quinta-feira, 25 de junho de 2020

Meteorologista explica possíveis impactos da nuvem de poeira 'Godzilla' no Maranhão


Segundo Hallam Cerqueira, do núcleo de meteorologia da UEMA, impactos devem ser leves e fenômeno pode provocar mudanças na cor do céu do litoral maranhense.
Vista de Havana em meio a nuvem de poeira do deserto do Saara que foi carregada por ventos e atingiu Cuba em 25 de junho de 2020 — Foto: Alexandre Meneghini/Reuters

Vista de Havana em meio a nuvem de poeira do deserto do Saara que foi carregada por ventos e atingiu Cuba em 25 de junho de 2020 — Foto: Alexandre Meneghini/Reuters


A nuvem de poeira "Godzilla" que viajou 10 km do deserto do Saara e chegou em parte da América do Norte e Central na quarta-feira (25), não deve provocar uma tempestade de areia no Maranhão, caso chegue ao litoral do estado.
Segundo Hallam Cerqueira, do núcleo de meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), o fenômeno que é comum no planeta, não deve alcançar a superfície atmosférica do estado, mas pode alterar a coloração do céu do litoral maranhense.

"Estão circulando imagens de tempestades, isso ocorre muito em regiões próximas de desertos e em cidades que estão próximas a desertos. Por isso, esse tipo de tempestade não acontece aqui. Então é uma fake news mostrar que esse tipo de tempestade de areia pode acontecer aqui na nossa região por conta do transporte de areia do deserto. O que a gente pode observar aqui é que a coloração do céu, que é o que basicamente pode afetar a nossa condição aqui na região", explicou o meteorologista.
O meteorologista afirmou que não há previsão para a chegada do fenômeno no estado. Hallam Cerqueira explicou, que apesar dos danos causados na qualidade do ar, a areia que vem do Saara também apresenta benefícios para a natureza e serve como fertilizante para a Floresta Amazônica.
"É importante a gente salientar que esse é um fenômeno bastante comum de acontecer e inclusive, a areia que vem do deserto é um bom fertilizante para a floresta Amazônica e há muitos anos acontece. Só que há anos que esse transporte ele vai ficando mais intenso e muito por conta do verão naquela região da Europa e da África, que esse ano o verão está muito intenso", disse Hallam.

G1/MA

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