quarta-feira, 17 de março de 2021

Em fuga por destinos turísticos, ‘marginal influencer’ e namorada são presas por morte de perito da Polícia Civil do RJ

Mayra Pereira, que se descreve assim nas redes sociais, assassinou e roubou Ricardo Girardi Araújo. O dinheiro foi usado para curtir com a parceira de crime, Elisângela Abas, no Paraná, onde foram presas nesta quarta-feira (17).

Um casal que mata, foge e ostenta. Mayra Pereira e Elisângela Abas foram presas nesta quarta-feira (17), no Paraná, acusadas pelo assassinato do ex-namorado de uma delas, o perito da Polícia Civil aposentado Ricardo Girardi Araújo, de 60 anos.

O crime foi em Nova Iguaçu, no Grande Rio, no mês passado, e registrado por câmera de segurança.

Policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que investigaram o assassinato, encontraram a dupla depois de postagens em hotéis de luxo nas redes sociais -- tudo pago com o dinheiro da vítima.

As fotos parecem ser de uma viagem de férias ou de uma lua-de-mel, com direito a passeio em bar de gelo, tirolesa, restaurantes com vista, cachoeiras. Mas foram também pistas usadas por policiais para desvendar o plano macabro do casal.

A dupla se conheceu atrás das grades, em 2019, quando Mayra foi presa por roubo e Elisângela, por tentativa de homicídio. Na cadeia, resolveram se juntar e fazer o policial como nova vítima.

Ricardo Girardi era pai da filha de Mayra e foi alvo de uma emboscada das duas em 14 de fevereiro.


Ricardo morava sozinho e teve a casa invadida por Mayra e Elisângela. Imagens mostram o policial dormindo no sofá da sala enquanto as mulheres estão em outro cômodo da casa. Depois, Mayra atira em Ricardo e foge com a parceira levando carro, dinheiro e armas.

De acordo com investigação da Delegacia de Homicídios da Baixada, a dupla fugiu do estado de ônibus, passou por São Paulo e depois seguiu para o Paraná, onde passou a exibir uma vida de luxo e ostentação.

A polícia passou a monitorar as criminosas pelas redes sociais, onde Mayra se descreve como "marginal influencer, ex-detenta".

Elas foram monitoradas por quase 1 mês, tempo em que os policiais rastrearam mais de dez hotéis e conseguiram identificar os lugares por onde elas passaram. Parte do dinheiro gasto durante a viagem era do policial civil assassinado.

Na semana passada, a dupla alugou um apartamento em Curitiba, local em que foram presas, nesta quarta-feira (17).

Durante a prisão, os policiais encontraram uma pistola. A polícia acredita que tenha sido a arma usada no crime.

"As duas foram apresentandas em uma delegacia do Paraná, onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, que é a arma da vítima que foi subtraída e usada para causar a sua morte", disse o delegado Uriel Alcântara, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, no Rio.

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