Enquanto as propostas de mudança nas regras do pacto federativo se arrastam no Congresso, os municípios brasileiros vão acumulado dificuldades em função da queda nos repasses federais e das novas atribuições nas áreas da Saúde e da Educação. Este mês, o Fundo de Participação, principal fonte de recursos de 80% das prefeituras potiguares, terá queda de 30% em relação a maio, colocando em risco até mesmo o pagamento da folha salarial em dia. Pelas projeções da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), as prefeituras receberão em 2012 quase R$ 3 bilhões a menor que a estimativa feita no início do ano. "O estimado era R$ 76,7 bilhões, mas com a primeira reprogramação orçamentária do governo, a estimativa caiu para R$ 73,8 bilhões", disse o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski. Ele lembrou que Fundo somou R$ 35,8 bilhões no primeiro semestre. "Projetamos o valor de R$ 37,1 bilhões para este segundo semestre, e o total do ano de R$ 73 bilhões", calculou. Segundo informações da Confederação dos Municípios do Rio Grande do Norte, mais de 70 municípios do RN estão recebendo as parcelas do FPM completamente zeradas. O município de Lagoa Nova é um deles, há quatro meses os recursos que chegam ao município só suficiente para quitar a parcela do INSS, isso faz com que os municípios fiquem impossibilitados de honrar com seus compromissos administrativos, um dos fatores causadores é o desconto do IPI por parte do governo federal, deixando assim muitas prefeituras do Brasil em sérias dificuldades. Nesta segunda(20), só no Rio Grande do Norte serão mais de 70 municípios que terão mais uma vez as suas cotas do FPM com saldo negativo. A queda nos recursos ocorre num período difícil para os municípios do sertão nordestino, que enfrentam a pior seca dos últimos tempos. As chuvas na faixa litorânea ainda vão até o final do mês, mas no Rio Grande do Norte nenhum município atingirá o status de "inverno normal". Todos ficarão na faixa de "seco ou muito seco".
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