Levantamento apontou que somente na região Seridó do RN são mais de 300 queijeiras. Serão disponibilizados R$ 23 milhões para beneficiar uma média de vinte organizações produtivas.
Agricultores familiares que produzem queijo no Rio Grande do Norte terão a oportunidade de regularizar e modernizar a atividade através de um programa de incentivo do governo do estado. A iniciativa tem como objetivo a estruturação desta cadeia produtiva através do fortalecimento da produção primária, da melhoria no processo de beneficiamento e de comercialização dos produtos. Serão disponibilizados R$ 23 milhões para beneficiar uma média de vinte organizações produtivas. Clique AQUI para conferir o edital.
Para participar do edital, os pequenos produtores precisam fazer parte
de uma cooperativa ou associação rural. O prazo pra inscrição é 18 de
julho e cada projeto pode receber até R$ 450 mil para investimentos. Os
produtores precisam entrar com uma contrapartida de 20% do valor.
Há oito anos, Francimar Azevedo, o Mazinho, decidiu investir na
produção de queijo coalho, na comunidade Barra da Espingarda, zona rural
de Caicó. Por dia, o rebanho de vacas leiteiras produz cerca de cem
litros de leite. Toda a matéria-prima é voltada pra fabricação do queijo
e a responsável pelo preparo é dona Santana Medeiros, esposa de
Mazinho.
Todo o processo é artesanal. Além do queijo, a família fabrica manteiga
de garrafa e nata. Os produtos são comercializados na vizinhança e na
feira livre da cidade.
“A gente vende aqui para os vizinhos manteiga, queijo. No sábado levo
pra Caicó, pra Natal, às vezes manda pra São Paulo”, explica Francimar.
Pensando no crescimento da produção, que hoje gira em torno de 11
quilos de queijo por dia, a família quer modernizar o processo de
fabricação. Para isso, o casal vai participar do edital do governo que
tem como foco a adequação de queijeiras da agricultura familiar, na
região Seridó.
“O programa visa a adequação, legalização e, posteriormente, a
regularização das queijeiras e das unidades de beneficiamento de leite
de uma forma geral, junto aos órgãos de inspeção”, explica Fabiano Lima,
gerente do programa Governo Cidadão.
A certificação vai possibilitar que os produtores saiam da
informalidade e possam ganhar novos mercados, além de trocar as
ferramentas artesanais por equipamentos mais práticos dentro dos padrões
sanitários estabelecidos.
Um levantamento feito em 2016 identificou mais de 300 queijeiras no
Seridó. A maioria delas ainda não tem as certificações junto aos órgãos
de inspeção e o principal desafio dos produtores é o custo para fazer
essas adequações.
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