudo recebe amantes da literatura para o encontro mensal do Clube de Leitura Páginas Vívidas, que neste mês de maio mergulha na intensa e poética narrativa da obra "A Vegetariana", da autora sul-coreana Han Kang. O evento Sábado na BECC ocorrerá das 9h às 15h e contempla esta atividade, pela manhã, a partir das 10h, e uma roda de conversa sobre mães cientistas, que será conduzida pela professor Fernanda Santos, no período da tarde, com início previsto para 13h.

Sobre o clube, neste romance aclamado mundialmente, acompanhamos a radical transformação de Yeonghye, uma mulher que, após sonhos perturbadores, decide parar de comer carne — uma escolha que abala sua família e revela camadas profundas de opressão, resistência e fragilidade humana. Dividida em três atos, com diferentes narradores, a obra nos conduz por uma jornada íntima e inquietante, marcada pela sensibilidade da autora sul-coreana que foi laureada com o Nobel de Literatura 2024.


O debate será coordenado pela professora Conceição Guimarães. “Venha refletir com a gente sobre corpo, silêncio e ruptura”, convida.

Sobre a autora - Han Kang nasceu em Gwangju, cidade milenar da península coreana, que se tornou uma importante zona industrial a partir da década de 1960.Além de ser originária de uma região muito significativa politicamente para a história do país, Hang Kang cresceu em uma família conectada às letras e à arte. Filha do também premiado escritor Han Seung-won, ela iniciou a carreira por volta dos vinte anos com a publicação de poemas e contos.

Em 1994, ela ganhou o Concurso Literário da Primavera de Seoul Shinmun, com a obra A âncora escarlate. No ano seguinte, lançou seu primeiro livro, o compilado de contos Yeosu. Atualmente, a autora leciona escrita criativa na Universidade de Seul, segue com os trabalhos literários e atua nas artes visuais. Ela é a primeira escritora coreana a ser reconhecida pelo Nobel.



Serviço: Sábado na BECC apresenta Clube do Livro Páginas Vívidas e Roda de Conversa sobre Mães Cientistas.

17 de maio de 2025 (sábado).

10h (Clube) – 13h (Roda de Conversa).

Biblioteca Estadual Câmara Cascudo. Rua Potengi, 535, Petrópolis. Natal (RN).