sexta-feira, 11 de julho de 2025

1º Seminário Estadual dos Povos e Comunidades Tradicionais é realizado no Idema

A programação promoveu um amplo diálogo intersetorial e valorizou os saberes ancestrais, com foco na justiça socioambiental e no reconhecimento da pluralidade cultural do RN.
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) sediou, nesta sexta-feira (11), o 1º Seminário Estadual dos Povos e Comunidades Tradicionais. O evento aconteceu no Auditório Geólogo José Gilson Vilaça, na sede do órgão ambiental, em Natal, reunindo representantes de comunidades tradicionais de diversas regiões do estado, gestores públicos, pesquisadores e parceiros institucionais. Os debates giraram em torno de políticas públicas, desafios e perspectivas para a proteção dos modos de vida e dos territórios tradicionais.

Com o tema Vozes Potiguares, o seminário contou com painéis temáticos, apresentação da Plataforma de Territórios Tradicionais e discussões sobre a criação do Comitê Estadual Intersetorial de Desenvolvimento Sustentável para Povos e Comunidades Tradicionais (CESPCT). A programação incentivou a escuta ativa, o diálogo intersetorial e a valorização dos saberes ancestrais, com foco na justiça socioambiental e na valorização da diversidade cultural potiguar.

O evento foi realizado por meio de parceria entre o Idema, a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ), a Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (SEMJIDH) e o Governo do Estado, com apoio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e do Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT).

Ao longo do dia, quatro painéis nortearam os debates: Política Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais: desafios e perspectivas; Plataforma de Territórios Tradicionais e Projeto Territórios Vivos; Desafios na Permanência e Preservação de Territórios no RN; Formação do Comitê Intersetorial Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais.

No período da tarde, as atividades seguiram com novos diálogos e encaminhamentos. Entre as propostas debatidas, destacaram-se a necessidade de ampliar a representação dos povos e comunidades tradicionais nos espaços de decisão, o fortalecimento de políticas públicas específicas para a permanência nos territórios e a consolidação de instrumentos que garantam a proteção dos modos de vida tradicionais.

Para os participantes, o evento marcou um passo importante na luta por reconhecimento e direitos. “O seminário não termina aqui. Ele planta sementes para que continuemos mobilizados, atentos e atuantes, fortalecendo redes de apoio e cobrando a efetivação das propostas discutidas neste encontro”, resumiu uma das lideranças presentes.

O Idema, juntamente com as demais instituições parceiras, seguirá acompanhando os desdobramentos do evento, reafirmando o compromisso com a inclusão, o respeito e a valorização dos povos e comunidades tradicionais do Rio Grande do Norte.

O segundo painel foi conduzido pela representante da GIZ, assessora de projeto Territórios Vivos, Ariane Santiago, que tratou da Plataforma de Territórios Tradicionais, uma ferramenta participativa para defesa direitos de Povos e Comunidades Tradicionais. O momento contou com a participação de Allyne Macedo, do Ministério Público Federal.

Já o painel sobre os “Desafios na Permanência e Preservação de Territórios no RN” foi mediado por Taciana Tapuia Paiaku, da comunidade indígena Tapuia, no Seridó Potiguar.

Ao final das discussões, foram escolhidos 17 representantes e seus respectivos suplentes para compor o Comitê Intersetorial de Desenvolvimento Sustentável para Povos e Comunidades Tradicionais do RN. 

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