segunda-feira, 19 de março de 2012

Governo autoriza reajustes de até 5,85% nos preços dos medicamentos

Medicamentos com preços controlados pelo governo deverão sofrer reajuste a partir do dia 31 de março

generico05.143502

Uma resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) publicada nesta segunda-geira (19) no Diário Oficial da União autoriza reajustes de até 5,85% no preço dos remédios vendidos em todo o País.

Em 2011: No ano passado, remédios subiram até 6,01%

As alterações podem ser feitas a partir do próximo dia 31 e devem ter como referência o chamado preço fabricante (limite usado por laboratórios ou distribuidores de medicamentos para venda no mercado brasileiro) cobrado em 31 de março de 2011. Até a data limite para a entrada em vigor do reajuste, as empresas produtoras de medicamentos deverão apresentar à Cmed o relatório de comercialização com os preços que pretendem cobrar após a aplicação da correção.

De acordo com a resolução, a categoria de remédios em que o faturamento com a venda de genéricos seja igual ou superior a 20% pode sofrer reajuste de até 5,85%. Já a categoria de remédios com faturamento de genéricos entre 15% e 19% tem reajuste autorizado de até 2,8%.

O reajuste de até 5,85% tem como base a variação, nos últimos 12 meses, do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

domingo, 18 de março de 2012

Novo cartão de crédito promete parcelamento em até 200 vezes

cartao-de-credito

Com a promessa de revolucionar o mercado, empresa brasileira Shopcards vai oferecer vantagens como parcelar o sonho da casa própria em até 200 vezes com taxas de juros parecidas com as praticadas pelo mercado, informa o Portal HD . Em tese, embora permita o parcelamento em quase 17 anos, por ser um cartão de crédito como qualquer outro, poderá financiar honorários de advocacia também.

O pagamento de honorários com cartão de crédito já foi objeto de análise da Comissão de Ética e Disciplina do Conselho Federal da OAB, que em agosto de 2010, que decidiu que não se tratava de infração ético-disciplinar. Na ocasião, a controvérsia decorreu da previsão constante da Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia) e do Código de Ética, de que o exercício da advocacia não pode ser mercantilizado. A comissão firmou entendimento de que receber honorários por meio de cartão de crédito não é mercantilizar a profissão, apenas aceitar uma forma moderna de recebimento de honorários advocatícios, uma vez que o cheque no formato papel é algo praticamente em extinção.

O Judiciário também pretende aceitar cartões de crédito ou débito para o pagamento de dívidas trabalhistas. O compromisso formal que faltava para que a medida fosse concretizada foi firmada, em fevereiro deste ano, no Conselho Nacional de Justiça. Representantes do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do Judiciário, como a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon e o corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Antônio José de Barros Levenhagen, assinaram um termo de cooperação técnica que permitirá o uso do sistema. Com o uso de cartões, a quitação poderá ser imediata, se efetuada via débito automático, ou em 30 dias, no caso de crédito.

Uma vez pagos no cartão de crédito, a dívida trabalhista e os honorários advocatícios passam a ser uma despesa comum na fatura do cartão, estando sujeita a todas as operações que eles oferecem, inclusive, a de parcelamento da fatura. Desta forma, pode-se concluir que uma dívida trabalhista paga com cartão, poderá, posteriormente, ser parcelada junto à operadora do cartão na quantidade máxima de parcelas permitida por ela.

Além do parcelamento em até 200 vezes, o Shopcards irá oferecerr outros diferenciais como anuidade gratuita do cartão de crédito, máquinas de cobrança gratuitas (o custo médio é de R$ 150) e transação feita pelo computador e também por celular.

A empresa foca também em nichos pouco explorados pelos cartões, como atendimentos médicos e odontológicos, estacionamentos e serviços de táxi. A ideia é que o paciente possa parcelar um tratamento mais caro e pagá-lo utilizando o computador do médico, dentro do consultório.

A expectativa é atingir 600 mil clientes até julho deste ano. O Shopping D&D, localizado em São Paulo e focado em arquitetura, decoração e design, é uma das empresas que utilizarão o sistema da Shopcards.

A fórmula adotada pela Shopcards é a redução dos juros para aumentar o consumo dentro de um prazo maior oferecido ao cliente, informa o sócio e vice-presidente da empresa, Marcello Gimenez. "Hoje, as classes C, D e E estão tendo acesso a um crédito que antes não tinham. Se eu consigo dar acesso ao consumo oferecendo parcelas de valores menores, o consumidor passa a querer comprar mais", explicou.

A estratégia segue o modelo de comércio praticado nos Estados Unidos, onde, segundo Gimenez, é mais comum realizar as compras em longo prazo.

De fato, o brasileiro tem se demonstrado mais favorável ao uso do crédito. Em 2011, o número de cartões em operação saltou de 41,5 milhões, em 2002, para 173,2 milhões, de acordo com a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços). Nesse mesmo intervalo, o setor de cartão de crédito faturou cerca de R$ 386 bilhões, volume muito superior aos R$ 68,5 bilhões registrados em 2002.

O modelo da empresa teve investimento de mais de R$ 10 milhões nos cinco anos de desenvolvimento do negócio, sendo que cerca de R$ 2 milhões foram aplicados na plataforma de tecnologia, também importada dos EUA.

ANA leva salas de Situação a mais sete estados para monitorar rios e chuvas

14_fevereiro ana

Brasília – A Agência Nacional de Águas (ANA) decidiu instalar em mais sete estados salas de Situação, centros destinados ao monitoramento de rios e ao acompanhamento do volume de chuvas. O Acre, a Paraíba, o Piauí, Roraima e Sergipe já receberam os kits para esses centros, que incluem projetores, televisores, telefones celulares, computadores e impressora. A Bahia e o Rio Grande do Norte ainda estão aguardando os equipamentos. A previsão é que, até o final de abril, todas as sete novas salas de situação estejam em funcionamento. A ideia é avaliar com antecedência as regiões em que podem ocorrer cheias ou secas, evitando perdas humanas e prejuízos econômicos.

“Fizemos um trabalho, com os estados, de levantamento de áreas críticas em função das últimas ocorrências no Nordeste, e essa região foi priorizada. Então estamos 'fechando' o Nordeste e alguns estados do Norte, além de Santa Catarina”, explicou Eduardo Boghossian, engenheiro da ANA.

Por enquanto, as novas instalações vão trabalhar com informações transmitidas pelas 400 estações telemétricas que já estão em funcionamento, distribuídas em todo o território nacional. A partir do ano que vem, mais 184 novas estações que foram definidas como prioritárias pelos estados passam a compor a rede de monitoramento.

“Trabalhamos com dois tipos de estações: as que transmitem através de sinal de celular, que podem transmitir de 15 em 15 minutos ou até de hora em hora, e as estações via satélite, que transmitem de hora em hora. Todas as informações chegam, em segundos, às salas de Situação”, garantiu Boghossian. Os dados também são disponibilizados na página da ANA na internet.

O investimento para instalação de uma estação via satélite chega a R$ 35 mil, enquanto a estação via celular custa em torno de R$ 15 mil. O problema é que nem todas as regiões são abrangidas pelo sinal das antenas de celulares. Em algumas áreas rurais, por exemplo, as informações só podem ser transmitidas por satélites. Com esse custo, o investimento total em uma rede de monitoramento, incluindo desde as estações até a Sala de Situação, pode ultrapassar a cifra de R$ 1 milhão. “Tem estados onde a rede vai custar mais, por necessitar mais estações. Alguns estados, por exemplo, têm 26 estações projetadas. Não existe ideal do número de estações, depende da quantidade de rios e pontos críticos”, explicou o técnico da ANA.

A inundação de rios que devastou grande parte dos estados de Alagoas e Pernambuco em 2010 motivou, entre outras ações, a criação de uma rede de monitoramento de rios e chuvas. A ANA definiu parâmetros para colocar em prática a avaliação permanente das áreas críticas nas regiões. Foram montados duas salas de Situação, em cada estado.

Segundo Eduardo Boghossian, o órgão regulador forneceu equipamentos, acompanhou a implantação dos núcleos, e treinou técnicos que são mantidos pelos governos estaduais. Ele explicou que em cada Sala de Situação trabalham, pelo menos, três profissionais: um meteorologista, um hidrólogo, que acompanha o nível dos rios, e um profissional da Defesa Civil. “Os dois primeiros olham a possibilidade de ocorrência de evento critico e, quando identificam a possibilidade de problema, acionam a Defesa Civil [estadual], que aciona o município”, disse Boghossian.

Até o final do ano, a agência espera instalar centros de monitoramento em Goiás, no Pará e no Maranhão.

Mais de R$ 400 milhões para reajuste a agentes comunitários

Ministério da Saúde reajuste em 16,3% incentivo financeiro para mais de 250 mil profissionais que atuam no Saúde da Família. Valor passa de R$ 750 para R$ 871 por mês

AGENTE DE SAUDE

O Ministério da Saúde aumentou o incentivo financeiro que repassa mensalmente aos municípios, por meio do Piso da Atenção Básica (PAB) variável, para os 250.903 Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) que atuam na estratégia Saúde da Família. O reajuste é de 16,3%, retroativo ao último mês de janeiro, e eleva o valor do incentivo de R$ 750 para R$ 871. Para garantir este benefício, o investimento do ministério será de R$ 403 milhões por ano, recursos que poderão ser ainda maiores, uma vez que a quantidade de ACSs tem sido crescente.

Os Agentes Comunitários de Saúde são profissionais vinculados às Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Eles realizam ações individuais ou coletivas de prevenção a doenças e promoção de saúde por meio de ações educativas nos domicílios e na comunidade. Com o reajuste, o financiamento anual do Ministério da Saúde para a garantia do incentivo financeiro aos Agentes Comunitários de Saúde passa de R$ 2,5 bilhões para R$ 2,9 bilhões. “Essa previsão considera o número atual de ACSs no país (referente ao mês de fevereiro). Mas, com a expansão da cobertura do Saúde da Família, esse valor poderá chegar a R$ 500 milhões até o final deste ano”, explica o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães. Segundo ele, esses recursos são para remuneração direta dos agentes e pagamento de encargos trabalhistas.
Cada Agente Comunitário de saúde é responsável pelo acompanhamento de, no máximo, 150 famílias ou 750 pessoas. O acompanhamento do trabalho destes profissionais é feito por um enfermeiro da equipe da estratégia Saúde da Família, lotado na respectiva Unidade Básica de Saúde. O agente deve ser vinculado ao município, que deverá aderir à estratégia para receber o incentivo financeiro do governo federal.  “Atualmente, quase 97% das cidades contam com a atuação destes profissionais, o que representa uma cobertura de 122.555.622 brasileiros, ou seja, mais de 64% da população. A nossa intenção é estimular, cada vez mais, a adesão dos municípios pela importância do trabalho que os Agentes Comunitários de Saúde realizam”, acrescenta Helvécio Magalhães.

Para ser um ACS, é preciso que o profissional seja morador (há pelo menos dois anos) da área onde exercerá as atividades, saber ler e escrever, ter mais de 18 anos e disponibilidade de tempo integral para exercer a função de agente comunitário. O recrutamento destes profissionais deve se dar por meio de processo seletivo promovido pela município, com o acompanhamento da secretaria estadual de saúde.

SAÚDE DA FAMÍLIA – O Saúde da Família é a principal estratégia do Ministério da Saúde para reorientar o modelo de assistência à saúde da população a partir da Atenção Básica, que é a principal e mais próxima porta de entrada do SUS, capaz de resolver até 80% dos problemas de saúde das pessoas.

As equipes multidisciplinares que atuam na estratégia são formadas por médico, enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde para o desenvolvimento de ações de diagnóstico e orientação para o tratamento de doenças, promoção da saúde, prevenção de agravos e reabilitação dos pacientes.

Atualmente, o país conta com 32.498 equipes de Saúde da Família atuando em 5.288 municípios, o que representa um percentual de 95% de cobertura pelo Saúde da Família. A execução da estratégia é compartilhada pelos estados, Distrito Federal e municípios e coordenada pelo Ministério da Saúde.

Resistência a antibióticos é desafio para medicina, diz OMS

A crescente resistência humana a antibióticos poderá fazer com que esses medicamentos não sejam mais eficazes em um futuro próximo, levando o mundo a uma era "pós-antibióticos", na qual uma simples infecção na garganta ou um arranhão podem ser fatais, diz a OMS (Organização Mundial da Saúde).

120316203009_antibioticos_304x171_bbc

"Uma era pós-antibióticos significa, de fato, o fim da medicina moderna como a conhecemos", diz a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.

Ao falar em um encontro de especialistas em doenças infecciosas realizado nesta semana na Dinamarca, Chan alertou para o desafio que esta nova realidade representa, especialmente para os países em desenvolvimento, que são os principais afetados por essas enfermidades.

"Muitos países estão incapacitados pela falta de infra-estrutura, incluindo laboratórios, diagnósticos, confirmação de qualidade, capacidade de regulação, monitoramento e controle sobre a obtenção e a utilização de antibióticos", diz Chan.

"Por exemplo, comprimidos contra malária são vendidos individualmente em mercados locais. Também há abundância de antibióticos falsos ou de baixa qualidade", afirma.

Uso excessivo

As declarações da diretora da OMS foram feitas em um momento em que diversos grupos americanos de especialistas em doenças infecciosas publicaram um relatório no qual pedem que autoridades de saúde e políticos em todo o mundo aumentem os esforços para melhorar o uso dos antibióticos existentes e promover a investigação de novos medicamentos.

Especialistas afirmam que a atual resistência das bactérias a antibióticos é causada principalmente pelo mau uso desses remédios e que, muitas vezes, são os próprios médicos que receitam os medicamentos excessivamente.

Segundo os autores do estudo, entre as medidas para evitar a resistência está o estabelecimento de programas que ajudem os médicos a decidir quando é necessário receitar um antibiótico e qual a melhor opção de tratamento.

sábado, 17 de março de 2012

Estudo revela que a maioria das prefeituras gasta mal o dinheiro do contribuinte

A avaliação usou os números fornecidos pelas prefeituras para a Secretaria do Tesouro Nacional.

logoolhovivo090608

A forma como as prefeituras brasileiras gastam o dinheiro dos contribuintes começou a ser acompanhada por um Índice da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro.

A primeira pesquisa mostrou que a maioria dos municípios tem dificuldade pra fechar as contas.

Cabe aos municípios melhorar a vida dos brasileiros. Educação, saúde, ruas asfaltadas.

E para isso, as mais de cinco mil cidades do país juntas administram R$ 300 bilhões.

Orçamento maior do possuem países como Argentina e Chile juntos.

A avaliação usou os números fornecidos pelas prefeituras para a Secretaria do Tesouro Nacional.

As notas são o resultado de quanto cada município arrecada, como gasta, a capacidade de pagar as dívidas e de investir em melhorias.

A maioria das cidades (64%) recebeu as piores notas, ou seja, tem situação fiscal difícil ou crítica.

Apenas 2% ( 95 cidades) ganharam a nota mais alta, porque mostraram excelência na gestão dos recursos.

Um grande orçamento e milhões de habitantes não são garantias de saúde financeira. Municípios pequenos tiveram resultados melhores do que algumas das maiores cidades do país. Somente três capitais ganharam a nota mais alta.

Nas regiões Sul e Sudeste ficam 81 dos 100 municípios com as melhores notas

Já no Nordeste estão 85 dos 100 últimos colocados.

E o principal motivo para esta diferença é o gasto com a folha de pagamentos.

Ao todo, 277 das 384 prefeituras que não respeitam a lei de responsabilidade fiscal. A região Nordeste tem a maior concentração de prefeituras que não respeitam a lei de responsabilidade fiscal. Ela estipula um teto de 60% do orçamento para gastos com pessoal.

Ao todo, 98% das prefeituras dependem de repasses dos governos dos estados e de recursos federais
para pagar funcionários.

"Esse dado é grave.O estudo mostra necessidade de a sociedade acompanhar esses gastos com maior lupa, assim como os governantes levarem em consideração despesas e receitas dos municípios pra que a gente tenha uma gestão publica mais eficiente", diz Guilherme Mercês, gerente de estudos econômicos da Firjan.

Em época de chuva, aves aproveitam fartura da caatinga verde

A chuva abençoa o sertão. A caatinga fica cheia de vida. Para os botânicos, é um presente. A região oferece uma vegetação extremamente variada.

balao-na-capivara-i De volta à Serra da Capivara, vimos a chuva abençoar o sertão e a caatinga cheia de vida.

“As sementes ficam enterradas até o próximo ano. Tudo dorme. Não é que está morto. O pessoal diz que está morto, mas não está. Está dormindo”, explica a botânica Ana Maria Giulietti Harley, da UEFS.

“Chegamos com chuva! É a bênção dos botânicos”, comemora o botânico Raymond Harley.

“A chuva é como se fosse a dádiva que chega para essas plantas”, diz Ana Maria.

Os botânicos Ray e Ana Maria entendem bem do milagre. Os dois são casados, e a caatinga é a grande paixão deles.

“O que a gente chama de bioma da caatinga é um matriz de tipos de vegetação diferentes que forma esse bioma. Isso é que é mais importante. Mostra que não é uniforme como se dizia. É exatamente ao contrário. Dependendo do lugar aonde vai, dependendo da altitude, terão plantas diferentes”, explica Ana Maria. “Já chegamos a quase 5,5 mil. Isso mostra que a gente tem uma exuberância de espécies muito grande.”

Em tempo de caatinga verde, as aves do sertão aproveitam a fartura. “Cancão é uma ave interessante. Ele vive em pequenos bandinhos de até cinco indivíduos”, afirma o ornitólogo Marcos Pérsio, da UFPA.
“A dancinha que ele faz é um ritual de comunicação entre os indivíduos do grupo. É uma das aves mais comuns na caatinga, na área do sertanejo. O problema é que alguns deles gostam de ter o cancão tão perto que colocam ele na gaiola”, ressalta Marcos. “O chamado galo de campina, ou cabeça vermelha, é uma ave típica da caatinga.”

“Uma das grandes perguntas da caatinga é para onde as aves vão na época da seca. Uma dinâmica importante na caatinga é o deslocamento dessas aves das áreas que realmente ficam secas para as áreas que ficam mais úmidas no período da seca”, esclarecer o ornitólogo. “Haver vários tipos de caatinga preservados dentro de um parque é importante, porque preserva essa dinâmica, essa movimentação da fauna. A gente fala de aves, mas isso serve para os mamíferos, serve para outros grupos de animais que precisam desse deslocamento na época da seca.”
“No período de chuva, a água cai na chapada e infiltra no solo, e acha um caminho na rocha, uma falha, e desce em um olho d’água”, diz o guia ambiental João Leite, ao lado de uma rocha pela qual escorre água. “É um dos únicos pontos de água permanente no Parque Nacional Serra da Capivara.”
“A gente tem perdido algumas áreas importantes da caatinga. A questão do desmatamento, a questão das carvoarias”, lamenta o Marcos. “Na época da seca, isso aqui vira um refúgio. Os bichos vêm para cá.”

“Eu acho que o homem das cavernas era mais feliz. Era um homem que vivia de acordo com a natureza. O homem atual tenta dominar a natureza. Mas ele não vai conseguir dominar a natureza. Isso vai custar bem caro”, reflete a arqueóloga Niéde Guidon.

“Eu sempre digo que a gente tem que sair da pré-história para o futuro. A ciência tem que ser capaz de transformar esse lugar e utilizar as suas plantas, os venenos de seus animais em biotecnologia. E isso tem que gerar desenvolvimento para essa região, e um desenvolvimento que preserve a caatinga, porque ela vale muito mais em pé do que vale em um forno de carvão”, conclui a bióloga Márcia Chame.

5 razões para não tomar refrigerante

refrigerante

Mesmo que você não saiba por que, com certeza sabe que refrigerante não faz bem. Desprovido de qualquer valor nutricional, essa água açucarada engorda, leva à obesidade e diabetes, além de outros vários males que não recebem muita atenção nas discussões de saúde, mas que listamos aqui na esperança de lhe recrutar para o lado do suco natural, chá e outras bebidas mais saudáveis. Confira:

1 – ENVELHECIMENTO ACELERADO

Normal, diet, light ou zero, todos os refrigerantes de cola contêm fosfato, ou ácido fosfórico, um ácido que dá ao refri seu sabor típico e aumenta seu tempo de prateleira. Embora ele exista em muitos alimentos integrais, tais como carne, leite e nozes, ácido fosfórico em excesso pode levar a problemas cardíacos e renais, perda muscular e osteoporose, e um estudo sugere que poderia até provocar envelhecimento acelerado.

O estudo, publicado em 2010, descobriu que os níveis de fosfato encontrados em refrigerantes fizeram com que ratos de laboratório morressem cinco semanas mais cedo do que os ratos cujas dietas tinham níveis normais de fosfato. Pior ainda é a tendência preocupante dos fabricantes de refrigerantes de aumentar os níveis de ácido fosfórico em seus produtos ao longo das últimas décadas.

2 – PODE CAUSAR CÂNCER

Em 2011, a instituição sem fins lucrativos Centro de Ciência para o Interesse Público solicitou à Administração de Alimentos e Drogas americana para proibir o corante artificial caramelo usado para fazer Coca-Cola, Pepsi e outros refrigerantes marrons. O motivo: dois contaminantes na coloração, 2-metilimidazole e 4-metilimidazol, que já causaram câncer em animais. De acordo com uma lista proposta na Califórnia de 65 de produtos químicos conhecidos por causar câncer, apenas 16 microgramas por pessoa por dia de 4-metilimidazol é o suficiente para representar uma ameaça de câncer. Qualquer refrigerante (normal, diet, zero) contêm 200 microgramas por 570 ml.

3 – DENTES PODRES E PROBLEMAS NEUROLÓGICOS

Nos EUA, dentistas até deram o nome de um refrigerante (boca “Mountain Dew”) para uma condição que eles veem em um monte de crianças que o bebem demais. Elas acabam com a boca cheia de cáries causadas por níveis de açúcar em excesso.

Além disso, um ingrediente chamado óleo vegetal bromado, ou BVO, adicionado para evitar que o aroma separe-se da bebida, é um produto químico industrial usado como retardador de chamas em plásticos. Também encontrado em outros refrigerantes e bebidas esportivas baseados em citros, o produto químico tem sido conhecido por causar distúrbios de memória e perda nervosa quando consumido em grandes quantidades. Os pesquisadores também suspeitam que o produto químico se acumula na gordura do corpo, podendo causar problemas de comportamento, infertilidade e lesões nos músculos do coração ao longo do tempo.

4 – LATAS TÓXICAS

Não é apenas o refrigerante que causa problemas. Quase todas as latas de alumínio de refrigerante são revestidas com uma resina chamada bisfenol A (BPA), usada para impedir os ácidos do refrigerante de reagir com o metal. BPA é conhecida por interferir com os hormônios e tem sido associada a tudo, de infertilidade a obesidade a algumas formas de câncer. E, enquanto a Pepsi e a Coca-Cola estão atualmente envolvidas em uma batalha para ver qual empresa pode ser a primeira a desenvolver uma garrafa de plástico 100% baseada em plantas que elas estão divulgando como “sem BPA”, nenhuma a empresa está disposta a retirar a substância das latas de alumínio.

5 – POLUIÇÃO DA ÁGUA

Os adoçantes artificiais utilizados em refrigerantes diet não quebram em nossos corpos, e nem o tratamento de águas residuais consegue separá-los los antes que entrem nos cursos de água. Em 2009, cientistas suíços testaram amostras de água tratada, rios e lagos na Suíça e detectaram níveis de acessulfame K, sucralose e sacarina em todos, substâncias usadas em refrigerantes diet. Um teste recente em abastecimentos de água municipal nos EUA também revelou a presença de sucralose em todos os 19 estudados. Não está claro ainda o que esses níveis encontrados podem fazer com as pessoas, mas pesquisas anteriores concluíram que a sucralose em rios e lagos interfere com os hábitos de alimentação de alguns organismos.[MSN]

BÔNUS

Há indicações de que refrigerantes de cola podem prejudicar o esperma e até causar paralisia muscular. Além de potencialmente causarem tantos problemas, podem ser viciantes.

Descuido ou desrespeito ao meio ambiente? Chevron será multada por segundo vazamento de petróleo no Brasil

18112011_vazamento_de_oleo_007

A empresa de petróleo americana Chevron suspendeu temporariamente as operações de produção no Brasil após um novo vazamento ser descoberto. A empresa diz que tomou a medida como uma precaução.

Foi detectada uma “pequena nova infiltração” de petróleo no fundo do mar na Bacia dos Campos, perto de um poço no Campo de Frade, onde ocorreu um grande vazamento em 2011.

O Campo de Frade é o maior campo de petróleo estrangeiro do Brasil, e produz cerca de 60.000 barris de petróleo por dia.

Em novembro de 2011, até 3.000 barris de petróleo foram derramados do poço, que fica cerca de 370 quilômetros ao largo do Rio de Janeiro.

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) brasileira, que regula o petróleo no Brasil, disse que ainda não está claro quão grande o vazamento mais recente foi, mas que o petróleo parece estar vindo de rachaduras no fundo do oceano próximo ao poço, ao invés do próprio poço.

A Chevron já está enfrentando uma multa de quase 200 milhões de reais pelo vazamento de novembro, e a ANP diz que vai impor uma nova multa pela empresa não ter evitado este último vazamento.

A companhia confirmou o vazamento em um comunicado, e disse que está trabalhando para recolher todo o petróleo bruto que escorreu para o oceano. Os executivos da empresa dizem que não há evidência de que vazamento foi causado por nova perfuração.

Fonte: BBC

27 casos suspeitos de superbactéria no Ceará

Dois destes pacientes morreram. Promotora da Defesa da Saúde Pública solicita esclarecimentos

4d7797838f91c461891731b8fd2eb63c O Ceará tem 27 casos de pessoas com suspeita de estar com a bactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC), conhecida como superbactéria, afirma a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Dois destes pacientes estavam no Instituto do Câncer do Ceará (ICC), onde vieram a falecer. Este número pode ser ainda maior, pois, de acordo com a assessoria de imprensa do ICC, os hospitais não são obrigados a registrar os casos na Sesa.
Segundo o instituto, além das 27 ocorrências confirmadas pela Sesa, ainda há cinco pessoas à espera do resultado de exame para saber se estão com a KPC.
O ICC ainda declara que o estado de saúde dos pacientes é estável, não correm risco de morrer e continuam em área de isolamento. Esta foi a primeira vez em que casos da doença aconteceram na unidade hospitalar. Nenhuma outra pessoa apresentou sintomas da superbactéria.

Explicações

A promotora da Justiça da Defesa da Saúde Pública, Isabel Porto, fez, ontem, um requerimento ao ICC e à Sesa pedindo a restauração do atendimento que foi prestado aos pacientes que morreram no Instituto. "Quero que eles informem o que ocorreu e quais medidas foram tomadas. Depois, iremos verificar os óbitos, para saber se houve algum erro. A apuração dependerá da resposta que recebermos", cometa Isabel Porto.
A assessoria do ICC declara que não recebeu o requerimento oficialmente e que se pronunciariam a respeito depois da notificação oficial.
O hospital ainda informa que os pacientes que estão em tratamento na entidade não precisam abandoná-lo, pois o instituto garante o monitoramento da situação e que não existe motivo para pânico.
Apesar do nome e do fato de o mal ser conhecido como "superbactéria", o ICC explica que todos os seres humanos carregam consigo este micro-organismo. Porém, ele passa a fazer mal às pessoas quando elas se encontram debilitadas, que é o que ocorre com quem faz tratamento contra o câncer.
O instituto também informa que a superbactéria pode se alojar no pulmão, no sistema urinário e sanguíneo, por isso, os sintomas podem se apresentar de diversas formas.

Cuidados

Devido às duas mortes que foram divulgadas nesta semana, a Sesa divulgou, no fim da tarde de ontem, uma nota técnica sobre os cuidados contra o desenvolvimento da KPC.
No comunicado, a Sesa esclarece que a superbactéria pode passar de uma pessoa para outra através de contato físico e afirma que, se houver suspeita da doença, é necessário haver o isolamento, como o ICC fez com os seus pacientes.
A secretaria ainda solicita que as unidades hospitalares que tiverem suspeitas de casos de super bactérias notifiquem ao Comitê Estadual de Controle de Infecção em Serviços de Saúde (CECISS).
Nesta notificação, deve conter uma apresentação geral do paciente e a identificação do sítio de infecção, além de material microbiológico, antibiograma, método utilizado, data em que o exame foi realizado, local onde o exame foi processado e evolução do paciente.