domingo, 8 de abril de 2012

Nordeste detém 49% de obras atrasadas do País

O Trata Brasil revela que apenas 7% de 114 obras do PAC, voltadas para o saneamento, foram concluídas em 2011

imagem (1) Brasília. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não tem feito jus ao nome quando o assunto é saneamento. Estudo inédito do Instituto Trata Brasil mostra que apenas 7% ou 8% de 114 obras voltadas às redes de coleta e sistemas de tratamento de esgotos em municípios com mais de 500 mil habitantes estavam concluídas em dezembro de 2011.
Conforme o Trata Brasil, a região Norte tem 100% das obras do PAC paralisadas, seguido por Centro-Oeste (70%) e Nordeste (34%), concentrando o maior percentual de obras atrasadas: 49%. Quando somadas as paralisadas, atrasadas e não iniciadas, a pior situação é a do Centro-Oeste, com 90% das obras nessas categorias.
Em seguida, aparece o Nordeste, com 88%. Já o Sudeste, região que mais avançou entre dezembro de 2010 e de 2011, tem apenas 13% das obras foram concluídas. O levantamento aponta ainda que 60% estão paralisadas, atrasadas ou não foram iniciadas.
Os dados são do Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal (CEF), Sistema Integrado de Informação Financeira do Governo Federal (Siafi) e BNDES. Nas 114 obras, foram investidos R$ 4,4 bilhões.
Segundo Édison Carlos, presidente do Trata Brasil, o País avança devagar. Cinco anos é um prazo razoável, mas o PAC 1 foi lançado em 2007 e não temos 10% das obras concluídas em 2011. Houve deficiência grande na qualidade dos projetos enviados ao governo federal e muitos tiveram que ser refeitos, numa demonstração de que houve falta de qualificação por parte das prefeituras, companhias de saneamento e Estados.

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