Fonte: Nova Escola
Em 2004, o
governo federal lançou o programa Brasil sem Homofobia com o objetivo de
combater a violência e o preconceito contra a população LGBT (composta por
travestis, transexuais, gays, lésbicas, bissexuais e outros grupos). Uma parte
dele enfatizaria a formação de educadores para tratar questões relacionadas ao
gênero e à sexualidade. Nascia aí o projeto Escola sem Homofobia.
BAIXE O
MATERIAL ESCOLA SEM HOMOFOBIA AQUI.
Por meio de
um convênio firmado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE), foi elaborado o material que seria distribuído às instituições
de todo o país. Entretanto, uma polêmica impediu sua circulação. Em 2011,
quando estava pronto para ser impresso, setores conservadores da sociedade e do
Congresso Nacional iniciaram uma campanha contra o projeto. Nas acusações
feitas, o "kit gay" -- como acabou pejorativamente conhecido -- era
responsável por "estimular o homossexualismo e a promiscuidade." O
governo cedeu à pressão e suspendeu o projeto.
Por quase
quatro anos, o 1,9 milhão de reais investido no projeto pareceu perdido. Sem
esperanças de que o material fosse oficialmente desengavetado, a Associação
Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT),
envolvida na elaboração, decidiu divulgar o caderno com instruções ao
professor, que estava no kit. "Acreditamos na relevância do material para
garantir o respeito à diversidade nas escolas e queremos dar retorno à
sociedade, já que dinheiro público foi investido", afirmou a organização à
NOVA ESCOLA.
O kit
possuía também outros materiais: boletins informativos - aos quais a revista não teve e vídeos, já disponíveis na internet.
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