segunda-feira, 19 de março de 2012

Energia eólica

A energia eólica vem aumentando nos últimos anos sua participação no contexto energético brasileiro. Desde a criação do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), e, posteriormente, os sucessivos leilões de compra e venda deste tipo de energia, a participação na matriz elétrica brasileira passou de pouco mais de 20 MW para aproximadamente 1.180MW.

São 59 parques eólicos atualmente em operação. Nos últimos dois anos, o governo federal contratou a construção de 141 novos empreendimentos, que serão entregues entre 2012 e 2013. São investimentos de R$ 16 bilhões.

A energia eólica é uma opção complementar à fonte hidrelétrica, predominante no sistema brasileiro

  • A energia eólica é uma opção complementar à fonte hidrelétrica, predominante no sistema brasileiro

O compromisso estabelecido pelo governo é diversificar a matriz energética, organizar leilões que contratem energia pelo menor preço e que garantam a sustentabilidade ambiental.

A energia eólica é uma opção complementar à fonte hidrelétrica, predominante no sistema brasileiro.

A expectativa para os próximos dez anos é de que a capacidade instalada no País aumente em 63.400 MW. Deste montante, 18 GW devem produzidos a partir das fontes alternativas complementares, entre elas a energia eólica. 

O Brasil é o País mais promissor do mundo em termos de produção de energia eólica, na avaliação do Global Wind Energy Council, organismo internacional que reúne entidades e empresas relacionadas à produção desse tipo de energia.

A região que se destaca é a Nordeste: mapas eólicos desenvolvidos pelo Centro Brasileiro de Energia Eólica apontam que a área tem uma das melhores jazidas do mundo, contam com boa velocidade de vento, baixa turbulência e uniformidade. O potencial total é estimado em 30 mil MW. Em termos estratégicos, este tipo de matriz é importante, porque os ventos são mais fortes nos períodos de seca (entre junho e dezembro), quando a produção das hidrelétricas tende a cair.

Fontes:
Relatório Panorama de Energia Eólica Global do Greenpeace
Empresa de Pesquisa Energética (EPE)
Centro de Referência para Energia Solar e Eólica – CRESESB
Atlas de Energia Elétrica no Brasil da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

Mercadante diz que MEC irá avaliar alfabetização em 2013

Prova fará parte do programa Alfabetização na Idade Certa, que deve ser lançado ainda este ano

 

Idade certa

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta segunda-feira que o governo federal pretende avaliar a alfabetização das crianças aos 8 anos de idade a partir de 2013. De acordo com o ministro, a avaliação será uma ampliação da Provinha Brasil, aplicada aos alunos do 2º ano do ensino fundamental de forma amostral, e fará parte do programa Alfabetização na Idade Certa.

Olimpíada de Língua Portuguesa: Mercadante defende espírito olímpico para a educação

"A ideia é ampliar, tornar a Provinha Brasil universal a partir do ano que vem", disse o ministro após participar de um almoço com executivos do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo.

Na próxima quinta-feira, o secretário de Educação Básica, César Calegari, se reunirá com secretários municipais e estaduais de Educação para discutir o formato da avaliação e formatar o programa Alfabetização na Idade Certa, que deve ser lançado ainda neste ano.

O movimento Todos pela Educação aplicou em 2011 uma avaliação que mensurou pela primeira vez no Brasil a qualidade da alfabetização dos estudantes, a prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização).

O Plano Nacional de Educação (PNE), que tramita no Congresso e está atrasado há mais de um ano, também prevê a aplicação de exames específicos para avaliar a alfabetização dos alunos.

- Conheça as 20 metas do Plano Nacional de Educação

Assembléia concede título de cidadão potiguar ao Juiz Azevedo Hamilton Cartaxo.

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O juiz Azevedo Hamilton Cartaxo, presidente da AMARN, recebeu hoje o título de cidadão honorário do Rio Grande do Norte, concedido pela Assembléia Legislativa, atendendo proposição do deputado Gilson Moura.A solenidade de entrega da homenagem, que também incluiu uma placa comemorativa pelos 57 anos da AMARN, foi realizada pela manhã, sob a presidência do deputado Hermano Morais.Também estavam à mesa que conduziu a cerimônia, representantes da governadora do Estado, a defensora pública do RN, Jeanne Karenina Santiago Bezerra; da presidência do Tribunal de Justiça, desembargador Dilermando Mota; da prefeita de Natal, secretário de Tributação, André Macedo, e da presidência da OAB-RN, Carlos Kelsen Silva dos Santos.Também prestigiaram a solenidade familiares e amigos do homenageado, entre os quais a Juiza Hadja Rayane Holanda de Alencar, recém-eleita para suceder o Juiz Azevedo Hamilton como presidente da Amarn e cuja posse está marcada para a próxima sexta-feira.

Governo autoriza reajustes de até 5,85% nos preços dos medicamentos

Medicamentos com preços controlados pelo governo deverão sofrer reajuste a partir do dia 31 de março

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Uma resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) publicada nesta segunda-geira (19) no Diário Oficial da União autoriza reajustes de até 5,85% no preço dos remédios vendidos em todo o País.

Em 2011: No ano passado, remédios subiram até 6,01%

As alterações podem ser feitas a partir do próximo dia 31 e devem ter como referência o chamado preço fabricante (limite usado por laboratórios ou distribuidores de medicamentos para venda no mercado brasileiro) cobrado em 31 de março de 2011. Até a data limite para a entrada em vigor do reajuste, as empresas produtoras de medicamentos deverão apresentar à Cmed o relatório de comercialização com os preços que pretendem cobrar após a aplicação da correção.

De acordo com a resolução, a categoria de remédios em que o faturamento com a venda de genéricos seja igual ou superior a 20% pode sofrer reajuste de até 5,85%. Já a categoria de remédios com faturamento de genéricos entre 15% e 19% tem reajuste autorizado de até 2,8%.

O reajuste de até 5,85% tem como base a variação, nos últimos 12 meses, do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

domingo, 18 de março de 2012

Novo cartão de crédito promete parcelamento em até 200 vezes

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Com a promessa de revolucionar o mercado, empresa brasileira Shopcards vai oferecer vantagens como parcelar o sonho da casa própria em até 200 vezes com taxas de juros parecidas com as praticadas pelo mercado, informa o Portal HD . Em tese, embora permita o parcelamento em quase 17 anos, por ser um cartão de crédito como qualquer outro, poderá financiar honorários de advocacia também.

O pagamento de honorários com cartão de crédito já foi objeto de análise da Comissão de Ética e Disciplina do Conselho Federal da OAB, que em agosto de 2010, que decidiu que não se tratava de infração ético-disciplinar. Na ocasião, a controvérsia decorreu da previsão constante da Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia) e do Código de Ética, de que o exercício da advocacia não pode ser mercantilizado. A comissão firmou entendimento de que receber honorários por meio de cartão de crédito não é mercantilizar a profissão, apenas aceitar uma forma moderna de recebimento de honorários advocatícios, uma vez que o cheque no formato papel é algo praticamente em extinção.

O Judiciário também pretende aceitar cartões de crédito ou débito para o pagamento de dívidas trabalhistas. O compromisso formal que faltava para que a medida fosse concretizada foi firmada, em fevereiro deste ano, no Conselho Nacional de Justiça. Representantes do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do Judiciário, como a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon e o corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Antônio José de Barros Levenhagen, assinaram um termo de cooperação técnica que permitirá o uso do sistema. Com o uso de cartões, a quitação poderá ser imediata, se efetuada via débito automático, ou em 30 dias, no caso de crédito.

Uma vez pagos no cartão de crédito, a dívida trabalhista e os honorários advocatícios passam a ser uma despesa comum na fatura do cartão, estando sujeita a todas as operações que eles oferecem, inclusive, a de parcelamento da fatura. Desta forma, pode-se concluir que uma dívida trabalhista paga com cartão, poderá, posteriormente, ser parcelada junto à operadora do cartão na quantidade máxima de parcelas permitida por ela.

Além do parcelamento em até 200 vezes, o Shopcards irá oferecerr outros diferenciais como anuidade gratuita do cartão de crédito, máquinas de cobrança gratuitas (o custo médio é de R$ 150) e transação feita pelo computador e também por celular.

A empresa foca também em nichos pouco explorados pelos cartões, como atendimentos médicos e odontológicos, estacionamentos e serviços de táxi. A ideia é que o paciente possa parcelar um tratamento mais caro e pagá-lo utilizando o computador do médico, dentro do consultório.

A expectativa é atingir 600 mil clientes até julho deste ano. O Shopping D&D, localizado em São Paulo e focado em arquitetura, decoração e design, é uma das empresas que utilizarão o sistema da Shopcards.

A fórmula adotada pela Shopcards é a redução dos juros para aumentar o consumo dentro de um prazo maior oferecido ao cliente, informa o sócio e vice-presidente da empresa, Marcello Gimenez. "Hoje, as classes C, D e E estão tendo acesso a um crédito que antes não tinham. Se eu consigo dar acesso ao consumo oferecendo parcelas de valores menores, o consumidor passa a querer comprar mais", explicou.

A estratégia segue o modelo de comércio praticado nos Estados Unidos, onde, segundo Gimenez, é mais comum realizar as compras em longo prazo.

De fato, o brasileiro tem se demonstrado mais favorável ao uso do crédito. Em 2011, o número de cartões em operação saltou de 41,5 milhões, em 2002, para 173,2 milhões, de acordo com a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços). Nesse mesmo intervalo, o setor de cartão de crédito faturou cerca de R$ 386 bilhões, volume muito superior aos R$ 68,5 bilhões registrados em 2002.

O modelo da empresa teve investimento de mais de R$ 10 milhões nos cinco anos de desenvolvimento do negócio, sendo que cerca de R$ 2 milhões foram aplicados na plataforma de tecnologia, também importada dos EUA.

ANA leva salas de Situação a mais sete estados para monitorar rios e chuvas

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Brasília – A Agência Nacional de Águas (ANA) decidiu instalar em mais sete estados salas de Situação, centros destinados ao monitoramento de rios e ao acompanhamento do volume de chuvas. O Acre, a Paraíba, o Piauí, Roraima e Sergipe já receberam os kits para esses centros, que incluem projetores, televisores, telefones celulares, computadores e impressora. A Bahia e o Rio Grande do Norte ainda estão aguardando os equipamentos. A previsão é que, até o final de abril, todas as sete novas salas de situação estejam em funcionamento. A ideia é avaliar com antecedência as regiões em que podem ocorrer cheias ou secas, evitando perdas humanas e prejuízos econômicos.

“Fizemos um trabalho, com os estados, de levantamento de áreas críticas em função das últimas ocorrências no Nordeste, e essa região foi priorizada. Então estamos 'fechando' o Nordeste e alguns estados do Norte, além de Santa Catarina”, explicou Eduardo Boghossian, engenheiro da ANA.

Por enquanto, as novas instalações vão trabalhar com informações transmitidas pelas 400 estações telemétricas que já estão em funcionamento, distribuídas em todo o território nacional. A partir do ano que vem, mais 184 novas estações que foram definidas como prioritárias pelos estados passam a compor a rede de monitoramento.

“Trabalhamos com dois tipos de estações: as que transmitem através de sinal de celular, que podem transmitir de 15 em 15 minutos ou até de hora em hora, e as estações via satélite, que transmitem de hora em hora. Todas as informações chegam, em segundos, às salas de Situação”, garantiu Boghossian. Os dados também são disponibilizados na página da ANA na internet.

O investimento para instalação de uma estação via satélite chega a R$ 35 mil, enquanto a estação via celular custa em torno de R$ 15 mil. O problema é que nem todas as regiões são abrangidas pelo sinal das antenas de celulares. Em algumas áreas rurais, por exemplo, as informações só podem ser transmitidas por satélites. Com esse custo, o investimento total em uma rede de monitoramento, incluindo desde as estações até a Sala de Situação, pode ultrapassar a cifra de R$ 1 milhão. “Tem estados onde a rede vai custar mais, por necessitar mais estações. Alguns estados, por exemplo, têm 26 estações projetadas. Não existe ideal do número de estações, depende da quantidade de rios e pontos críticos”, explicou o técnico da ANA.

A inundação de rios que devastou grande parte dos estados de Alagoas e Pernambuco em 2010 motivou, entre outras ações, a criação de uma rede de monitoramento de rios e chuvas. A ANA definiu parâmetros para colocar em prática a avaliação permanente das áreas críticas nas regiões. Foram montados duas salas de Situação, em cada estado.

Segundo Eduardo Boghossian, o órgão regulador forneceu equipamentos, acompanhou a implantação dos núcleos, e treinou técnicos que são mantidos pelos governos estaduais. Ele explicou que em cada Sala de Situação trabalham, pelo menos, três profissionais: um meteorologista, um hidrólogo, que acompanha o nível dos rios, e um profissional da Defesa Civil. “Os dois primeiros olham a possibilidade de ocorrência de evento critico e, quando identificam a possibilidade de problema, acionam a Defesa Civil [estadual], que aciona o município”, disse Boghossian.

Até o final do ano, a agência espera instalar centros de monitoramento em Goiás, no Pará e no Maranhão.

Mais de R$ 400 milhões para reajuste a agentes comunitários

Ministério da Saúde reajuste em 16,3% incentivo financeiro para mais de 250 mil profissionais que atuam no Saúde da Família. Valor passa de R$ 750 para R$ 871 por mês

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O Ministério da Saúde aumentou o incentivo financeiro que repassa mensalmente aos municípios, por meio do Piso da Atenção Básica (PAB) variável, para os 250.903 Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) que atuam na estratégia Saúde da Família. O reajuste é de 16,3%, retroativo ao último mês de janeiro, e eleva o valor do incentivo de R$ 750 para R$ 871. Para garantir este benefício, o investimento do ministério será de R$ 403 milhões por ano, recursos que poderão ser ainda maiores, uma vez que a quantidade de ACSs tem sido crescente.

Os Agentes Comunitários de Saúde são profissionais vinculados às Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Eles realizam ações individuais ou coletivas de prevenção a doenças e promoção de saúde por meio de ações educativas nos domicílios e na comunidade. Com o reajuste, o financiamento anual do Ministério da Saúde para a garantia do incentivo financeiro aos Agentes Comunitários de Saúde passa de R$ 2,5 bilhões para R$ 2,9 bilhões. “Essa previsão considera o número atual de ACSs no país (referente ao mês de fevereiro). Mas, com a expansão da cobertura do Saúde da Família, esse valor poderá chegar a R$ 500 milhões até o final deste ano”, explica o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães. Segundo ele, esses recursos são para remuneração direta dos agentes e pagamento de encargos trabalhistas.
Cada Agente Comunitário de saúde é responsável pelo acompanhamento de, no máximo, 150 famílias ou 750 pessoas. O acompanhamento do trabalho destes profissionais é feito por um enfermeiro da equipe da estratégia Saúde da Família, lotado na respectiva Unidade Básica de Saúde. O agente deve ser vinculado ao município, que deverá aderir à estratégia para receber o incentivo financeiro do governo federal.  “Atualmente, quase 97% das cidades contam com a atuação destes profissionais, o que representa uma cobertura de 122.555.622 brasileiros, ou seja, mais de 64% da população. A nossa intenção é estimular, cada vez mais, a adesão dos municípios pela importância do trabalho que os Agentes Comunitários de Saúde realizam”, acrescenta Helvécio Magalhães.

Para ser um ACS, é preciso que o profissional seja morador (há pelo menos dois anos) da área onde exercerá as atividades, saber ler e escrever, ter mais de 18 anos e disponibilidade de tempo integral para exercer a função de agente comunitário. O recrutamento destes profissionais deve se dar por meio de processo seletivo promovido pela município, com o acompanhamento da secretaria estadual de saúde.

SAÚDE DA FAMÍLIA – O Saúde da Família é a principal estratégia do Ministério da Saúde para reorientar o modelo de assistência à saúde da população a partir da Atenção Básica, que é a principal e mais próxima porta de entrada do SUS, capaz de resolver até 80% dos problemas de saúde das pessoas.

As equipes multidisciplinares que atuam na estratégia são formadas por médico, enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde para o desenvolvimento de ações de diagnóstico e orientação para o tratamento de doenças, promoção da saúde, prevenção de agravos e reabilitação dos pacientes.

Atualmente, o país conta com 32.498 equipes de Saúde da Família atuando em 5.288 municípios, o que representa um percentual de 95% de cobertura pelo Saúde da Família. A execução da estratégia é compartilhada pelos estados, Distrito Federal e municípios e coordenada pelo Ministério da Saúde.

Resistência a antibióticos é desafio para medicina, diz OMS

A crescente resistência humana a antibióticos poderá fazer com que esses medicamentos não sejam mais eficazes em um futuro próximo, levando o mundo a uma era "pós-antibióticos", na qual uma simples infecção na garganta ou um arranhão podem ser fatais, diz a OMS (Organização Mundial da Saúde).

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"Uma era pós-antibióticos significa, de fato, o fim da medicina moderna como a conhecemos", diz a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.

Ao falar em um encontro de especialistas em doenças infecciosas realizado nesta semana na Dinamarca, Chan alertou para o desafio que esta nova realidade representa, especialmente para os países em desenvolvimento, que são os principais afetados por essas enfermidades.

"Muitos países estão incapacitados pela falta de infra-estrutura, incluindo laboratórios, diagnósticos, confirmação de qualidade, capacidade de regulação, monitoramento e controle sobre a obtenção e a utilização de antibióticos", diz Chan.

"Por exemplo, comprimidos contra malária são vendidos individualmente em mercados locais. Também há abundância de antibióticos falsos ou de baixa qualidade", afirma.

Uso excessivo

As declarações da diretora da OMS foram feitas em um momento em que diversos grupos americanos de especialistas em doenças infecciosas publicaram um relatório no qual pedem que autoridades de saúde e políticos em todo o mundo aumentem os esforços para melhorar o uso dos antibióticos existentes e promover a investigação de novos medicamentos.

Especialistas afirmam que a atual resistência das bactérias a antibióticos é causada principalmente pelo mau uso desses remédios e que, muitas vezes, são os próprios médicos que receitam os medicamentos excessivamente.

Segundo os autores do estudo, entre as medidas para evitar a resistência está o estabelecimento de programas que ajudem os médicos a decidir quando é necessário receitar um antibiótico e qual a melhor opção de tratamento.

sábado, 17 de março de 2012

Estudo revela que a maioria das prefeituras gasta mal o dinheiro do contribuinte

A avaliação usou os números fornecidos pelas prefeituras para a Secretaria do Tesouro Nacional.

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A forma como as prefeituras brasileiras gastam o dinheiro dos contribuintes começou a ser acompanhada por um Índice da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro.

A primeira pesquisa mostrou que a maioria dos municípios tem dificuldade pra fechar as contas.

Cabe aos municípios melhorar a vida dos brasileiros. Educação, saúde, ruas asfaltadas.

E para isso, as mais de cinco mil cidades do país juntas administram R$ 300 bilhões.

Orçamento maior do possuem países como Argentina e Chile juntos.

A avaliação usou os números fornecidos pelas prefeituras para a Secretaria do Tesouro Nacional.

As notas são o resultado de quanto cada município arrecada, como gasta, a capacidade de pagar as dívidas e de investir em melhorias.

A maioria das cidades (64%) recebeu as piores notas, ou seja, tem situação fiscal difícil ou crítica.

Apenas 2% ( 95 cidades) ganharam a nota mais alta, porque mostraram excelência na gestão dos recursos.

Um grande orçamento e milhões de habitantes não são garantias de saúde financeira. Municípios pequenos tiveram resultados melhores do que algumas das maiores cidades do país. Somente três capitais ganharam a nota mais alta.

Nas regiões Sul e Sudeste ficam 81 dos 100 municípios com as melhores notas

Já no Nordeste estão 85 dos 100 últimos colocados.

E o principal motivo para esta diferença é o gasto com a folha de pagamentos.

Ao todo, 277 das 384 prefeituras que não respeitam a lei de responsabilidade fiscal. A região Nordeste tem a maior concentração de prefeituras que não respeitam a lei de responsabilidade fiscal. Ela estipula um teto de 60% do orçamento para gastos com pessoal.

Ao todo, 98% das prefeituras dependem de repasses dos governos dos estados e de recursos federais
para pagar funcionários.

"Esse dado é grave.O estudo mostra necessidade de a sociedade acompanhar esses gastos com maior lupa, assim como os governantes levarem em consideração despesas e receitas dos municípios pra que a gente tenha uma gestão publica mais eficiente", diz Guilherme Mercês, gerente de estudos econômicos da Firjan.

Em época de chuva, aves aproveitam fartura da caatinga verde

A chuva abençoa o sertão. A caatinga fica cheia de vida. Para os botânicos, é um presente. A região oferece uma vegetação extremamente variada.

balao-na-capivara-i De volta à Serra da Capivara, vimos a chuva abençoar o sertão e a caatinga cheia de vida.

“As sementes ficam enterradas até o próximo ano. Tudo dorme. Não é que está morto. O pessoal diz que está morto, mas não está. Está dormindo”, explica a botânica Ana Maria Giulietti Harley, da UEFS.

“Chegamos com chuva! É a bênção dos botânicos”, comemora o botânico Raymond Harley.

“A chuva é como se fosse a dádiva que chega para essas plantas”, diz Ana Maria.

Os botânicos Ray e Ana Maria entendem bem do milagre. Os dois são casados, e a caatinga é a grande paixão deles.

“O que a gente chama de bioma da caatinga é um matriz de tipos de vegetação diferentes que forma esse bioma. Isso é que é mais importante. Mostra que não é uniforme como se dizia. É exatamente ao contrário. Dependendo do lugar aonde vai, dependendo da altitude, terão plantas diferentes”, explica Ana Maria. “Já chegamos a quase 5,5 mil. Isso mostra que a gente tem uma exuberância de espécies muito grande.”

Em tempo de caatinga verde, as aves do sertão aproveitam a fartura. “Cancão é uma ave interessante. Ele vive em pequenos bandinhos de até cinco indivíduos”, afirma o ornitólogo Marcos Pérsio, da UFPA.
“A dancinha que ele faz é um ritual de comunicação entre os indivíduos do grupo. É uma das aves mais comuns na caatinga, na área do sertanejo. O problema é que alguns deles gostam de ter o cancão tão perto que colocam ele na gaiola”, ressalta Marcos. “O chamado galo de campina, ou cabeça vermelha, é uma ave típica da caatinga.”

“Uma das grandes perguntas da caatinga é para onde as aves vão na época da seca. Uma dinâmica importante na caatinga é o deslocamento dessas aves das áreas que realmente ficam secas para as áreas que ficam mais úmidas no período da seca”, esclarecer o ornitólogo. “Haver vários tipos de caatinga preservados dentro de um parque é importante, porque preserva essa dinâmica, essa movimentação da fauna. A gente fala de aves, mas isso serve para os mamíferos, serve para outros grupos de animais que precisam desse deslocamento na época da seca.”
“No período de chuva, a água cai na chapada e infiltra no solo, e acha um caminho na rocha, uma falha, e desce em um olho d’água”, diz o guia ambiental João Leite, ao lado de uma rocha pela qual escorre água. “É um dos únicos pontos de água permanente no Parque Nacional Serra da Capivara.”
“A gente tem perdido algumas áreas importantes da caatinga. A questão do desmatamento, a questão das carvoarias”, lamenta o Marcos. “Na época da seca, isso aqui vira um refúgio. Os bichos vêm para cá.”

“Eu acho que o homem das cavernas era mais feliz. Era um homem que vivia de acordo com a natureza. O homem atual tenta dominar a natureza. Mas ele não vai conseguir dominar a natureza. Isso vai custar bem caro”, reflete a arqueóloga Niéde Guidon.

“Eu sempre digo que a gente tem que sair da pré-história para o futuro. A ciência tem que ser capaz de transformar esse lugar e utilizar as suas plantas, os venenos de seus animais em biotecnologia. E isso tem que gerar desenvolvimento para essa região, e um desenvolvimento que preserve a caatinga, porque ela vale muito mais em pé do que vale em um forno de carvão”, conclui a bióloga Márcia Chame.