Alvo de inquéritos por suspeitas de corrupção, ele não conseguiu se reeleger
A galeria com imagens de ex-presidentes do Senado Federal ganhou um
novo “morador”. Encomendado no início de novembro, o retrato a óleo
sobre tela de Eunício Oliveira (MDB-CE) já está pendurado na parede do
Salão Nobre da Casa. A obra que retrata o ex-presidente custou R$ 8,2
mil à Casa.
Alvo de três inquéritos por suspeitas de corrupção, Eunício não
conseguiu se reeleger como senador. Disse, após a derrota nas urnas, que
iria se dedicar à sua vida pessoal. Ele nega as acusações.
O retrato do ex-senador está ao lado do de seu antecessor e
correligionário, Renan Calheiros (AL), também alvo de suspeitas de
corrupção – responde a 14 inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).
A obra recém-chegada, porém, é mais cara que a de Renan, que custou
ao Senado R$ 6,9 mil em 2017 – R$ 7,4 mil, em valores atualizados pela
inflação. Ambas foram pintadas pelo artista plástico Urbano José
Pibernat Villela, de 76 anos.
No Palácio do Planalto e no STF, os ex-presidentes também são
homenageados com retratos nas paredes após deixarem o posto. Nos dois
casos, porém, são usadas fotografias. No Senado, a confecção de telas em
óleo é uma tradição.
Filho do artista e responsável pelo ateliê de seu pai, Urbano Lago
Villela Neto rebate críticas sobre o valor despendido pelo quadro. “É
uma ‘judiaria’ (sic) e até um certo pecado pegar no pé de uma encomenda
que o Senado faz para um artista brasileiro, renomado como meu pai é. O
Senado tem tanto gasto supérfluo, às vezes uma troca de carpete do local
é mais cara que a obra”, disse ele. As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo
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