quarta-feira, 10 de abril de 2019

Cem dias de Fátima: a lua de mel termina e inicia a realidade com orçamento apertado e alto risco de divórcio com o povo

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O principal diferencial e, porque não, avanço na gestão da governadora Fátima Bezerra (PT) nestes 100 primeiros dias de gestão foi a disposição ao diálogo. Ela negocia constantemente com os servidores e constrói a cada mês um calendário de pagamento com os representantes das categorias. Ela também tem conversado com a classe empresarial para construir a revisão do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial (PROAD). Conversa não falta com os poderes também. Esse é o ponto inegavelmente positivo dos primeiros cem dias de Fátima. No restante, temos algumas falácias. Duas delas são difíceis de engolir: 1) salários em dia; 2) puxar para si os méritos pela redução nos índices de violência. A primeira não cola porque existem quatro folhas em aberto. A segunda não pega porque já havia uma tendência de queda nas taxas de criminalidade antes de Fátima assumir o mandato. A governadora ainda não sinalizou enviar ao legislativo medidas efetivas para resolver a crise fiscal do Rio Grande do Norte. Prefere ficar em compasso de espera por causa da promessa do Governo Federal de fazer um plano de recuperação dos Estados. Enquanto isso o rombo no orçamento segue em crescimento mês a mês. O que Fátima fez até aqui foi cortar quase R$ 1 bilhão no orçamento, mas a promessa de poupar saúde, educação e segurança não foi cumprida. Em nível de política ela começou atrapalhada em relação ao diálogo com o Governo Federal, mas há avanços neste comportamento com a realização de reuniões com ministros. Na Assembleia Legislativa, Fátima não tem maioria formada. Ela fica a reboque do presidente da mesa diretora Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), quem de fato controla a casa. Cem dias é uma data simbólica. A partir de agora a oposição começa a elevar o tom nas críticas e com o fim da lua de mel entre governante e eleitor começa a lidar com a realidade, no caso do RN, de um casamento com orçamento apertado. Fátima sentirá na pele o aumento das dificuldades e o risco de divórcio com o eleitor potiguar. Não existe margem para erros.

Via blog do Barreto

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