O
Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) instaurou o Inquérito Civil
Público nº 04.23.2001.0000183/2025-29 para apurar possíveis irregularidades
na contratação emergencial firmada pela Prefeitura de Lagoa Nova, referente ao Processo
Administrativo nº 682/2025.
A
investigação teve início a partir de um ofício da Presidência da Câmara
Municipal de Lagoa Nova (nº 119/2025 – GAB/PRES-CMLN), que encaminhou
representação formal ao órgão ministerial. Os documentos anexados indicam
suspeitas graves, como:
- Utilização de certidão
estadual falsificada na fase de habilitação;
- Não anulação do contrato mesmo
após o reconhecimento da fraude;
- Continuidade da execução dos
serviços sem nova licitação;
- Ausência de
responsabilização de agentes públicos e falta de medidas corretivas.
Segundo a
portaria, esses indícios foram confirmados em análise preliminar e justificam a
continuidade das investigações.
Diligências determinadas
O MPRN,
por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Currais Novos, determinou a adoção das
seguintes medidas:
- Ofício à Secretaria de Estado da Tributação e à Procuradoria Geral do Estado para verificar a autenticidade da Certidão Conjunta Negativa de Débitos nº 9784631, emitida em nome da empresa Plano A Serviços LTDA (CNPJ 23.249.596/0001-63). Em caso de falsidade, será solicitado o detalhamento das providências adotadas.
- Ofício ao Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN), com cópia da representação e documentos, para avaliar a realização de auditoria especial e apurar eventual ato de improbidade administrativa.
- Ofício à Prefeitura de Lagoa
Nova
solicitando, no prazo de 15 dias, informações e cópias de todo o processo
administrativo sancionador que possa levar à declaração de inidoneidade da
empresa, conforme a Lei nº 14.133/2021 (Nova Lei de Licitações).
O MPRN
também determinou a publicação da portaria no Diário Oficial e a afixação no
local de costume, dando transparência ao processo.
Para mais informações,acesse o link e faça o download da portaria
Próximos passos
Com a instauração do inquérito, o Ministério Público seguirá coletando provas e analisando documentos para verificar a ocorrência de ilegalidades. Caso confirmadas, as conclusões poderão resultar em ações civis públicas, responsabilização de gestores e aplicação de sanções previstas em lei.
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