A 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco decidiu
nesta quinta-feira manter a suspensão das atividades da Telexfree
(Ympactus Comercial Ltda) em todo Brasil. Com isso, a empresa acusada de
operar em um “esquema pirâmide” segue proibida de fazer novas adesões,
vender kits de chamadas de voz por internet e pagar comissões aos
“divulgadores”.
Caso descumpra a liminar, a empresa está sujeita a multa
de R$ 100 mil a cada novo cadastro. A sentença foi assinada pela juíza
Thaís Khalil, que concordou com os “fortes” indícios de que a atividade
principal da empresa seja o cadastramento de novas pessoas e não da
venda de um serviço, segundo informou o tribunal de Justiça do Acre.
Os bens móveis, imóveis e dinheiro existente em contas
bancárias e aplicações financeiras de propriedade da Telexfree e dos
sócios administradores Carlos Roberto Costa e Carlos Nataniel Wanzeler
também seguem bloqueados pela Justiça. Apenas um montante foi liberado
para o pagamento de tributos federais.
Entenda
A Justiça do Acre impediu em junho a atividade da TelexFree por considerar que a empresa atuava com o intuito de formar uma pirâmide financeira. No início de julho, os advogados da empresa levaram o caso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) na tentativa de derrubar a liminar, mas o STJ decidiu que ainda falta esgotar a instância judicial local para que o STJ possa avaliar qualquer medida urgente relativa ao caso.
A Justiça do Acre impediu em junho a atividade da TelexFree por considerar que a empresa atuava com o intuito de formar uma pirâmide financeira. No início de julho, os advogados da empresa levaram o caso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) na tentativa de derrubar a liminar, mas o STJ decidiu que ainda falta esgotar a instância judicial local para que o STJ possa avaliar qualquer medida urgente relativa ao caso.
A empresa alega que a atividade não é "pirâmide
financeira", mas sim marketing de rede, fato que o STJ não pode avaliar
no processo porque envolve análise de circunstâncias factuais. De acordo
com a medida cautelar pedida pela empresa, a TelexFree atua desde 2012 e
tem alto grau de satisfação entre usuários e divulgadores. Para a
empresa, a ação civil pública movida pelo Ministério Público do Acre
seria com base em "ocorrências isoladas" registradas no Procon local. A
medida cautelar impediria "grave dano", como a quebra da empresa.
Segundo o Ministério da Justiça, a empresa estaria
ofendendo os princípios básicos do Código de Defesa do Consumidor, como o
dever de transparência e boa-fé nas relações de consumo, além de
veiculação de publicidade enganosa e abusiva. Caso seja confirmada a
violação aos direitos e garantias previstos no Código de Defesa do
Consumidor, a empresa poderá ser multada em cerca de R$ 6 milhões.
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