Pelo menos
dois pedidos de investigação já foram protocolados na Procuradoria-Geral
Eleitoral

O Ministério
Público Eleitoral (MPE) vai apurar a suspeita de que empresas privadas estejam
fazendo doações ilegais para a campanha do candidato à Presidência da República Jair
Bolsonaro (PSL).
Pelo menos
dois pedidos de investigação já foram protocolados nesta quinta-feira, 18, na
Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE). A expectativa é que outras representações
sejam apresentadas diretamente ao Tribunal Superior Eleitoral(TSE).
De acordo
com reportagem publicada nesta quinta-feira, 18, pelo jornal Folha de S.Paulo,
empresas que apoiam Jair Bolsonaro estariam pagando pelo serviço de disparo de
mensagens pelo WhatsApp a fim de favorecer Bolsonaro.
Procurado
para comentar a denúncia publicada pelo jornal, o vice-procurador eleitoral,
Humberto Jacques de Medeiros informou, por meio da assessoria do MPE, que não
concederá entrevistas pois o órgão não pode antecipar qualquer posicionamento
sobre casos em análise.
A reportagem
diz ter apurado que alguns contratos podem chegar a R$ 12 milhões. A prática,
como lembra o jornal, é ilegal, pois, se confirmada, trata-se de doação de
campanha, o que é vedado por lei, assim como o financiamento empresarial.
Ainda
segundo o jornal, as empresas de marketing digital se valem da utilização de
números no exterior para enviar centenas de milhões de mensagens, burlando as
restrições que o WhatsApp impõe a usuários brasileiros. As atividades envolvem
o uso de cadastros vendidos de forma irregular. A legislação eleitoral só
permite o uso de listas elaboradas voluntariamente pelas próprias campanhas.
Bolsonaro
defendeu-se da acusação por meio de sua conta no Twitter. “O PT não está sendo
prejudicado por fake news, mas pela verdade. Roubaram o dinheiro da população,
foram presos, afrontaram a justiça, desrespeitaram as famílias e mergulharam o
país na violência e no caos. Os brasileiros sentiram tudo isso na pele, não tem
mais como enganá-los!”, disse o candidato, alegando que o PT “desconhece e não
aceita apoio voluntário”.
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