sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Clone de cajueiro anão produz bem mesmo durante seca prolongada

Fonte: Embrapa
Produtivo, rústico e resistente à seca, o clone de cajueiro anão Embrapa 51 é a variedade predileta dos produtores de Severiano Melo (RN), cidade da chapada do Apodi, conhecida como terra do caju. O clone apresentou uma produtividade média de cerca de mil quilos de castanha por hectare, em sequeiro, após uma sequência de cinco anos de seca. Em 2017, com chuvas um pouco mais generosas, alguns produtores conseguiram obter mais de 1,5 mil quilos por hectare. Essa produtividade foi alcançada em áreas implantadas há cinco anos e que recebem os tratos culturais recomendados.
“A planta se adaptou e produz muito na região. Mesmo no período muito seco dos últimos cinco anos, os produtores que cuidam bem chegam a mais de mil quilos de castanha por hectare, o que é uma coisa fantástica”, atesta o pesquisador Levi de Moura Barros, líder do Programa de Melhoramento Genético do Cajueiro, que lançou o clone no ano de 1995. De acordo com o pesquisador, o Embrapa 51 apresenta castanha de boa qualidade e pedúnculo que atende bem aos critérios das fábricas de sucos.
Além da resistência à seca, a variedade também tolera bem uma das principais doenças que afeta a espécie, a resinose (Lasiodiplodia theobromae). Outra grande vantagem do clone é que ele produz durante oito meses do ano quase sem interrupções, enquanto as demais variedades oferecem uma safra de apenas quatro meses. Isso ocorre porque, ao contrário de outros cajueiros, ele desenvolve simultaneamente etapas diferentes de evolução dos frutos.

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