Spider perde o primeiro round, mas se recupera no segundo, nocauteia o americano e confirma a posse do cinturão da categoria pela décima vez.
Espanha, 1605. Um cavaleiro
conhecido como Don Quixote cruzava o país buscando aventuras heroicas e
vitórias impossíveis. Nunca conseguiu. Las Vegas, 2012. Um lutador chamado Chael Sonnen buscava a maior das vitórias, contra
um inimigo tão poderoso quanto os moinhos que Quixote, 407 anos antes, ousou
enfrentar. Como o personagem da obra-prima de Miguel de Cervantes, Sonnen
também descobriu, da pior maneira, que sua missão era impossível. Diante de si
havia não um moinho, mas um gigante: Anderson Silva, o brasileiro que, pela 15ª vez
seguida venceu no UFC, defendendo seu cinturão de campeão dos pesos-médios pela
décima vez consecutiva. Com um nocaute rápido e preciso a 1m55s do segundo
round, o brasileiro escreveu com letras de ouro mais um capítulo da sua
história. Essa sim, vitoriosa e heroica.
Antes da luta, como foi prometido pelos atletas,
eles não se cumprimentaram no centro do octógono, ao receberem as orientações
finais do árbitro Yves Lavigne. O combate começou com Chael Sonnen partindo
para encurtar a distância e levando Anderson Silva para o chão. O brasileiro
manteve Sonnen na guarda, mas recebia golpes no rosto e nas costelas. Na
meia-guarda, o americano acertava o rosto do brasileiro com os cotovelos e com
a palma da mão. Mantendo a calma, Anderson seguia com o desafiante na guarda,
sem conseguir desvencilhar-se do wrestling do americano, a exemplo do que
aconteceu na primeira luta entre os dois, no UFC 117, em 2010.
A cerca de um minuto do fim do round, Sonnen
conseguiu passar a guarda de Anderson Silva e manteve o brasileiro em
desvantagem, sem conseguir reagir ao domínio imposto por Sonnen.
No segundo round, Sonnen novamente encurtou a
distância para o brasileiro e travou-o na grade, em pé. Anderson Silva manteve
a calma e aproveitou um erro em uma cotovelada rodada do americano, quando
Sonnen caiu, e partiu para o ataque. Uma joelhada e uma sequência de socos
potentes fizeram Sonnen deitar no solo do octógono, sem reação. O árbitro Yves
Lavigne encerrou a luta faltando cerca de dois minutos para o fim do combate,
mantendo o título dos médios com o maior de todos.
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